Thứ Năm, 25 tháng 2, 2016

Como sobreviver a um ciclo olímpico nos Estados Unidos?


Jordyn Wieber, campeã mundial em 2011, competiu em Londres e não mais voltou. Kyla Ross, campeã por equipes em Londres e por várias vezes medalhista mundial, aposentou essa semana. Seguindo o embalo, McKayla Maroney, uma das melhores saltadoras da história da ginástica, também se aposentou. Como pode uma ginasta americana sobreviver a um ciclo nos Estados Unidos?

Essa é uma pergunta provavelmente sem resposta. Isso porque, num país onde talvez tenha o maior número de praticantes de ginástica do mundo e onde o esporte é tratado como business, ser talentoso não é mais suficiente: tem que se manter saudável. As últimas ginastas americanas a conseguirem competir em duas Olimpíadas foram Amy Chow e Dominique Dawes em 1996 e 2000.

Talvez seja esse o motivo de McKayla Maroney ter desistido: as constantes lesões emendaram com um caso de depressão e ansiedade que resultaram na desistência. Sabrina Vega, outra ginasta talentosa que tentou vaga na equipe olímpica de Londres e voltou a fazer novas tentativas de equipe no ciclo atual, não sobreviveu às lesões e também desistiu. Kyla Ross teve uma lesão nas costas e quase perdeu o Mundial de 2014, que ninguém saberia que seria o último da sua carreira.

Por outro lado, a ampla concorrência e constante renovação também não dão espaço para que as ginastas lesionadas se recuperem. Depois de retornarem de um longo tempo de recuperação de lesões e cirurgias, as ginastas podem encontrar a casa ocupada, e muito bem ocupada! Todo ano, várias boas ginastas sobem para a categoria adulta. Enquanto vários países aguardam ansiosamente a recuperação de suas estrelas lesionadas, nos Estados Unidos a fila anda muito rápido e voltar pra fila pode ser desanimador pra uma ginasta que já conquistou até títulos mundiais.

Qual país não esperaria por Kyla Ross? Um yurchenko com dupla no salto que passa dos 15 pontos, série de barras assimétricas segura e contando sempre pra equipe, solo limpíssimo e trave cravada para mais de 14,300? E o que dizer de McKayla Maroney, que tem um dos melhores saltos da atualidade, além de boa contribuição no solo? O único país que não precisa dessas duas ginastas é o que elas representam.

Por isso fica uma admiração por Gabrielle Douglas e Alexandra Raisman. É bem provável que as duas sejam as próximas ginastas a sobreviverem mais de um ciclo olímpico e competir em duas Olimpíadas na equipe dos Estados Unidos. Talvez o segredo esteja nesses dois anos de descanso que tiveram depois dos Jogos de Londres, quando descansaram a cabeça e corpo. Atualmente se encontram em forma física excelente, executam ginástica de qualidade e são as melhores num país onde ser boa já não é mais suficiente.

Post de Cedrick Willian

Foto: Thomas Schreyer

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