Compilação das melhores estreantes de outros países fora o top 8 do último Mundial. Algumas dessas ginastas são muito importantes para suas equipes, como a Bélgica, França e Alemanha. que ainda tentam uma vaga olímpica no Evento Teste.
BÉLGICA
Nina Derwael
Talento nato nas barras, Nina é uma das esperanças belgas na briga pela tão sonhada vaga olímpica entre as 12 melhores equipes do mundo. Destaque do último Festival Olímpico da Juventude Europeia, é longilínea, bastante regular e pode contribuir com boas notas para o grupo. Salto: FTY limpo. Barras: série de final olímpica, com elementos de alta complexidade ainda não apresentados em competição (stalder com pirueta + Chow + Bhardwaj, Chow com meia, Ricna + Pak, Van Leeuwen e Tsukahara de saída). Trave: cortada + split ring, reversão sem mãos + salto anel, flic + flic + layout e Steingruber de saída. Solo: muito expressiva, mas sem grandes dificuldades (duplo grupado altíssimo, uma e meia + pirueta, duplo giro em Y, saltos ginásticos de valor C, dupla e meia de saída)
Axelle Klinckaert
Outra grande revelação, foi o maior nome do EYOF no ano passado, conquistando 2 medalhas de ouro, uma na trave e outra no solo, nas finais por aparelhos. É improvável que Axelle não faça parte da equipe belga que competirá no Evento Teste e as chances da Bélgica conseguir a vaga olímpica nunca esteve tão próxima. No último fim de semana, no International Gymnix, a equipe belga conquistou o ouro por equipes, ficando à frente do Canadá. Axelle, ao lado de Nina Derwael e de Senna Deriks (outra estreante talentosa), fez excelentes provas em todos os aparelhos. Com um somatório de 56,125, foi prata no individual geral. Seu único ponto fraco é o salto, onde tem apenas um yurchenko com pirueta, mas que consegue compensar com boas notas nos outros aparelhos. Tem uma ótima sequência de flic + flic + mortal esticado na trave e um solo muito artístico, que contam com um duplo esticado e um tsukahara grupado, além de elementos D de dança.
ALEMANHA
Tabea Alt
Considerada como o talento do ciclo para a equipe da Alemanha, Tabea é uma ginasta forte e bastante potente, sendo também uma excelente all-arounder, versátil e consistente. Salto: vem firmando um DTY eficiente, importantíssimo para um país que até ano passado tinha como melhor saltadora a experiente Pauline Schaefer – mortal estendido frontal com meia volta –. Barras: segue o padrão alemão e apresenta uma série complexa (sola com pirueta + Maloney + Pak, Van Leeuwen e Tsukahara esticado de saída). Trave: estrela sem mãos + layout + layout, cortada em arco, cortada com meia e duplo carpado de saída. Solo: duplo esticado, duplo twist grupado, cortada com pirueta.
Florine Harder
Florine tem muito potencial para integrar a equipe esse ano, mas pode ser que ainda não consiga. Séries fortes e possibilidades de upgrades ela tem, mas a consistência ainda precisa melhorar. A ginasta já possui um yurchenko com dupla (fator importante para a equipe) e muita altura nas acrobacias de solo, dando possibilidade de aumentar pelo menos um giro no eixo longitudinal nos duplos mortais grupados e carpados. Tradicionalmente tem uma ótima série de barras assimétricas, essa que conta com 3 largadas: jaeger carpado, ricna e ray. Possui uma trave difícil e muito interessante, com chances de conseguir uma boa nota final. A série parte de 5,8 e conta com uma sequência de reversão para frente + mortal, que bonifica em 0.2. Se ainda não for esse ano, pode ter certeza que ainda verá essa ginasta defendendo a Alemanha por muitas e muitas vezes.
FRANÇA
Oreane Lechenault
Acompanhada pelos fãs franceses desde seus primeiros anos na elite da ginástica nacional, Oreane chega à categoria com status de promessa. Apesar de um pouco inconstante, a ginasta é sem sombra de dúvidas um dos nomes que brigam para figurar na equipe que disputará o Evento Teste em abril, no Rio, salvo lesões. Salto: FTY promissor. Barras: série com alguns probleminhas de postura, mas ótima dificuldade – stalder carpado com pirueta, Komova II + Pak, Van Leeuwen, saída em duplo frontal –. Trave: cortada + cortada com meia + mortal pra trás, reversão sem mãos + salto anel, flic + flic + mortal estendido, Onodi, flic + flic + duplo carpado. Solo: muito boa expressão artística e tumbling bem interessante, um pouco inconsistente, no entanto (duplos esticado, carpado e grupado, além de elementos ginásticos de valor C).
Marine Boyer
Definitivamente uma adição importantíssima pra equipe francesa se essa realmente quiser ter chances de uma vaga olímpica. Boyer, já de início, tem um yurchenko com dupla pirueta e uma trave com potencial de nota D 6.4. Sua série de barras é eficiente, cumprindo todas as exigências de forma bem limpa. No solo, como uma boa francesa, é artisticamente bonita, mas pode ter o potencial acrobático melhor trabalhado, principalmente nos duplos mortais. Os elementos de dança são muito bons e incluem um giro mustafina, de valor E.
AUSTRÁLIA
Emily Whitehead
Whitehead é a única revelação importante para Austrália esse ano, revelação que pode ser necessária. A ginasta tem um bom trabalho nas barras assimétricas: ligação de maloney + pak, van leween, jaeger e duplo mortal de frente, sendo que ainda possui ótimo ray que pode acrescentar na sua série. Treina um yurchenko com dupla pirueta, ainda não apresentado em competições. Sua trave tem um bom potencial de nota D considerando todas as ligações e cumprindo a exigência da saída. O último solo que apresentou, no fim do ano passado, tem um duplo mortal de frente, com um duplo twist em treinos que ainda pode ser adicionado.
HUNGRIA
Zsofia Kovacs
Mais uma grata surpresa revelada pela Hungria, Zsofia briga diretamente com Noemi Makra e Dorina Boczogo por uma vaga para representar o país nos Jogos do Rio. Ainda desconhecida do grande público, a ginasta é sem sombra de dúvidas uma promessa, e acreditamos que seja um dos talentos que podem trazer a equipe húngara de volta à elite da ginástica no próximo ciclo. Salto: ótimo DTY. Trave: reversão sem mãos + sissone + mortal lateral, rondada + mortal esticado, cortada + cortada com meia, duplo grupado de saída. Solo: passadas com ótima altura e dificuldade considerável para uma ginasta júnior (Tsukahara grupado, duplo carpado, dupla e meia).
Post de Cedrick Willian e Bernardo Abdo
Esse é o nono texto de 2016 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
Foto: UEG
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