Simplesmente incrível o nível de aproveitamento da ginasta americana Simone Biles. Depois de seu terceiro mundial, a talentosa ginasta conquistou 14 medalhas, entre elas 10 de ouros. Ultrapassou a marca de ouros mundiais que a russa Svetlana Khorkina teve durante toda sua carreira em apenas 3 anos. Impressionante! De todas as finais que Biles disputou em Mundiais, apenas não conquistou medalha na final de barras assimétricas em 2013, quanto terminou em 4º lugar no único aparelho onde ainda não tem uma medalha mundial. Qual a razão de tanto sucesso?
Biles apenas teve seu potencial explorado por um país que sabe lidar muito bem com a ginástica. E, como todos sabem, um potencial que ainda não chegou no limite. Vemos a ginasta executando acrobacias "sobrando", mostrando que ainda pode conseguir evoluir suas séries. Realmente precisa? No salto e nas barras assimétricas pode ser que sim, mas no solo e trave as séries que possui parecem ser suficientes para títulos Mundiais durante todo o próximo ciclo olímpico.
Mas não são só séries bem montadas e grandes acrobacias que constroem esses resultados excelentes. Além de Biles ser de um país onde ginástica artística é "business" (e isso com certeza ajuda muito em questões importantíssimas fora do ginásio), ela também possui um psicológico fortemente incrível. A única medalha que não conquistou, mencionada no início do texto, não veio porque falhou, porque teve uma queda ou um erro grande que afetasse seu resultado. Ela acertou a série e as outras que também acertaram foram melhores que ela. Os únicos erros que teve durante esse tempo aconteceram na final do individual geral na semana passada, quando tocou a mão na trave no mortal para frente e acabou pisando fora do tablado em uma das linhas acrobáticas. Erros mínimos para séries tão boas que no fim das contas acabaram sendo compensados.
Ela parece entrar sempre para acertar. Não tem um mínimo olhar de insegurança e isso é realmente impressionante. Quando faz suas séries ninguém pensa: "nossa, será que vai acertar?" A surpresa acontece se algo der errado, como foi quando tocou as mãos na trave. Continuou sua série, acertou todo o resto e, na final desse aparelho, sagrou-se campeã como se a queda sofrida 3 dias antes nunca tivesse acontecido.
Biles vai lá e acerta. No fim das contas é isso o que ela faz. Porque potencial para ganhar muitas outras tem. Entretanto, só ela parece não querer perder suas oportunidades de fazer história. Ginástica é feita de erros e acertos; para Biles, até o momento é só acertos. A ginasta fenômeno também é humana, mas parece ignorar os possíveis erros a que ela e todas as outras estão sujeitas a cometer. Prefere acertar e conquistar mais um ouro do que entregar seu título para ginastas como Sanne Wevers e Pauline Schaefer.
Post de Cedrick Willian
Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil
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