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Final de semana de ginástica para o Brasil: a seleção masculina, a mesma que competiu em Doha, estará presente em Cottbus, na Alemanha, para mais uma edição da Copa do Mundo. Mais uma avaliação para a equipe masculina! Novamente os ginastas terão uma oportunidade de consertar os erros ou repetir os bons resultados conquistados em Doha. Confira as informações.
Ângelo Assumpção - solo, salto, paralela e barra fixa Diego Hypólito - solo e salto Fellipe Arakawa - cavalo com alças, argolas, paralela e barra fixa Henrique Medina - cavalo com alças e argolas
Terminou hoje a Copa do Mundo de Ginástica Artística, etapa de Doha, e os pontos altos da competição continuaram sendo os mesmo da competição classificatória. Essa foi uma excelente etapa de Copa do Mundo, e o Brasil manteve os bons resultados do primeiro dia de competição assim como os outros favoritos à medalhas.
Analisando e levando em consideração a competição que o Brasil fez no Qatar, é bem provável que, no masculino, apenas Diego Hypólito continue na briga pela vaga olímpica. Ângelo Assunpção, que tem os mesmos pontos fortes de Diego, não mostrou consistência. Henrique Medina precisaria de mais nota que 15,325 para uma medalha no Rio; talvez, com essa nota, nem entraria para a final. Fellipe Arakawa, apesar de ter conquistado uma vaga na final de barra fixa, precisaria acertar o cavalo com alças para seguir buscando seu lugar ao sol.
Já no feminino, Rebeca Andrade marcou seu lugar definitivamente, ainda mais tendo a melhor série de barras assimétricas da equipe. Entretanto, o destaque ficou por conta de Thauany Lee: a ginasta acertou a série de trave com mais de 14 pontos nos dois dias de competição e saiu com a prata da final. Competiu nas assimétricas e, mesmo sem entrar para a final, tem boa série nesse aparelho; Thauany ainda pode tirar dos treinos um yurchenko com dupla pirueta no salto, colocando seu nome forte para uma vaga no Evento Teste.
Catalina Ponor está muito bem e, como era de se esperar, continua elegante e firme em seu melhor aparelho. É certo que também conseguirá boas pontuações no salto e no solo, ajudando a equipe que não foi tão bem nessa competição. A Romênia precisará de mais do que demonstrou esse fim de semana para assegurar uma vaga nos Jogos Olímpicos, principalmente nas barras assimétricas. A situação está realmente muito complicada e não dá para afirmar que a Romênia estará com uma equipe completa nas Olimpíadas.
O cubano Manrique Larduet esteve excelente em todas as finais que participou pontuando notas altíssimas na paralela e argolas. Mantendo uma média acima de 15,200 no demais aparelhos, se firma como um forte candidato ao ouro individual geral nos Jogos Olímpicos, numa final que tem Kohei Uchimura sempre como favorito. Os armênios também foram muito bem, conseguiram notas muito altas e acima de 15 nas argolas, salto e cavalo com alças, mostrando que uma equipe forte pode aparecer nos mundiais daqui a alguns anos.
Zsofia Kovacs é, sem dúvidas, uma das "turning seniors" mais importantes do ano, e mostrou que pode recolocar a Hungria entre os melhores países do Mundo numa competição ainda mais importante que uma etapa de Copa do Mundo.
A próxima etapa da Copa do Mundo acontecerá no fim de semana que vem em Cottbus, última participação do Brasil - que vai apenas no masculino - antes do Evento Teste. Ao que tudo indica, o Evento Teste será uma competição muito mais interessante do que foi em sua primeira edição em Londres.
Além das classificações do Brasil para as finais em Doha, muita coisa interessante aconteceu nessa tradicional etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística. Confira!
Brasil Vamos começar falando sobre o Brasil, que mostrou muita coisa legal hoje. Diego Hypólito apresentou uma série de solo com nota de partida 6,8, com grandes chances da nota subir na final. Diego se encontra muito competitivo nesse aparelho e também no salto, onde se classificou em 3º lugar com 14,900. Dessa forma, acaba ficando à frente de Ângelo Assumpção na busca da vaga olímpica, já que praticamente disputam a mesma vaga e Ângelo ainda não conseguiu competir mostrando todo seu potencial e eficiência. Fellipe Arakawa é considerado o melhor atleta de cavalo com alças do país, e apesar de ter se classificado para a final de barra fixa (14,600), o interessante seria que tivesse mostrado mais serviço no cavalo (13,750), se colocando numa briga direta na equipe olímpica como especialista nesse aparelho, que é o único aparelho onde o Brasil apresenta chances praticamente nulas de conseguir uma final. Mesmo assim, conseguiu notas boas nos outros aparelhos (14,100 nas argolas, 14,500 na paralela) e que poderão ser usadas no futuro, já que o foco da equipe atual é medalhas. Henrique Medina surpreendeu e teve a maior nota D da competição nas argolas (6.9), mas acabou conseguindo apenas 14,800 de nota final, provavelmente ocasionada por uma queda. Se cravar a série amanhã, pode ser ouro na final, o que o colocaria mais forte dentro de uma disputa interna para competir os Jogos Olímpicos.
No feminino, Rebeca Andrade mostrou mais uma nota consistente nas barras assimétricas e repetiu o acerto em Jesolo: 14,500 no único aparelho que competiu. Thauany Lee competiu ao lado de Rebeca e não foi bem nesse aparelho, mas na trave conseguiu 14,200 na série que tem nota de partida 6,1, a mais alta entre as competidoras.
Catalina Ponor
Ponor retornou às competições em grande estilo, com boa nota de partida na trave (6.0) e se classificando em primeiro com 14,650. Ponor pode ser a força que a Romênia precisa para assegurar a vaga olímpica no Evento Teste. Uma boa líder que conseguirá segurar as pontas mesmo com a ausência de Larisa Iordache. Ainda sobre a Romênia, Dora Vulcan foi bem consistente em sua primeira competição importante, e mesmo sem grandes experiências competitivas será de suma importância em abril.
Manrique Larduet
Muito consistente, o cubano se classificou para duas finais nos dois aparelhos que competiu: argolas e barras paralelas. Com 15,200 no primeiro e 15,600 no segundo, essa é a nota que ele precisa regularizar nos demais aparelhos para bater de frente com o japonês Kohei Uchimura no individual geral. Hoje, Larduet e o ucraniano Oleg Verniaiev são os que apresentam séries com dificuldades suficientes para possivelmente vencer o japonês, mas entre os dois Larduet se destaca mais devido à sua consistência.
Zsofia Kovacs
Essa ginasta está recolocando a Hungria no topo. Kovacs é estreante na categoria adulta e fez uma excelente competição hoje, e ofuscou a participação de Noemi Makra. Tem grandes chances de ser a representante do seu país nos Jogos Olímpicos. Hoje, se classificou para todas as finais e teve um somatório de finalista no individual geral: 56,900.
Azerbaijão
Mesmo importando grandes ginastas de outros países, o Azerbaijão ainda não conseguiu destaque na ginástica feminina. Entretanto, no masculino a estratégia tem dando certo. Dada as notas conquistadas por Oleg Stepko e Petro Pakhnyuk (conquistaram vagas em todas as finais, exceto argolas e barra fixa), pode ser que uma grande equipe esteja em ascensão.
Suíça
Giulia Steingruber, Stefanie Siegenthaler e Ilaria Kaeslin fizeram uma competição muito consistente e, mesmo com chances remotas, as 3 ginastas compõe a equipe suíça que tem nas mãos a maior chance de classificação olímpica dos últimos tempos. Com notas parecidas e, claro, com destaque para Giulia Steingruber, a equipe virá para o Evento Teste em abril e não vai fazer feio. Depois de hoje não dá para simplesmente descartar a Suíça. Afinal, alguém contava com a Holanda no top 8 em Glasgow? Se a Holanda conseguiu, por que as suíças não conseguiriam?
Jonna Adlerteg
Com uma grande série, dá vontade de ver essa ginasta brilhar, e hoje ela conseguiu: primeira classificada para a final de barras assimétricas com 15.000 pontos! Nota de finalista olímpica... Será Jonna uma pioneira da Suécia em bons resultados nos Jogos Olímpicos? Torcida é o que não falta!
Mingqi Huang
Tem apenas 19 anos o primeiro classificado para a final de salto. Com dois saltos de nota de partida 6.0 e excelente execução, Huang tem grandes chances de ser finalista olímpico. Conseguiu 15,325 hoje e com a ausência do coreano Hak Yang Seon nas Olimpíadas, o ouro no Rio fica meio que "em aberto". Resta saber se Huang é bom o suficiente para integrar a equipe chinesa que competirá nos Jogos.
As competições internacionais não param. Preparatório para as Olimpíadas é assim! Depois de um fim de semana cheio de ginástica e de participação do Brasil, confira os nomes que representarão o Brasil nas próximas competições.
Copa do Mundo de Ginástica - Etapa de Doha, de 24 a 26/03
24/03 - Classificatórias 25/03 - 1º dia de finais por aparelhos - 11h (horário do Brasil) 26/03 - 2º dia de finais por aparelhos - 10:30h (horário do Brasil)
Participantes do Brasil
Masculino: Ângelo Assumpção, Diego Hypólito, Fellipe Arakawa e Henrique Medina Feminino: Rebeca Andrade, Thauany Lee e Carolyne Pedro
31/03 e 01/04 - Classificatórias 02/04 - 1º dia de finais por aparelhos - 10h (horário do Brasil) 03/04 - 2º dia de finais por aparelhos - 10h (horário do Brasil)
Participantes do Brasil
Masculino: Ângelo Assumpção, Diego Hypólito, Fellipe Arakawa e Henrique Medina
O ginasta Caio Souza finalizou sua competição individual geral na Copa do Mundo de Ginástica Artística, etapa de Stuttgart. Pontuando 85,764, o ginasta terminou em 5º lugar, com altos e baixos durante a competição que ele poderia ter vencido. 1 - BRETSCHNEIDER Andreas 87.132 (GER)
Caio teve pontuação abaixo do esperando justamente nos seus melhores aparelhos. Conseguiu 13,466 na paralela e 14,233 na barra fixa. Pontuou muito bem no solo (14,766) e no salto (14,666), mantendo a regularidade nas argolas (14,300) e cavalo com alças (14,333). O momento agora é de fixar os erros cometidos e garantir notas melhores nas barras, onde tem possíveis chances de finais. Resultados completos.
A situação da equipe olímpica ainda é incerta, mas de acordo com os resultados da ginástica masculina nesse fim de semana, a decisão tende para uma escolha parecida com um texto postado aqui no blog anteriormente.
Uma escolha sábia e justa deve ser feita na escolha dessa equipe que tem talento de sobra. Mesmo pensando em especialistas, a equipe pode surpreender e conquistar uma final olímpica, marcando um inédito resultado para o Brasil.
As equipe brasileiras masculina e feminina competiram hoje em diferentes competições. No feminino, terminaram com a prata no Troffeo Cittá di Jesolo, enquanto no masculino terminaram com o bronze no DTB Team Challenge.
Na competição feminina, o Brasil não foi muito bem no solo e trave, com notas baixas de Daniele Hypólito nesses dois primeiros aparelhos. No salto, fora Flávia Saraiva - que saltou um yurchenko com dupla - e Daniele - que saltou um yurchenko com pirueta e meia -, todos as outras saltaram yurchenko com pirueta simples.
A prata parecia distante e, inacreditavelmente, o Brasil compensou os erros anteriores e os saltos simplificados nas barras assimétricas. Nas barras, que já foi o pior aparelho do Brasil, foi onde as meninas conseguiram o segundo maior somatório do dia: 57,200. A equipe teve 3 notas acima dos 14 pontos, algo inédito para o Brasil em competições internacionais desde 2009. A evolução comparada ao Mundial do ano passado foi excepcional: tiraram 51,966 em Glasgow contra 57,200 de hoje, mais de 5 pontos de diferença. Podemos afirmar que o Brasil tem paralela!
Flávia Saraiva foi a melhor ginasta em ação hoje e conseguiu 58,400 no individual geral, contando nenhuma nota abaixo de 14 pontos no somatório. Jade Barbosa também foi muito firme, apresentou upgrades no solo (flic sem mãos + tsukahara grupado) e ótimas séries na trave e assimétricas. Lorrane não competiu e Rebeca Andrade está caminhando para voltar aos 100% nos outros aparelhos, porque nas assimétricas ela já está como antes.
Na competição masculina, o Brasil, que havia se classificado em 2º para a final, caiu uma colocação. Entretanto, o mais importante para o Brasil hoje foi a evolução de Sérgio Sasaki, que foi incrível. Depois do susto de ontem, quando tirou notas muito baixas para seu potencial, Sasaki competiu melhor. Ontem não teve nenhuma nota cima de 14 e hoje não teve nenhuma nota abaixo de 14. Confira a evolução do ginasta:
Cavalo com alças - 13,600 para 14,966 Paralela - 13,800 para 14,666 Barra fixa - 13,050 para 14,833.
Essas são as notas que esperávamos ontem. Passado o susto, é muito bom saber que Sasaki está realmente bem e quase pronto para o individual geral. No somatório final, a equipe conseguiu 175,428, ficando atrás da Ucrânia, que somou 176,762, e da Grã-Bretanha, que somou 177,228. Outro destaque do Brasil na competição foi Arthur Nory, que conseguiu a melhor nota na barra fixa (15,300) e no solo (15,266).
Ainda em Stuttgart, aconteceu hoje a competição individual geral feminina da Copa do Mundo de Ginástica, tendo a alemã Sophie Schedder como campeã. A prata ficou com com a canadense Isabela Onyhsko e o bronze com a americana Amelia Hundley. Acontecerá amanhã a final individual geral masculina, com a participação de Caio Souza, e a final por equipes feminina, tudo a partir das 08 da manhã.
O Trofeo Cittá di Jesolo continua amanhã com as finais por aparelhos a partir das 11:30.
O Brasil competiu hoje nas classificatórias do DTB Team Challenge e se classificou para a final por equipes na segunda colocação com 258,050. A equipe ficou atrás somente dos britânicos, que somaram 262,250.
Os únicos ginastas que competiram no individual geral foram Francisco Barreto e Petrix Barbosa, com destaque para Francisco que contou todas as suas notas para a equipe e foi o melhor na paralela, com 14,850. Arthur Nory competiu em todos os aparelhos, exceto paralela, e foi o melhor no solo, salto e barra fixa, além de pontuar para a equipe no restante.
Lucas Bittencourt teve uma participação mediana, ainda não conseguindo notas tão boas quanto no Mundial, mas mesmo assim pontuando para a equipe. Lucas precisava de um destaque maior em pelo menos um aparelho para entrar numa disputa mais forte para fazer parte da equipe dos Jogos Olímpicos.
A volta de Sérgio Sasaki às competições não foi a melhor. O ginasta competiu apenas em 3 aparelhos e não conseguiu passar dos 14 pontos em nenhum deles. Conseguiu 13,600 no cavalo com alças, 13,800 na paralela e 13,050 na barra fixa. Resta saber como Sasaki irá se portar na final, que acontece amanhã às 11:30.
Sasaki ainda tem o Evento Teste pela frente, onde representará o Brasil ao lado de Arthur Zanetti. Ainda faltam 5 meses de hoje até os Jogos do Rio, mas a situação é um pouco alarmante. Mesmo voltando de lesões, os aparelhos que competiu hoje provavelmente foram os que mais treinou durante esse tempo de recuperação, e a expectativa era de que estivesse pontuando melhor.
A competição continua amanhã, com a final por equipes, e no domingo, com a competição individual geral, onde o Brasil será representado por Caio Souza. Essa será uma ótima oportunidade para saber como Caio se encontra, visto que competiu o Mundial de Glasgow lesionado e teve uma performance aquém da demonstrada no Pan de Toronto, quando pontuou quase 89 pontos e foi quarto colocado no individual geral.
A competição também aconteceu no feminino, sem a participação do Brasil, que se encontra na Itália para disputar o Trofeo Cittá di Jesolo. A equipe que melhor se classificou hoje foi a da Rússia, com 169,450, deixando as alemãs donas da casa em segundo, com 165,400. Destaque para Daria Spiridonova, que teve a nota mais alta da competição, um 15,650 nas barras assimétricas.
Finalmente chegamos ao último post! Nesse, falaremos sobre a equipe masculina do Brasil. O estreante mais promissor do ano, por mais que ainda não tenha chances de integrar a equipe principal, é Lucas Cardoso do Grêmio Náutico União.
Sabe-se que o foco da ginástica masculina nas Olimpíadas é a busca pelo maior número de medalhas. Pensando em especialistas, alguns ginastas consequentemente aparecem com mais chances do que outros de estarem na equipe. Por isso, esse post será um pouco diferente dos outros.
Mesmo sem pensar apenas em equipe, é possível que o Brasil se classifique para uma histórica final, já que os atuais bons "all-arounders" brasileiros tem aparelhos fortes e podem pontuar bem para uma final individual geral e para uma classificatória para as finais por equipes e aparelhos.
Pensando nisso, atualmente a opinião do Gym Blog Brazil é que a equipe masculina que competirá nos Jogos do Rio seja formada pelos atletas Arthur Zanetti, Diego Hypólito, Sérgio Sasaki, Arthur Nory, Caio Souza e Francisco Barreto.
Nessa condição, um deles será o reserva e isso depende da forma como os cinco serão escolhidos. Ainda daria para priorizar a equipe contando apenas com esses ginastas, sendo que, mesmo assim, o Brasil continuaria com chances de medalhas individuais.
É bem difícil falar de Sasaki atualmente, principalmente porque ele ainda não competiu depois da lesão. Entretanto, o ginasta parece muito focado e, se voltar com as séries de antes, pode brilhar. A análise será feita imaginando que Sasaki volte com as séries que tinha antes da lesão.
Opções de equipe Opção 1
Sérgio Sasaki Arthur Nory Arthur Zanetti Diego Hypólito Caio Souza
Nessa formação, Sasaki e Nory fariam o individual geral, sendo que ambos tem chances de se classificarem para essa final. Sasaki ainda tem chances de final no salto e já teve nota e série suficientes para conseguir uma final na barra fixa. Nory, atual 4º melhor do mundo na barra fixa, também tem chances de entrar nessa final. Os dois ginastas pontuariam muito bem na classificatória por equipes.
Caio Souza também faria o individual geral e concorreria a uma vaga nessa final diretamente com Nory e Sasaki. Caio atualmente tem uma série forte no solo e poucas chances de final, mas existentes. Nas classificatórias do Pan, conseguiu 15,450 na paralela, nota que pode aumentar nas Olimpíadas e colocá-lo na final desse aparelho.
Diego competiria em todos os aparelhos exceto argolas, sendo que as chances de final dele se encontram no solo e salto. Diego vem trabalhando muito em cima de sua série de solo; entretanto, no cavalo com alças, paralela e barra fixa ele apareceria apenas para garantir uma nota para a equipe caso os outros errem. Zanetti estaria focado apenas nas argolas, sem se preocupar com mais nenhum aparelho, com grandes chances de final e medalha. Atualmente há rumores de que o ginasta trabalha em uma série de nota D 7.1.
Opção 2
Sérgio Sasaki Arthur Nory Arthur Zanetti Caio Souza Francisco Barreto
Essa formação seria a que mais valorizaria a equipe, sem perder o foco em medalhas individuais. Escolhendo esses ginastas, as chances de ter um finalista de solo nas Olimpíadas diminuem consideravelmente, já que Diego ficaria como reserva.
Sasaki, Nory e Caio desempenhariam as mesmas funções da opção 1. Zanetti faria salto, solo e argolas enquanto Francisco faria cavalo com alças, paralela e barra fixa. As chances de Francisco conseguir entrar na final de barra fixa existem, mas além de acertar a série teria que desbancar as notas de Nory ou Sasaki. No Mundial esteve com uma série muito difícil nesse aparelho: se não tivesse errado teria entrado na final. Francisco colaboraria muito na paralela e cavalo com alças (talvez seria a melhor nota do Brasil no cavalo) e as chances de uma final por equipes é quase certa. Resta saber se Zanetti tem intenções de competir outros aparelhos além das argolas.
Opção 3
Sérgio Sasaki Arthur Nory Arthur Zanetti Diego Hypólito Francisco Barreto
Sasaki e Nory desempenhariam as mesmas funções da opção 1. Francisco faria todos os aparelhos, exceto salto e solo. Zanetti faria solo, salto e argolas enquanto Diego faria todos os aparelhos exceto argolas.
Análise
É certo que Zanetti estará na equipe olímpica, já que continua sendo a maior chance e esperança de medalha do Brasil nos Jogos do Rio. Outro nome muito forte, desde o Mundial, é Arthur Nory, que está com série forte na barra fixa e também tem chances de final. Levando em conta que Sasaki estaria como em 2014, é improvável que fique fora da equipe.
Sem Diego na equipe, as chances de uma final de solo são muito pequenas. Mas para Diego competir, vai ter que fazer outros aparelhos. Não dá para livrá-lo do cavalo com alças, paralela e barra fixa numa equipe em que o Zanetti esteja, a não ser que o Brasil arrisque competir apenas com 3 atletas nas classificatórias das barras e cavalo com alças.
Com Francisco na equipe, Zanetti tem que fazer solo e salto. Com Diego na equipe, Zanetti pode focar só nas argolas, mas Diego tem que pensar em outros aparelhos. A escolha vai ser complicada, realmente não vai ser fácil pensar em apenas 5 atletas nas Olimpíadas com essa boa fase que se encontra a ginástica masculina do Brasil.
Resumindo, a opção 2 tem a equipe mais forte e próxima de uma final, mas não tem um finalista de solo e diminui uma chance de medalha sem aumentar outras. A opção 1 tem menos chances de final por equipes, mas inclui a paralela na lista de possíveis finais. A conclusão mais chata é que algum deles, infelizmente, vai ter que ficar de fora.
Sobre Lucas Cardoso
Campeão brasileiro juvenil nos últimos anos, Lucas Cardoso foi o representante do Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude. Apesar de não ter se classificado para nenhuma final, tinha potencial para estar em algumas, como no solo por exemplo. Com séries forte nesse aparelho (pirueta de frente + duplo mortal; duplo twist carpado) e no salto (tsukahara com dupla pirueta e meia), tem potencial para evoluir nos outros aparelhos, especialmente no cavalo com alças e barra fixa, onde tem séries limpas. Nada como o tempo e a maturação na ginástica, que poderá colocar Lucas como um dos grandes candidatos à equipe principal daqui alguns anos.
Post de Cedrick Willian Esse é o último texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Foram definidas as seleções masculinas e femininas que representarão o Brasil no Trofeo Cittá di Jesolo e DTB Team Challenge. Os respectivos campeonatos marcarão o retorno de Rebeca Andrade e Sérgio Sasaki às competições. Trofeo Cittá de Jesolo 18 a 21/03
Rebeca Andrade Flávia Saraiva Jade Barbosa Daniele Hypólito Lorrane dos Santos Carolyne Pedro
DTB Team Challenge - 18 a 21/03
Sérgio Sasaki Arthur Nory Francisco Barreto Lucas Bittencourt Petrix Barbosa
As duas competições serão de grande importância para o Brasil, já que serão praticamente testes para as duas seleções. No feminino, a intenção deve ser analisar como a equipe vai se portar frente à grandes seleções do Mundo: Itália e Estados Unidos estarão presentes na competição. As ginastas serão as mesmas que competirão no Evento Teste e provavelmente as mesmas que estarão nas Olimpíadas.
No masculino, o teste fica por conta da atuação de Sérgio Sasaki que, 100% recuperado, está a um passo da equipe olímpica. Mas qual o nível atual de suas séries? Será que retomou toda a dificuldade que possuía? Para os demais, a competição deve contar como avaliação para uma possível integração da equipe olímpica. Todos competem pela mesma vaga, e Nory, por conta de sua bela atuação durante todo o Mundial de Glasgow, tem uma certa vantagem em cima dos demais.
Finalmente chegamos às postagens sobre o Brasil, com as ginastas que potencialmente serão os destaques do ano olímpico. Nesse ano, temos duas estreantes na categoria adulta: Carolyne Pedro e Raquel Fernandes. As veteranas que integram o restante do texto incluem as ginastas que acreditamos que farão parte da equipe olímpica: Flávia Saraiva, Daniele Hypólito, Jade Barbosa, Lorrane dos Santos e Rebeca Andrade. A reserva ainda é uma incógnita, mas provavelmente será escolhida entre as ginastas Julie Kim, Thauany Lee e Milena Theodoro.
Carolyne Pedro
Principal adição da seleção brasileira este ano, Carolyne é uma ginasta talentosa, e deve se manter entre as melhores do país no próximo ciclo. Guiada por Oleg Ostapenko desde seus 12 anos, representou o país em vários sul-americanos, e a partir da chegada do treinador ucraniano, tornou-se promessa incontestável da “geração Rio”. Apesar de longilínea, apresenta/treina elementos bastante difíceis na trave e no solo que requerem força e impulsão. No primeiro, exercícios como mortal com pirueta e duplo twist de saída. No segundo, tem o duplo twist grupado e a sequência indireta de pirueta e meia ao passo + duplo grupado como acrobacias mais fortes. Nas barras, partida de 5,6, mas precisa evitar os descontos recorrentes de pernas separadas para conseguir boas notas. No salto, faz FTY com boa execução. Vale ressaltar que por um problema na coluna, tem certa dificuldade com saltos ginásticos, o que segura consideravelmente suas notas de dificuldade e execução.
Raquel Fernandes
Estreante na categoria e com muito potencial ainda a ser explorado, Raquel não teve as mesmas oportunidades das demais meninas da seleção ao que consta, mas acreditamos que pode se tornar uma importante integrante da equipe nacional num futuro próximo. Revelada em Osasco, mudou-se para Curitiba aos 13 anos e cresceu muito em poucos meses de treinamento no Cegin; cerca de um ano mais tarde, voltou para Osasco e ficou afastada das grandes competições por motivo de lesão. Atualmente treinando no Pinheiros, que conta com bons técnicos e uma das melhores estruturas do estado de São Paulo, deve continuar crescendo e se aproximando da tão merecida vaga na seleção. No salto, faz um ótimo FTY. Nas barras, Tkachev, Ray (treino), Jaeger carpado e duplo grupado frontal. Na trave, estrela sem mãos + mortal layout, rondada + mortal esticado, duplo grupado de saída. No solo, duplo twist grupado, Tsukahara grupado (treino) e elementos de dança de valor C.
Lorrane dos Santos Lorrane foi a melhor surpresa que o Brasil teve no ano passado. Sob o comando do ucraniano Oleg Ostapenko, sagrou-se campeã brasileira no individual geral além de obter o melhor resultado individual da equipe no Campeonato Mundial de Glasgow. Sua evolução durante o ano foi simplesmente incrível, principalmente no salto, onde apareceu com um excelente yurchenko com dupla pirueta, salto que tem bastante potencial pra se transformar em um amanar já em 2016. Nas barras, o destaque veio na adição de três passagens de bom valor de dificuldade: um maloney ligado diretamente ao pak, além de um van leeuwen no meio da rotina. Destaque também para a saída de giro na cubital com pirueta seguido imediatamente da saída de duplo mortal pra frente. A série que era de 5.8 agora vale 6.0, graças à uma mudança bem radical e arriscada na ordem dos elementos e a adição de mais uma passagem pra baixo. Na trave, também apresentou evoluções no valor de dificuldade. A série que tinha um potencial máximo de 5.7 de D até o começo do ano passado, agora pode chegar a até 6.0 de D com upgrades como a entrada de mortal carpado pra frente, cortada com pé na cabeça e a ligação de reversão sem as mãos + salto anel. O solo é o único aparelho onde Lorrane ainda não mostrou a que veio em 2016, mas sabemos que potencial ela tem de sobra. A série do Mundial tinha 6.0 de nota de dificuldade, e pode ficar ainda mais difícil se ela acrescentar o dos santos na composição da série.
Rebeca Andrade
Rebeca era, de longe, a ginasta mais completa que o país tinha, ao menos até metade do ano passado. Uma lesão muito grave parou o fenômeno brasileiro: a ruptura completa do ligamento cruzado anterior obrigou a ginasta a deixar de participar de competições muito importantes no ano passado, como os Jogos Pan Americanos de Toronto e o Campeonato Mundial de Glasgow. Rebeca continua se recuperando da cirurgia e ainda não competiu em 2016. No salto, apresentava um amanar com bastante facilidade e vinha treinando um segundo saltobem difícil, um mustafina (6.0). Sua série de barra é a melhor do Brasil, tanto em dificuldade quanto em consistência. Destaque para a incrível combinação de stalder com pirueta + Tkachev + Pak + Stalder à parada + Maloney + Rupover + chinesinha, que fazia a série somar 6.100 em dificuldade. A facilidade na execução trazia margem pra muita evolução e elementos difíceis em treino era o que não faltavam. O solo também era um aparelho extremamente promissor, com uma entrada de duplo grupado com uma pirueta e meia, elemento que poderia levar seu nome; uma série extremamente tranquila e que tinha "humildes" 6.1 pontos de nota D. A trave era seu aparelho mais fraco, principalmente por conta da inconsistência. Ainda assim a série partia de 6.2 acertando tudo corretamente. A grande dúvida que fica é se ela conseguirá recuperar todas as séries difíceis que tinha antes da lesão.
Flávia Saraiva
Já conhecida do grande público por seu carisma e talento, Flávia tem se mantido focada em aprimorar sua ginástica e promete surpreender no evento-teste e posteriormente no Jogos do Rio. A ginasta, que até ano passado representava a ONG Qualivida, será um dos reforços da equipe do Flamengo para a temporada; o clube reinaugurou seu centro de treinamento com ótima estrutura e deve continuar revelando e trabalhando talentos para além da próxima Olimpíada. Pequena e bastante forte fisicamente, vem mostrando uma evolução interessantíssima nos treinos, e pode chegar às próximas competições da seleção com um dos nossos melhores individuais gerais. No salto, treina há algum tempo a dupla pirueta, que parece mais próxima das competições do que nunca. Nas barras, tem partida de 5,7, podendo elevar essa nota caso acrescente, além do já apresentado Jaeger carpado, um Van Leeuwen. Na trave, é candidata a final olímpica, com elementos complexos e bem executados. No solo, vem preparando passadas como duplo esticado e whip + tripla, almejando assim ultrapassar os 6 de partida. Na etapa da Copa do Mundo de Baku, no mês passado, foi o destaque da categoria feminina, com duas medalhas de ouro e uma de bronze.
Daniele Hypólito
Desde quando estreou na categoria adulta, em 1999, talvez 2015/2016 seja a melhor fase da carreira de Daniele, que recentemente apresentou exercícios e ligações nunca vistos em suas séries. A ginasta está madura e em excelente forma física, mostrando muito foco no seu objetivo em integrar a equipe olímpica. Todo esse processo foi uma reformulação da sua ginástica, fator necessário para continuar representando o Brasil e vencer a concorrência interna que há na seleção hoje, que depois de muitos anos se renovou. Recentemente conseguiu uma nota 13.800 nas assimétricas, conquistando a prata na Copa do Mundo de Baku e apresentando duas largadas: um tkatchev e um jaeger. Sabe-se que a ginasta pretende voltar a executar o duplo esticado com pirueta na saída, exercício que fez parte de sua série durante muitos anos. No salto, apresentou em testes o yurchenko com dupla pirueta, exercício que se estiver pronto para competição a aproxima ainda mais da equipe. Na trave vem treinando uma nova entrada, uma sequência de 2 layouts, que bonifica 0.2; no ano passado ela apresentou a mesma sequência em cima da trave, aparelho onde possui nota D mais alta. No solo está preparando coreografia nova que vem na batida das músicas da cantora Anitta, com a intenção de se aproximar do público brasileiro nas próximas competições. Daniele pode conseguir o seu tsukahara de volta na série, além de ainda ter na manga uma sequência de pirueta e meia de costas + dupla pirueta de frente + mortal pra frente, que bonifica em 0.3. Vale lembrar que atualmente apresenta 3 elementos de dança de valor D em sua série.
Jade Barbosa
Depois de anos afastada dos Mundiais e de perder as Olimpíadas de Londres, finalmente competiu no ano passado. Sua última competição importante havia sido em Anadia em 2013, quando conquistou o ouro no salto e se classificou para as finais de solo e trave. Pouco antes de competir em Glasgow, ainda representou o Brasil na Copa do Mundo de Osijek, ficando com o ouro na trave. E foi nesse mesmo aparelho que teve sua melhor apresentação no Mundial: Jade foi a segunda reserva da final, ainda responsável por colocar o Brasil como a 3ª melhor equipe nesse aparelho. Esse ano, já apresentou upgrades em sua série de paralela, que conta agora com uma sequência de ricna + pak, ligação que bonifica em 0.2. Sua série de solo tem muito potencial acrobático, já que a ginasta possui duplo esticado, tsukahara carpado e duplo twist carpado como acrobacias mais fortes, apesar de nunca ter apresentado as três numa mesma série. Muitos sonham com a volta do amanar de Jade no salto, e apesar de não haver indícios de que a ginasta esteja treinando esse elemento, não há dúvidas de que sua potência e forma física atual sejam favoráveis para que uma nova apresentação desse salto aconteça, fortalecendo ainda mais a equipe olímpica.
Post de Cedrick Willian, Bernardo Abdo e Stephan Nogueira.
Esse é o penúltimo texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Compilação das melhores estreantes de outros países fora o top 8 do último Mundial. Algumas dessas ginastas são muito importantes para suas equipes, como a Bélgica, França e Alemanha. que ainda tentam uma vaga olímpica no Evento Teste.
BÉLGICA
Nina Derwael
Talento nato nas barras, Nina é uma das esperanças belgas na briga pela tão sonhada vaga olímpica entre as 12 melhores equipes do mundo. Destaque do último Festival Olímpico da Juventude Europeia, é longilínea, bastante regular e pode contribuir com boas notas para o grupo. Salto: FTY limpo. Barras: série de final olímpica, com elementos de alta complexidade ainda não apresentados em competição (stalder com pirueta + Chow + Bhardwaj, Chow com meia, Ricna + Pak, Van Leeuwen e Tsukahara de saída). Trave: cortada + split ring, reversão sem mãos + salto anel, flic + flic + layout e Steingruber de saída. Solo: muito expressiva, mas sem grandes dificuldades (duplo grupado altíssimo, uma e meia + pirueta, duplo giro em Y, saltos ginásticos de valor C, dupla e meia de saída)
Axelle Klinckaert
Outra grande revelação, foi o maior nome do EYOF no ano passado, conquistando 2 medalhas de ouro, uma na trave e outra no solo, nas finais por aparelhos. É improvável que Axelle não faça parte da equipe belga que competirá no Evento Teste e as chances da Bélgica conseguir a vaga olímpica nunca esteve tão próxima. No último fim de semana, no International Gymnix, a equipe belga conquistou o ouro por equipes, ficando à frente do Canadá. Axelle, ao lado de Nina Derwael e de Senna Deriks (outra estreante talentosa), fez excelentes provas em todos os aparelhos. Com um somatório de 56,125, foi prata no individual geral. Seu único ponto fraco é o salto, onde tem apenas um yurchenko com pirueta, mas que consegue compensar com boas notas nos outros aparelhos. Tem uma ótima sequência de flic + flic + mortal esticado na trave e um solo muito artístico, que contam com um duplo esticado e um tsukahara grupado, além de elementos D de dança.
ALEMANHA
Tabea Alt
Considerada como o talento do ciclo para a equipe da Alemanha, Tabea é uma ginasta forte e bastante potente, sendo também uma excelente all-arounder, versátil e consistente. Salto: vem firmando um DTY eficiente, importantíssimo para um país que até ano passado tinha como melhor saltadora a experiente Pauline Schaefer – mortal estendido frontal com meia volta –. Barras: segue o padrão alemão e apresenta uma série complexa (sola com pirueta + Maloney + Pak, Van Leeuwen e Tsukahara esticado de saída). Trave: estrela sem mãos + layout + layout, cortada em arco, cortada com meia e duplo carpado de saída. Solo: duplo esticado, duplo twist grupado, cortada com pirueta.
Florine Harder
Florine tem muito potencial para integrar a equipe esse ano, mas pode ser que ainda não consiga. Séries fortes e possibilidades de upgrades ela tem, mas a consistência ainda precisa melhorar. A ginasta já possui um yurchenko com dupla (fator importante para a equipe) e muita altura nas acrobacias de solo, dando possibilidade de aumentar pelo menos um giro no eixo longitudinal nos duplos mortais grupados e carpados. Tradicionalmente tem uma ótima série de barras assimétricas, essa que conta com 3 largadas: jaeger carpado, ricna e ray. Possui uma trave difícil e muito interessante, com chances de conseguir uma boa nota final. A série parte de 5,8 e conta com uma sequência de reversão para frente + mortal, que bonifica em 0.2. Se ainda não for esse ano, pode ter certeza que ainda verá essa ginasta defendendo a Alemanha por muitas e muitas vezes.
FRANÇA
Oreane Lechenault
Acompanhada pelos fãs franceses desde seus primeiros anos na elite da ginástica nacional, Oreane chega à categoria com status de promessa. Apesar de um pouco inconstante, a ginasta é sem sombra de dúvidas um dos nomes que brigam para figurar na equipe que disputará o Evento Teste em abril, no Rio, salvo lesões. Salto: FTY promissor. Barras: série com alguns probleminhas de postura, mas ótima dificuldade – stalder carpado com pirueta, Komova II + Pak, Van Leeuwen, saída em duplo frontal –. Trave: cortada + cortada com meia + mortal pra trás, reversão sem mãos + salto anel, flic + flic + mortal estendido, Onodi, flic + flic + duplo carpado. Solo: muito boa expressão artística e tumbling bem interessante, um pouco inconsistente, no entanto (duplos esticado, carpado e grupado, além de elementos ginásticos de valor C).
Marine Boyer
Definitivamente uma adição importantíssima pra equipe francesa se essa realmente quiser ter chances de uma vaga olímpica. Boyer, já de início, tem um yurchenko com dupla pirueta e uma trave com potencial de nota D 6.4. Sua série de barras é eficiente, cumprindo todas as exigências de forma bem limpa. No solo, como uma boa francesa, é artisticamente bonita, mas pode ter o potencial acrobático melhor trabalhado, principalmente nos duplos mortais. Os elementos de dança são muito bons e incluem um giro mustafina, de valor E.
AUSTRÁLIA
Emily Whitehead
Whitehead é a única revelação importante para Austrália esse ano, revelação que pode ser necessária. A ginasta tem um bom trabalho nas barras assimétricas: ligação de maloney + pak, van leween, jaeger e duplo mortal de frente, sendo que ainda possui ótimo ray que pode acrescentar na sua série. Treina um yurchenko com dupla pirueta, ainda não apresentado em competições. Sua trave tem um bom potencial de nota D considerando todas as ligações e cumprindo a exigência da saída. O último solo que apresentou, no fim do ano passado, tem um duplo mortal de frente, com um duplo twist em treinos que ainda pode ser adicionado.
HUNGRIA Zsofia Kovacs
Mais uma grata surpresa revelada pela Hungria, Zsofia briga diretamente com Noemi Makra e Dorina Boczogo por uma vaga para representar o país nos Jogos do Rio. Ainda desconhecida do grande público, a ginasta é sem sombra de dúvidas uma promessa, e acreditamos que seja um dos talentos que podem trazer a equipe húngara de volta à elite da ginástica no próximo ciclo. Salto: ótimo DTY. Trave: reversão sem mãos + sissone + mortal lateral, rondada + mortal esticado, cortada + cortada com meia, duplo grupado de saída. Solo: passadas com ótima altura e dificuldade considerável para uma ginasta júnior (Tsukahara grupado, duplo carpado, dupla e meia).
Post de Cedrick Willian e Bernardo Abdo
Esse é o nono texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Com 60.165 e 88.931, a americana Gabriell Douglas e o japonês Ryohei Kato venceram a American Cup 2016. O campeonato, que tradicionalmente acontece todo começo de ano e se tornou uma competição oficial da FIG a alguns anos, há tempos não é vencido por uma ginasta de outra nacionalidade. No masculino é mais comum que ginastas de outros países vençam. A competição contou com a participação brasileira de Lucas Bittencourt e Lorrane dos Santos.
Apesar de ter vencido e estar no começo da temporada, Kato não teve uma performance brilhante. Apontado pelo próprio Uchimura como um possível substituto de sua hegemonia no futuro, teve um somatório que precisa ser melhorado para um maior destaque no individual geral mundial. No Mundial no ano passado nem competiu em todos os aparelhos, sendo que a segunda vaga japonesa na final foi conquistada por Kazuma Kaya.
A competição de hoje seria facilmente vencida por Donnell Whittenburg, que teve uma queda na barra fixa e nota muito baixa no cavalo com alças, finalizando em segundo lugar. Esse ginasta tem muito potencial para uma medalha individual, mas deve investir todas as suas forças na melhoria do cavalo. Sua série tem uma boa nota de partida, mas é cheia de errinhos de execução e falta de dinamismo. A linha corporal do ginasta, que é muito forte, também não ajuda, deixando a série um pouco feia.
Wei Sun, jovem ginasta chinês que completa 21 anos esse ano, teve sua chance de competir pela forte equipe chinesa e não decepcionou, terminando com o bronze. Teve erros no solo e uma série de argolas com muitos defeitos a serem melhorados, algo estranho para um chinês. Sun tem dificuldades na manutenção de postura em todos os exercícios estáticos, ficando bem menos que 2s em alguns. As argolas balançam muito e a falta de preparo físico nesse aparelho é clara. Sam Mikulak, estrela americana que já inclusive venceu esse campeonato no passado, mais uma vez não conseguiu manter a regularidade e teve quedas no cavalo com alças e na barra fixa. A maioria dos erros desse ginasta, que está voltando de lesão, acontecem sempre nesses mesmos aparelhos.
Na competição feminina, Douglas não teve dificuldade alguma na conquista do título. Desde o treino de pódio era claro a superioridade dela e de sua compatriota Maggie Nichols com relação às outras. Logo no começo da temporada, a ginasta conseguiu um somatório maior que o conquistado no Mundial passado, quando ficou com a prata no individual geral atrás de Simone Biles. Os 60.165 conquistados hoje foram bem próximos dos 60.399 conquistados por Biles em Glasgow, mostrando potencial em ambas para a conquista de uma medalha olímpica.
Nichols cada vez mais se aproxima das Olimpíadas. Mantendo a regularidade que apresenta e boa execução, é improvável que fique fora da equipe americana que competirá no Rio. A ginasta teve o melhor solo do dia e acabou com a segunda melhor nota nos outros 3 aparelhos. Além da segurança apresentada, é provável que a ginasta ainda conquiste alguns upgrades nas suas séries até o US Trials, que acontecerá em julho. Vale lembrar que ainda tem um amanar no salto que pode ser usado para garantir ainda mais essa vaga, que é praticamente certa.
A canadense Elsabeth Black, atual campeã pan-americana, competiu bem apesar de não ter apresentado seu salto e solo mais difíceis. Sabe-se que a ginasta treina um duplo com dupla no solo e já apresentou um duplo esticado em competições, mas parece não ter fôlego para acrescentar mais uma diagonal em sua série, o que faz com que acabe contando com um elemento de dança ou acrobático de valor C. No salto ainda possui uma reversão com pirueta e meia, sendo que hoje apresentou apenas uma pirueta. Black sem dúvidas teria tido a maior nota de trave da competição não fossem 3 desequilíbrios consideráveis que teve durante a série, responsáveis por um total de - no mínimo - 0,7 de descontos.
Amy Tinkler representou a Grã-Bretanha e apresentou muitas coisas interessantes, mostrando que também pode ser uma ginasta importante para sua equipe nas Olimpíadas. Nas barras, conseguiu uma ligação de voos de maloney + tkachev, que bonifica em 0,2; na trave, ligou 3 layouts diretamente, bonificando 0,3 nessa sequência! A italiana Carlotta Ferlito parece estar na melhor fase da sua carreira, demonstrando muita segurança e artisticidade no solo e trave. Ferlito parece ter amadurecido e o único erro cometido hoje foi na saída das barras assimétricas, onde teve uma queda.
Participação do Brasil
Lucas Bittencourt e Lorrane dos Santos pontuaram 76.998 e 50.298 e terminaram ambos em último lugar. Hoje não foi um bom dia de competição para nenhum dos dois. Acertaram apenas uma de suas séries: Lorrane no salto e Lucas nas argolas.
Apesar do início de temporada, não é um bom momento para tantos erros, mais ainda para Lorrane, esperança de integrar e ajudar a equipe brasileira, tanto no Evento Teste como nos Jogos do Rio. Uma competição como a de hoje no Evento Teste seria algo desastroso para a equipe. Os pontos altos das suas performances foram a manutenção do yurchenko com dupla pirueta no salto e a nova série de assimétricas, que tem uma nota de partida um pouco mais alta mas, ao mesmo tempo, uma mudança de estrutura que, nesse momento, requer muita calma e segurança para uma boa adaptação.
Lucas está com um físico muito diferente e essa pode ter sido a causa de tantos erros. O ginasta está mais forte (consequentemente mais pesado) e é normal que erre durante o tempo de adaptação dessas mudanças corporais. O mais interessante demonstrado hoje foi a nova série de barra fixa, que conta com um giro num braço só. Lucas foi muito importante nesse ciclo e um dos ginastas mais regulares no último Mundial, com performances que colaboraram muito para a classificação olímpica. Ainda fora do auge da sua ginástica, Lucas tem muito para evoluir, e com a boa postura e linha corporal que tem, as chances de vê-lo em ação nos Jogos de Tóquio são bem maiores do que nos Jogos do Rio.
Mais uma estrela da ginástica Mundial está de volta aos treinos e competições: enquanto Catalina Ponor fortalecerá a equipe romena na busca da vaga olímpica no Evento Teste, a australiana Lauren Mitchell, fora do Mundial de Glasgow por conta de uma lesão no joelho, está de volta e tem intenções de ajudar a equipe que tentará se classificar para as Olimpíadas pela última vez.
Essa é mais uma pedra no sapato do Brasil. A equipe australiana, finalista no Mundial de 2014, não conseguiu repetir o feito no Mundial passado, ficando bem atrás do Brasil e fora do top 8. Mas agora, no Evento Teste, a equipe pode contar com a participação da melhor ginasta que o país já teve.
Lauren tem boas séries em todos os aparelhos e, mesmo sem conseguir todas as suas dificuldades de volta antes do Evento Teste, ainda será de suma importância para a equipe. Vale ressaltar que assim como o Brasil, a Austrália cometeu vários erros no Mundial passado. A equipe tem séries bem montadas em todos os aparelhos, e a presença de uma líder forte pode ser essencial para os acertos acontecerem.
Como dito em um post anterior, o Evento Teste não será fácil. O Brasil irá se fortalecer com a presença de Rebeca Andrade ao mesmo tempo que outros países também se fortalecem, seja com a presença de estrelas veteranas ou estreantes na categoria adulta. Vale agora confiar no talento da atual equipe, que tecnicamente talvez seja a melhor que o Brasil já possuiu. A competição acontece em pouco mais de um mês e a ansiedade está a mil.
HOLANDA A equipe fez a melhor competição da vida no último mundial. Em momentos importantes, sempre tinham falhas em alguns elementos, mas na classificatória olímpica resolveram acertar tudo. E deu certo: qualquer erro teria sido fatal, já que menos de 0.5 separaram o país da equipe brasileira. Foram perfeitas quando precisaram ser e colocaram o país com uma equipe completa dentro das Olimpíadas.
Kirsten Polderman
Única estreante oficialmente convocada para a seleção adulta deste ano, Kirsten Polderman é uma ginasta longilínea e apresenta bons elementos nos dois aparelhos mais fortes da equipe: barras e trave – no primeiro, stalder carpado, Maloney + shootover, Jaeger e Tsukahara de saída, tudo com ótima postura, e no segundo, estrela sem mãos + flic, ilusion, split ring, tour jeté com meia e saída em steingruber –. Suas outras duas provas são mais simples e não passam/passavam dos 5.0 de partida. Enquanto juvenil, não obteve resultados internacionais de muita expressão, mas foi de longe a melhor dentre as integrantes do trio que representou o país no Festival Olímpico da Juventude Europeia de 2015. A base holandesa, conhecida por sua linearidade e uma constante revelação de talentos, tem tido anos de pouco destaque, o que deve mudar a partir do ano que vem com as promessas nascidas em 2002.
Eythora Thorsdottir
Talvez a maior revelação do país no ano passado, Eythora contribuiu muito para a equipe holandesa durante toda a última temporada. Muito consistente, é dona de uma das séries de trave mais originais da atualidade. Considerando todas as ligações e exercícios que a série se propõe, pode chegar a 6.3 de nota D. A ginasta tem o artístico muito bem trabalhado, assim como a maioria das ginastas da equipe, tanto que sua belíssima série de solo conta apenas com duas passadas e consegue nota final em torno de 13.700. Suas séries de trave e assimétricas são muito eficientes, conseguindo acima de 14 na trave e em torno de 13.600 nas assimétricas. Seu ponto fraco, assim como toda a equipe atual da Holanda, é o salto. Em um vídeo de treino recente, Eythora foi vista executando uma saída de tripla pirueta na trave, exercício que aumentaria a nota de partida da série, aumentando, também, suas chances de conseguir uma final importante.
Lieke Wevers
É uma ginasta extremamente polida e que tem os giros sobre um pé como sua principal arma. Lieke é bastante equilibrada nos quatro aparelhos, tendo a capacidade de tirar notas muito próximas em três deles: barras assimétricas, trave de equilíbrio e exercício de solo. Nas barras, Wevers apresenta belíssimas linhas, excelente extensão de quadril, de joelhos e dos pés, além de voos altos e limpos. A série, que começa com uma sequência de Church (tkachev do giro de sola) seguido de um Pak, bonifica em dois décimos e é o ponto mais alto da série de 6.000 de dificuldade que, consistentemente, rende notas entre 14.500 e 14.300. Na trave, abusa dos giros, realizando um duplo giro simples, além de um giro e meio com a perna na horizontal (elementos de dança de valor D). Uma original sequência de duas estrelas sem as mãos é o destaque da série, que alcança um 5.900 de nota D quando tudo é feito corretamente. Mas é no solo que a ginasta holandesa consegue explorar ainda mais a sua facilidade com giros: a série contém três elementos com rotações, sendo todos de valor D ou E. O trabalho coreográfico é simplesmente perfeito, mas a execução também é algo que chama muito a atenção. A série tem apenas duas passadas, o que diminui as chances de descontos em aterrissagens, esses que costumam ser os mais aplicados pelos árbitros. O salto é o seu aparelho mais fraco - yurchenko com pirueta -, mas ainda assim com execução bastante correta.
Sanne Wevers
Sanne Wevers é irmã gêmea de Lieke, mas conseguiu despontar no cenário mundial bem mais cedo que ela. Especialista de barras e trave, Sanne realiza tudo com bastante facilidade e consistência. Dona de um talento sem igual para giros sobre um pé (facilidade que vêm de família), Wevers é a única ginasta do mundo que consegue realizar um duplo giro com a perna na horizontal em uma superfície de 10 centímetros de largura. A série de trave que rendeu a medalha de prata no Campeonato Mundial de Glasgow, tem nota D de 6.0 com todas as ligações consideradas, mas em competições anteriores, Sanne mostrou ser capaz de arriscar muito mais: já apresentou uma entrada de rondante + flic flac com pirueta (valor E) e a sequência de estrelas sem mãos já foi ligada diretamente com a sequência da reversão. Sanne também consegue realizar um triplo giro sobre o aparelho, que adicionado aos outros upgrades somam um potencial de 6.5 de nota D. Nas barras, Wevers abusa dos elementos da família da oitava (giro com o quadril próximo ao aparelho), iniciando a série com uma complexa sequência de shaposhnikova (voo de costas pra barra alta vindo da oitava na barra baixa) seguido imediatamente por uma oitava com pirueta, ponto mais alto da série de 5.600 de dificuldade. Somado a excelente execução, a nota final de Sanne nesse aparelho quase sempre fica na casa dos 14 pontos.
Lisa Top
A ginasta de 19 anos foi uma das responsáveis pelos melhores resultados da Holanda na atualidade. No ano passado, na primeira edição dos Jogos Europeus, ajudou a equipe holandesa a terminar com a medalha de bronze, conquistando ainda outro bronze no salto. Fez parte da equipe que se classificou para a final por equipes no Mundial de Glasgow e automaticamente se classificou para os Jogos do Rio. Seus melhores aparelhos são: solo, onde entra com um ótimo duplo mortal de frente e tem boa coreografia, e salto, onde apresenta uma reversão com pirueta de frente grupada. Uma curiosidade: enfrentando muita pressão, Lisa foi a última ginasta holandesa a se apresentar no Mundial. A equipe ainda estava atrás do Brasil nesse momento e, com um salto cravado de Lisa, acabaram se classificando para os Jogos Olímpicos.
Celine Van Gerner
Van Gerner é uma ginasta talentosa, mas caiu de rendimento gradativamente por conta de lesões que vem sofrendo desde 2012. O tornozelo de Celine impediu que ela participasse do último Mundial em Glasgow mas, mesmo diante de tantos problemas, pode contribuir pra equipe nos Jogos Olímpicos do Rio, sobretudo nas barras e na trave. Sua série de trave atualmente é composta por uma original sequência de salto longo + estrela sem mãos + cortada com meia pirueta. Esses 3 elementos ligados dão três décimos de bonificação e fazem a série alcançar um potencial de nota D: 6.0 A sua atual série de barras é bastante simples (apenas 5.3 de nota D), mas apresenta uma execução extremamente limpa, além de ter um grande potencial de evolução, caso a atleta consiga recuperar os elementos em stalder que ela realizava na série em 2012, série essa que tinha 6.0 de nota de dificuldade. As lesões fizeram com que Celine caísse de rendimento no solo, um de seus aparelhos mais fortes no auge da forma. Mesmo assim a ginasta mostrou ainda ter pique pra ajudar também nesse aparelho, após recuperar um dos elementos da sua antiga série, a entrada de tsukahara grupado. Celine também treina esse mesmo elemento na posição esticada. Sua antiga série de solo tinha 5.6 de nota D.
Post de Cedrick Willian, Stephan Nogueira e Bernardo Abdo.
Esse é o oitavo texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.