GRÃ-BRETANHA
No ano que se passou, a equipe britânica conquistou um feito inédito: pela primeira vez na história, conquistaram uma medalha na final por equipes, um bronze, deixando a equipe russa em 4º lugar. Nesse Mundial, o G4 de potências foi formado por Estados Unidos, China, Grã-Bretanha e Rússia. Romênia, que sempre esteve nesse grupo, acabou não só fora dele como numa amarga 13ª colocação. Ao passo que grandes equipes fracassaram, as britânicas não só fizeram o seu trabalho como mostraram muita evolução. Ninguém fica no pódio de uma final por equipes só porque acertou todas as séries: as notas Ds foram aumentadas e o nível técnico melhorou bastante. E, nessa equipe, talvez seja muito difícil conquistar uma vaga olímpica. Todas as ginastas cresceram muito e em 2016 pode ser que não haja espaço para juvenis estreantes: é provável que a equipe britânica fique sob os cuidados das veteranas!
Catherine Lyons
Apontada como uma das grandes promessas britânicas do ciclo, Catherine Lyons teve um 2015 apagado devido a uma fratura no pé por stress, motivo pelo qual ficou afastada das grandes competições. A jovem inglesa é extremamente correta em seus exercícios e apresenta uma ginástica limpa e precisa, além de trabalhar com maturidade a artisticidade e a expressão de suas séries de trave e solo. Apesar de fisicamente muito forte, não costuma [ainda] apresentar rotinas de altíssima dificuldade, mantendo seus upgrades em treino até que atinja consistência para colocá-los em competição. Alguns de seus elementos de maior destaque são a pirueta e meia no salto (DTY em preparação), a sequência de Maloney + Shang e um Gienger altíssimo nas barras (Def em treinamento), giro em Y e meio começando em posição estática sobre o pé de apoio, cortada anel e saída em dupla pirueta e meia da trave. Ainda tem, no solo, Tsukahara, tripla (ambos sendo preparados para esse ano) e dupla e meia + mortal pra frente. Acreditamos que para alcançar a tão sonhada vaga entre as 5 representantes britânicas no Rio, algumas mudanças significativas devem ocorrer em suas séries, visto que o foco da equipe tem sido a complexidade ginástica. A Grã-Bretanha vem de anos excelentes na base, mostrando com o bronze inédito conquistado em casa no ano passado - mencionado no começo do post - que a renovação é ponto fundamental para a manutenção e o crescimento de um programa.
Ellie Downie
Estreante na categoria adulta em 2015, foi o sucesso britânico nas Olimpíadas da Juventude em 2014. Seus melhores aparelhos são o solo, onde executa um ótimo duplo twist carpado e foi finalista mundial, e barras assimétricas. Precisa melhorar sua consistência nesse último, onde errou por duas vezes em Glasgow no ano passado (classificatórias e final por equipes). Tem potencial para ser a melhor "all-arounder" da equipe: apresenta um yurchenko com dupla no salto, com potencial para amanar; tem barras assimétricas e solo com dificuldade acima de 6; trave firme e com potencial para nota final acima de 14. Apesar de completa, perdeu suas chances de conquistar uma vaga na final individual geral do último mundial ao cometer erros na sua série de barras assimétricas citados anteriormente. Entretanto, foi medalha de bronze no Campeonato Europeu nessa mesma final, seu melhor resultado até o momento.
Claudia Fragapane
Finalista de solo no último Mundial, medalha de prata na final de solo do Campeonato Europeu e detentora de vários títulos do Commonwealth Games, Fragapane chegou em 2014 e não saiu mais da equipe principal. Seu melhor aparelho é o solo, que também é o melhor da equipe britânica. Possui um yurchenko com dupla pirueta no salto, fato importantíssimo para essa equipe, e uma trave sólida. Tem as barras assimétricas como seu pior aparelho, tanto que não se apresentou em Glasgow. Fragapane não tem uma linha corporal bonita, mas compensa essa falta com acrobacias de grande explosão. Deve conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos, sendo uma grande ajuda para a equipe e, com uma coreografia cativante e terminando de duplo esticado, tem chances de conseguir uma final nos tablados.
Tyesha Mattis
Em 2014, a talentosa juvenil britânica Tyesha Mattis era a maior promessa para 2015. Super cotada para ser a representante britânica no Youth Olympic Games, ficou fora dessa competição como também do Campeonato Europeu e de toda a temporada por conta de uma lesão no tornozelo. Depois de uma longa reabilitação, competiu no Britânico de 2015 e, apesar de sido campeã de trave e paralela, não foi selecionada para a equipe que competiu o Mundial. Ainda recuperando acrobacias antigas em colchões macios, esse ano as coisas podem ser um pouco diferentes: além de ter a melhor trave britânica (que inclui uma sequência de flic + pirueta), Tyesha planeja voltar a executar o amanar no salto. Mesmo sem nunca ter apresentado em competições oficiais, a ginasta fez esse salto algumas vezes no Centro de Treinamento Nacional. Com a melhor trave da equipe, ótima série de barras e um amanar no salto, fica difícil pensar em Tyesha fora da equipe.
Becky Downie
Depois de ter ficado fora dos Jogos de Londres, Becky Downie teve motivos para desistir, mas decidiu continuar. Hoje, uma competição olímpica está mais próxima do que nunca. Downie não só tem a melhor série de barras assimétricas da equipe como também tem uma das melhores séries de trave, nesse aparelho que é o calcanhar de aquiles da equipe britânica. Foi medalha de prata nas duas finais desses aparelhos no Campeonato Europeu no ano passado, partindo de 6 na trave e de 6.7 nas assimétricas, com potencial para ser finalista olímpica nesse último. Além de tudo, a ginasta ainda pode ser útil no salto, onde tem um yurchenko com dupla pirueta na manga.
Amy Tinkler
Campeã britânica em 2015, Tinkler foi finalista na final individual geral do Mundial também no ano passado (23º). Seu progresso e melhora das séries foi notório durante o ano, chegando no auge durante Mundial. Entretanto, não conseguiu acertar suas séries como deveria e terminou por não conseguir fechar 2015 com um resultado mais importante que o conseguido no nacional. A ginasta é de grande ajuda no salto, onde apresenta um yurchenko com dupla pirueta, e no solo, onde parte de 6 e apresenta um duplo com dupla e um ótimo duplo esticado. Na final por equipes do Mundial chegou a pontuar 14.433 nesse aparelho, sendo sabiamente selecionada para ser uma das três ginastas a se apresentar. Apesar de não ter as barras assimétricas e nem a trave como pontos fortes, tem uma certa consistência em ambos e consegue contribuir para a equipe na fase classificatória.
Post de Cedrick Willian e Bernardo Abdo.
Esse é o terceiro texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Foto: UEG
Catherine Lyons
Apontada como uma das grandes promessas britânicas do ciclo, Catherine Lyons teve um 2015 apagado devido a uma fratura no pé por stress, motivo pelo qual ficou afastada das grandes competições. A jovem inglesa é extremamente correta em seus exercícios e apresenta uma ginástica limpa e precisa, além de trabalhar com maturidade a artisticidade e a expressão de suas séries de trave e solo. Apesar de fisicamente muito forte, não costuma [ainda] apresentar rotinas de altíssima dificuldade, mantendo seus upgrades em treino até que atinja consistência para colocá-los em competição. Alguns de seus elementos de maior destaque são a pirueta e meia no salto (DTY em preparação), a sequência de Maloney + Shang e um Gienger altíssimo nas barras (Def em treinamento), giro em Y e meio começando em posição estática sobre o pé de apoio, cortada anel e saída em dupla pirueta e meia da trave. Ainda tem, no solo, Tsukahara, tripla (ambos sendo preparados para esse ano) e dupla e meia + mortal pra frente. Acreditamos que para alcançar a tão sonhada vaga entre as 5 representantes britânicas no Rio, algumas mudanças significativas devem ocorrer em suas séries, visto que o foco da equipe tem sido a complexidade ginástica. A Grã-Bretanha vem de anos excelentes na base, mostrando com o bronze inédito conquistado em casa no ano passado - mencionado no começo do post - que a renovação é ponto fundamental para a manutenção e o crescimento de um programa.
Ellie Downie
Estreante na categoria adulta em 2015, foi o sucesso britânico nas Olimpíadas da Juventude em 2014. Seus melhores aparelhos são o solo, onde executa um ótimo duplo twist carpado e foi finalista mundial, e barras assimétricas. Precisa melhorar sua consistência nesse último, onde errou por duas vezes em Glasgow no ano passado (classificatórias e final por equipes). Tem potencial para ser a melhor "all-arounder" da equipe: apresenta um yurchenko com dupla no salto, com potencial para amanar; tem barras assimétricas e solo com dificuldade acima de 6; trave firme e com potencial para nota final acima de 14. Apesar de completa, perdeu suas chances de conquistar uma vaga na final individual geral do último mundial ao cometer erros na sua série de barras assimétricas citados anteriormente. Entretanto, foi medalha de bronze no Campeonato Europeu nessa mesma final, seu melhor resultado até o momento.
Claudia Fragapane
Finalista de solo no último Mundial, medalha de prata na final de solo do Campeonato Europeu e detentora de vários títulos do Commonwealth Games, Fragapane chegou em 2014 e não saiu mais da equipe principal. Seu melhor aparelho é o solo, que também é o melhor da equipe britânica. Possui um yurchenko com dupla pirueta no salto, fato importantíssimo para essa equipe, e uma trave sólida. Tem as barras assimétricas como seu pior aparelho, tanto que não se apresentou em Glasgow. Fragapane não tem uma linha corporal bonita, mas compensa essa falta com acrobacias de grande explosão. Deve conseguir uma vaga nos Jogos Olímpicos, sendo uma grande ajuda para a equipe e, com uma coreografia cativante e terminando de duplo esticado, tem chances de conseguir uma final nos tablados.
Tyesha Mattis
Em 2014, a talentosa juvenil britânica Tyesha Mattis era a maior promessa para 2015. Super cotada para ser a representante britânica no Youth Olympic Games, ficou fora dessa competição como também do Campeonato Europeu e de toda a temporada por conta de uma lesão no tornozelo. Depois de uma longa reabilitação, competiu no Britânico de 2015 e, apesar de sido campeã de trave e paralela, não foi selecionada para a equipe que competiu o Mundial. Ainda recuperando acrobacias antigas em colchões macios, esse ano as coisas podem ser um pouco diferentes: além de ter a melhor trave britânica (que inclui uma sequência de flic + pirueta), Tyesha planeja voltar a executar o amanar no salto. Mesmo sem nunca ter apresentado em competições oficiais, a ginasta fez esse salto algumas vezes no Centro de Treinamento Nacional. Com a melhor trave da equipe, ótima série de barras e um amanar no salto, fica difícil pensar em Tyesha fora da equipe.
Becky Downie
Depois de ter ficado fora dos Jogos de Londres, Becky Downie teve motivos para desistir, mas decidiu continuar. Hoje, uma competição olímpica está mais próxima do que nunca. Downie não só tem a melhor série de barras assimétricas da equipe como também tem uma das melhores séries de trave, nesse aparelho que é o calcanhar de aquiles da equipe britânica. Foi medalha de prata nas duas finais desses aparelhos no Campeonato Europeu no ano passado, partindo de 6 na trave e de 6.7 nas assimétricas, com potencial para ser finalista olímpica nesse último. Além de tudo, a ginasta ainda pode ser útil no salto, onde tem um yurchenko com dupla pirueta na manga.
Amy Tinkler
Campeã britânica em 2015, Tinkler foi finalista na final individual geral do Mundial também no ano passado (23º). Seu progresso e melhora das séries foi notório durante o ano, chegando no auge durante Mundial. Entretanto, não conseguiu acertar suas séries como deveria e terminou por não conseguir fechar 2015 com um resultado mais importante que o conseguido no nacional. A ginasta é de grande ajuda no salto, onde apresenta um yurchenko com dupla pirueta, e no solo, onde parte de 6 e apresenta um duplo com dupla e um ótimo duplo esticado. Na final por equipes do Mundial chegou a pontuar 14.433 nesse aparelho, sendo sabiamente selecionada para ser uma das três ginastas a se apresentar. Apesar de não ter as barras assimétricas e nem a trave como pontos fortes, tem uma certa consistência em ambos e consegue contribuir para a equipe na fase classificatória.
Post de Cedrick Willian e Bernardo Abdo.
Esse é o terceiro texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Foto: UEG
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