Thứ Ba, 10 tháng 5, 2016

Exclusiva GBB - Entrevista com treinadores e atletas da seleção feminina depois da classificação olímpica


Logo após a classificação olímpica no Evento Teste, atletas e treinadores conversaram com o GBB na zona mista da competição. Muitos detalhes e curiosidades sobre a classificação foram expostos, como, por exemplo, a lesão de Lorrane dos Santos, que a impediu de competir com todo seu potencial.

GBB - O desempenho das meninas foi excelente. Qual a sensação nesse momento?

Irina Ilyashenko - A competição foi muito boa. Estávamos passando por muita dificuldade, muitas meninas machucadas. A Lorrane praticamente não estava andando, treinou as últimas duas semanas com muita dificuldade e dor. Jade também estava com problemas na tíbia. Todas sofrendo um pouco: uma mais velha, a outra muito nova, a terceira machucada, mas como estávamos unidas a mais de um mês, desde que fomos para a Itália e emendamos com o estágio em Curitiba, isso foi muito bom para a equipe. Hoje competiram apenas com a falha de Jade na paralela, mas nem tudo é perfeito. E depois delas todas acertaram, né?

GBB - Parabéns! E o que vocês pretendem fazer daqui pra frente? Algum trabalho de recuperação?

Irina Ilyashenko - A Lorrane está fazendo um tratamento com choque que ajuda muito. Ainda não fez todas as sessões, então não sei se ela vai competir em Copas do Mundo porque tem que recuperar. Tudo que ela faz está doendo muito, é muita garra da parte dela, a dor é insuportável. Ela não estava conseguindo fazer chamada (contrapasso anterior à uma sequência acrobática)! Chegou a cair em alguns momentos, a perna estava falhando.

GBB - O objetivo agora é manter o que elas já estão fazendo e recuperar as ginastas ou aumentar o grau de dificuldade das séries?

Irina Ilyashenko - Agora é recuperar as ginastas machucadas. Se recuperarem bem, podemos aplicar novos elementos e aumentar as notas. Queria agradecer a vocês pelo apoio, obrigada!

GBB - Carolyne, esse é seu primeiro ano na categoria adulta e você teve a grande missão de competir em todos os aparelhos. Como você se sentiu e como foi isso para você?

Carolyne Pedro - Na verdade me senti muito nervosa. Foi minha primeira vez competindo em um pódio, tudo diferente. Foi uma experiência muito boa para mim, estou começando e o começo foi muito bom.

GBB - Qual foi seu melhor momento hoje na competição?

Carolyne Pedro - Todos os momentos, principalmente paralela.

GBB - Você vem de uma geração muito talentosa do CEGIN que chegaria em 2016 com idade para competir em grandes campeonatos. Entre tantas meninas talentosas, você imaginou que seria você quem estaria aqui?

Carolyne Pedro - Não, nunca imaginei, mas eu torcia muito para que eu pudesse viver esse momento.

GBB - Depois dessa carga de treinamentos forte que está passando, você pretende continuar no esporte?

Carolyne Pedro - Sim, pretendo continuar, mas tenho que ver como vou estar sentindo.

GBB - Você tem upgrades para suas séries que pretende adicionar?

Carolyne Pedro - No solo e na trave eu já tenho alguns elementos para adicionar.

GBB - Lorrane, como está sua lesão?

Lorrane dos Santos - Nesse momento de alegria eu não estou sentindo nada (risos), mas tenho que voltar a cuidar do pé. Apesar de não ser uma lesão muito séria, a dor é muito chata, estou com fascite plantar, dói muito, e dói para fazer tudo: andar, correr, saltar...

GBB - E como você aguentou competir assim?

Lorrane dos Santos - Só Deus sabe! (risos)

GBB - Estamos muito impressionados, você está de parabéns!

Lorrane dos Santos - Aguentei tanto nos treinos, sofri tanto, com tanta dor, que não podia desistir agora, sabe? Não podia fazer as coisas de qualquer jeito, por isso vim aqui e dei o meu melhor.

GBB - Você machucou competindo em Jesolo?

Lorrane dos Santos - Comecei o ano com essa dorzinha. Aí os médicos descobriram que era fascite plantar, mas não doía tanto. Fui pra American Cup e já estava doendo mais. Quando fui pra Itália, durante os treinos de solo acabei pisando num buraco com o pé machucado! Meu pé virou uma bola, não conseguia nem andar. Optamos por não competir e me poupar. Fiquei umas duas semanas parada e em uma semana voltei a fazer tudo e vim direto pra cá.

GBB - O que vai fazer agora? Vai parar um pouco?

Lorrane dos Santos - Vou ter que cuidar do pé agora. Estou fazendo um tratamento de choque, que foi o que me ajudou a melhorar 90% para competir aqui. O tratamento controla bastante a dor, não que eu esteja curada, mas pelo menos consigo correr melhor. Antes eu estava completamente parada. Tudo que eu faço é com esse pé machucado, por isso tive que competir simplificado e buscando a limpeza.

GBB - A gente sabe que você era próxima do Oleg. Como estão as coisas agora que ele foi embora?

Lorrane dos Santos - A diferença que deu nas minhas séries não se deve à saída do Oleg, mas sim por essa lesão. Na paralela estava com uma série nova, mas aí machuquei e o Alexander disse pra voltar com a antiga. Estava fazendo a ligação de jaeger + pak, treinando a dupla e meia no salto, e esse ano ainda não consegui fazer nada. No solo, o máximo que consegui foi o duplo twist carpado. Por isso quero recuperar completamente o meu pé. No solo tenho muito potencial, quero fazer um solo forte, competitivo, pra conseguir pegar final.

GBB - Você sabe se depois de tratar essas lesões vocês continuar reunidas?

Lorrane dos Santos - Acredito que vai continuar como estava antes: cada uma no seu clube e depois reunindo todo mundo. Depois que desmontarem toda essa estrutura a gente deve voltar pro Rio. Pelo menos umas duas vezes por mês a gente deve vir pra cá.

GBB - Francisco, fora o grupo que vimos hoje aqui, com um somatório que ultrapassaria até a equipe da China no ano passado, como estão as outras ginastas da seleção?

Francisco Porath - A Milena já voltou e só precisa perder um pouco de peso, mas está treinando bem. A Julie fez alguns exames e já está fazendo musculação para igualar a força das pernas. Está treinando bem e vai competir em Varna, na Bulgária. A expectativa é que ela continue progredindo. O somatório conseguido aqui deixa a gente muito feliz mas eu fico preocupado com a gente competindo junto e com todas as meninas fazendo tudo. Conseguimos quatro duplas no salto, isso pode levar a nota lá pra cima, mas a Rebeca fez só dois aparelhos, sendo que pode contribuir mais para o somatório. Agora precisamos descansar e tratar quem precisa.

GBB - Vocês tiveram que planejar um auge de treinamento para abril e agora tem que planejar outro auge para agosto. Qual a estratégia?

Francisco Porath - Agora vamos focar nas chances de finais. Vimos, com esse resultado, que temos chances de brigar numa final. Chances de medalha é difícil, mas ninguém sabe com certeza quais equipes vão acertar ou errar. São cinco ginastas competindo. Se as notas entrarem, estaremos brigando como os outros.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

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