Thứ Năm, 7 tháng 1, 2016

O que a ginástica reserva para 2016? - Parte 2


Segunda parte da série "O que a ginástica reserva" de 2016.

CHINA

Liu TingTing

Principal estreante chinesa esse ano, foi apontada como a melhor ginasta juvenil chinesa entre 2012 e 2015. Possui boas séries em todos os aparelhos e tem boas dificuldades. Sua especialidade é as barras assimétricas, onde faz uma saída de tsukahara esticado (E) e tem 6.6 de dificuldade alinhada uma execução formidável. No salto faz um yurchenko com dupla pirueta com boa postura. Tem 5.7 de dificuldade no solo, onde o artístico domina: duplo giro em L e um semenova (duplo giro em atittude) estão presentes em sua série. Na trave (seu segundo melhor aparelho) faz 6.5 de dificuldade contando com uma saída de rondada + tripla pirueta (F). TingTing lembra muito a Jinnan Yao em 2011, mas tem tudo pra ser ainda melhor. Se continuar evoluindo assim irá fazer sua estreia nos Jogos Olímpicos do Rio como a principal "all-arounder" da equipe.



Luo Huan

Também estreante na categoria adulta, possui boas dificuldades e ótima evolução ao longo da carreira, essa que realmente começa esse ano. Huan é campeã nacional individual geral de 2013 e também campeã de trave e solo. Possui como melhor aparelho as barras Assimétricas, que parte de 6.6 e tem potencial enorme para ser ainda mais difícil. Sua série de trave parte de de 6.5, além de saltar yurchenko com dupla pirueta e partir de 5.7 no solo, onde tem uma parte artística bem interessante.


Tan Jiaxin

Uma das melhores ginastas chinesas desde 2013, Jiaxin possui boas séries em todos os aparelhos, exceto trave. Tem como especialidade as barras assimétricas, onde parte de incríveis 6.9. Tinha grandes chances de ser finalista nesse aparelho no último mundial, mas uma queda em um dos trocos da série acabou por deixá-la fora. Nesse aparelho, a ginasta tem movimentos muito difíceis como um Hindorff (E) e a saída de valor máximo nas assimétricas: um Ray (G), que consiste em um duplo mortal esticado com duas piruetas. A ginasta tem um ótimo yurchenko com dupla pirueta (5.8), tanto que no teste interno que aconteceu em setembro de 2015 a ginasta tentou um amanar, mesmo com uma pequena lesão no ombro que a incomodava. Seu solo parte de 5.7 e é muito interessante. Com certeza será uma das chinesas mais expressivas à disposição dos técnicos chineses para integrar a equipe olímpica.


Wang Yan

Melhor saltadora chinesa do ciclo e ótima ginasta de solo, com certeza pontos muito fortes a favor dessa ginasta, pontos que fazem o seu nome ser praticamente garantido na equipe olímpica. Desde 2008 a equipe chinesa sofre com a falta de ginastas fortes de perna e, finalmente, Yan é uma ginasta que contribui bem nesse quesito. Além desses dois aparelhos, é muito boa na trave, aparelho em que foi finalista em Glasgow (5º) e campeã olímpica da juventude em 2014. No salto, também foi campeã olímpica da juventude e finalista em Glasgow (6º). Sua trave parte de 6.4 e seu solo parte de 6.2; no solo apresenta acrobacias muito fortes, como um silivas (duplo com dupla grupado), e a sequência de pirueta e meia ao passo para a tripla de costas seguida de mortal para frente. Entretanto, seus elementos de dança ainda tem execução muito fraca. Contribui bem para a equipe em tudo, exceto nas barras assimétricas, onde tem uma série fraca principalmente se tratando de uma chinesa. Felizmente esse não é um problema para entrar na equipe, essa que conta com excelentes barristas.


Shang Chunsong

Excelente all-arounder, fica faltando apenas um salto mais forte para uma medalha nessa final. Chungong tem séries fortíssimas no solo, trave e barras assimétricas, mas no salto, seu ponto fraco, apresenta apenas um yurchenko com pirueta esticada. Um upgrade nesse aparelho para um yurchenko com dupla pirueta a colocaria como uma forte candidata ao pódio olímpico individual geral, já que terminou em 4º no Mundial de Glasgow. Foi ainda finalista de solo e barras assimétricas, onde terminou em 4º e 6º lugares respectivamente. No ano passado, na Copa do Mundo de São Paulo, foi campeã de trave. Validou toda a dificuldade da sua série, conseguindo 6.7 de dificuldade e 15.400 de nota final, mostrando a sua potência e força para a equipe.



Yao Jinnan

Campeã mundial de barras assimétricas em 2014, Jinnan acabou não competindo o Mundial de 2015 por conta de uma lesão no ombro ocorrida quando executava uma saída de duplo esticado com dupla pirueta nas assimétricas. Recuperada da cirurgia feita em 2014 para corrigir a lesão, voltou a treinar em outubro do ano passado. No Mundial de 2014, em alguns vídeos de treinamento, sabe-se que a ginasta já estava executando seu duplo esticado no solo. Também está treinando os giros mustafina e semenova no solo para aumentar sua nota de dificuldade nesse aparelho. Pode chegar nas Olimpíadas como principal "all-arounder" chinesa, já que tem a série de barras assimétricas mais difícil do ciclo, um yurchenko com dupla pirueta no salto e solo e trave bons. Em entrevista recente, a ginasta afirmou que irá aos Jogos do Rio em busca do único título que lhe falta: o de campeã olímpica. Jinnan já foi campeã mundial, nacional, asiática e de copas do mundo, faltando apenas o título olímpico, esse que tem grandes chances de acontecer em 2016. Seu treinador mudou seu nome para Yao Ziyi, com o objetivo de trazer sorte para a ginasta nas próximas competições.



Post de Cedrick Willian e Lucas Victor.

Esse é o segundo texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.

Foto: Divulgação