Thứ Năm, 24 tháng 12, 2015

O que a ginástica reserva para 2016? - Parte 1


Primeira parte da série "O que a ginástica reserva" de 2016. Seguiremos a regra de sempre: post sobre as oito melhores equipes de acordo com o ranking do último Mundial (se necessário mais um post de outros países relevantes) e os dois últimos posts sobre a seleção feminina e masculina do Brasil. Acompanhe!

ESTADOS UNIDOS

Lauren Hernandez

É dona da coreografia de solo mais ousada da atualidade, criada por ela mesma. A jovem atleta tem muita personalidade e execução correta em praticamente tudo o que faz. Despontou sua carreira na ginástica em 2013, quando sagrou-se vice campeã nacional juvenil no individual geral. Perdeu grandes chances em 2014, por conta de duas lesões que sofreu quase consecutivamente: a primeira foi uma fratura na mão e a segunda uma ruptura no tendão da patela, resultado em seis meses de recuperação. Chegou em 2015 com sede de vitória e com upgrades em quase todos os aparelhos. Suas principais melhoras vieram nas barras, onde a ginasta tem uma série de 6.1 de dificuldade com muito boa execução, apresentando um Downie (stalder pra tkachev carpado) e uma excelente sequência de Ricna (stalder pra tkachev afastado) ligado diretamente a um Pak (passagem pra barra baixa). No salto, a ginasta realiza consistentemente um belo yurchenko com dupla pirueta. Na trave, o destaque vai para a belíssima extensão nos saltos ginásticos e ótima postura nas acrobacias, o que lhe rende notas próxima dos 15 pontos, mesmo tendo apenas 5.700 de nota de dificuldade. Mas é no solo que a nova sênior mostra sua força. Seu cartão de entrada é um altíssimo duplo twist grupado ligado um salto stag. Mantém boa postura e dificuldade na segunda passada, mortal esticado + Tarasevich (dupla pirueta frontal) + mortal pra frente grupado, rendendo 0.2 de bonificação. Todo essa força nos quatro aparelhos (principalmente na execução) garantiu à Hernandez o titulo nacional juvenil no individual geral em 2015. Alinhando sua boa execução a alguns décimos a mais de dificuldade, suas chances de conquistar uma vaga na equipe olímpica são grandes.



Norah Flatley

Da mesma escola de Shawn Johnson, muita precisão parece ser a principal característica dessa promessa juvenil que se torna sênior em 2016. Flatley não tem um individual geral muito forte, mas melhorou muito suas séries em pouco tempo. Apresenta um yurchencko com dupla pirueta no salto, uma série de barras assimétricas limpa e com potencial de evolução, um bom solo e uma excelente trave. Talvez seja nesse último aparelho que apareça alguma oportunidade de entrar na equipe. Atualmente, a trave talvez seja o aparelho mais fraco da equipe americana e Flatley tem potencial não só para a ajudar a equipe como para garantir uma possível final olímpica nesse aparelho. A ginasta fez um bom trabalho em Jesolo esse ano e, dentre as que se tornam sênior no ano que vem, fica ao lado de Hernandez como uma das principais concorrentes a um lugar na equipe americana.



Gabrielle Douglas

Depois de um hiato de 3 anos, Gabrielle Douglas voltou às competições oficiais em grande estilo. Conseguiu vaga na equipe americana que disputou o Mundial de Glasgow e terminou com a prata no individual geral, atrás apenas de Simone Biles, e ainda foi finalista de barras assimétricas. É tida por muitos como a principal adversária de Biles no individual geral, podendo ameaçar o ouro olímpico da ginasta fenômeno. Reza a lenda que a campeã pré-olímpica nunca consegue ser campeã olímpica! Será que Douglas pode conquistar o ouro olímpico em 2016? Apesar de já ter voltado muito bem esse ano, Douglas tem potencial para evoluir e ainda pode mostrar upgrades em suas séries. Não recuperou seu amanar no salto e pode conseguir séries de solo e assimétricas mais difíceis das que apresentou no Mundial. A diferença entre Douglas e Biles foi pequena, algo muito expressivo para quem ficou parada tanto tempo. A ginasta está numa forma física muito boa, tem a 2ª melhor série de barras assimétricas da equipe e, com tanto potencial e resultado, é certo que veremos Douglas novamente na seleção americana em 2016.



Simone Biles

Essa dispensa comentários. Seus resultados falam por si só: 14 medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo 10 delas de ouro. A melhor ginasta do mundo na atualidade - e provavelmente a melhor da história, ao menos tccnicamente -, chega em 2016 como favorita ao ouro olímpico em pelo menos 4 das 6 finais em disputa na ginástica artística feminina. E mesmo conquistando tantos títulos, a ginasta norte-americana não se dá por satisfeita e tenta sempre se superar em relação à dificuldade de suas séries. O que ela apresenta atualmente em competição, apesar de surpreendentemente incrível, ainda não está no máximo de sua capacidade, o que leva a crer que essas não sejam as séries oficiais que ela apresentará nos Jogos do Rio no ano que vem. Ainda existem muitas cartas na manga, como um yurchenko com tripla pirueta (que poderá ser homologado por ela) e um cheng no salto (rondante, meia pirueta pra mesa, mortal esticado com pirueta e meia pra frente); um kip weiler com pirueta (espécie de oitava à parada pra frente com uma pirueta, ainda inédito em competições), uma passagem de Khorkina (oitava de costas com voo pra barra alta e meia pirueta) e uma saída de Fabrichnova nas barras (duplo com dupla grupado); na trave ela ainda treina um twist grupado, um mortal carpado para frente (que ela apresentou em competições nacionais em 2015) e uma complexa e inédita saída de duplo com dupla na posição grupada. No solo, ela ainda é capaz de realizar um Moors (duplo com dupla na posição esticada), um inédito duplo mortal com tripla pirueta (que provavelmente valeria I) e uma saída de duplo mortal esticado. Haja talento e fôlego!



Margareth Nichols

Provavelmente a maior revelação da ginástica artística feminina dos Estados Unidos em 2015. Chegou no Mundial de Glasgow com excelentes chances de garantir a segunda vaga da equipe para a final do individual geral. No entanto, sua oportunidade foi barrada pela forma como a equipe foi montada por Karolyi na fase classificatória da competição. Margareth não pode fazer barras assimétricas e a segunda vaga acabou ficando com Gabby Douglas, uma das 3 ginastas norte-americanas que no geral. Para se redimir da injustiça, Karolyi colocou Nichols nos quatro aparelhos durante a final por equipes e a atleta não desapontou em sua primeira participação em finais de Campeonatos Mundiais. Maggie está na categoria adulta desde 2014, mas devido a uma lesão no tornozelo perdeu sua primeira chance de fazer parte da equipe no Mundial de Nanning. Sua evolução desde então foi absurdamente incrível, sobretudo no salto e na trave, onde a atleta acrescentou ótimo upgrades, como um Amanar (yurchenko com dupla pirueta e meia) e um Grigoras (mortal grupado pra frente com meia pirueta). A ginasta também mostra bastante força no solo, com uma potente entrada de Silivas (duplo com dupla grupado), aparelho onde terminou com o bronze no Mundial esse ano. Suas chances de fazer parte da equipe são muito grandes, devido ao seu equilíbrio nos 4 aparelhos e consistência. Seu ponto fraco é a postura corporal nos elementos acrobáticos, principalmente na posição grupada.



Alexandra Raisman

Assim como Douglas, Raisman também esteve fora das competições oficiais desde 2012, quando fez parte da equipe olímpica campeã. Campeã olímpica também no solo, quase conseguiu uma vaga na final desse aparelho no Mundial, apresentando uma série com ótimas dificuldades e mostrando que os anos sem treino não fizeram nenhuma diferença em seu potencial acrobático. Voltou competindo em todos os aparelhos e com uma melhora considerável nas barras assimétricas, seu pior aparelho. Recuperou seu amanar no salto e fez o individual geral em Glasgow; entretanto, pela primeira vez errou. Marta Karolyi não se abalou e colocou Raisman para se apresentar na final por equipes, e dessa vez ela fez um excelente trabalho. Atualmente, é uma das melhores ginastas na trave, solo e salto, e não deixa outra opção para a equipe americana a não ser incluí-la nas Olimpíadas.



Texto de Cedrick Willian e Stephan Nogueira.

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Esse é o primeiro texto de 2015 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.

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