Thứ Tư, 27 tháng 7, 2016

Quais as chances da seleção feminina do Brasil no Rio?


Desde os Jogos Olímpicos de Sidney, a seleção brasileira feminina não teve uma participação tão ruim em uma edição dos Jogos Olímpicos como há quatro anos atrás em Londres. Ao menos em Sidney, mesmo com a participação de apenas duas ginastas, Daniele Hypólito se classificou para a final individual geral conquistando o 20º lugar, até então a melhor colocação de uma brasileira numa final olímpica.

Depois disso, teve ótimas participações em 2004 e em 2008, mas foi depois de quase ficar fora dos Jogos de Londres e finalizar a edição em último lugar e sem nenhuma final é que o Brasil foi acordar para uma atualização urgente e necessária para a ginástica feminina.

A sede dos Jogos de 2016 já estava definida e o Brasil não queria fazer feio em casa: uma ginástica moderna - se é que esse é um adjetivo que deveria ser usado para a ginástica, mas no caso do Brasil pode ser que caiba muito bem - é o alicerce da seleção feminina, que chega em 2016 com sua melhor equipe. Com muito talento reunido e séries que exploram o potencial individual de cada ginasta, assim como o código de pontuação, o Brasil pode fazer dos Jogos do Rio uma de suas melhores competições.

CHANCES REAIS

Rebeca Andrade

Mesmo voltando de uma séria lesão, Rebeca se recuperou a tempo de uma boa participação olímpica. O susto foi grande mas a superação foi maior: a ginasta está fisicamente bem e recuperou quase todos os exercícios que fazia antes da lesão, apresentando uma melhora nas barras assimétricas. De acordo com as séries que vem treinando, tem chances de se classificar para a final do individual geral e terminar entre as 15 primeiras no solo e barras assimétricas.

Flávia Saraiva

Flávia é a segunda ginasta individual geral da equipe e também deve estar, ao lado de Rebeca, na final individual geral. Flávia também tem chances de conseguir uma vaga na final de trave e terminar entre as 8 melhores. Esse seria o melhor resultado do Brasil nesse aparelho, que até hoje nunca teve uma finalista olímpica. Com muita graciosidade, pode finalizar entre os 15 melhores solos da competição.

Equipe

Sem dúvidas essa é uma equipe que tem chances de conquistar uma vaga na final olímpica. No salto, temos um amanar e três yurchenkos com dupla pirueta . Na trave, a média das notas de dificuldade gira em torno de 6 pontos. Nas assimétricas, o terror passou e temos, no mínimo, uma série para mais de 14 pontos. No solo finalmente contamos com elementos de dança de valor D: no ciclo passado elementos de valor B ainda contavam na série!

O QUE PODE ACONTECER?

Rebeca Andrade

Rebeca tem condições de terminar entre as 10 primeiras ginastas no individual geral e superar a melhor marca olímpica que o Brasil tem nessa final, uma 10ª colocação da ginasta Jade Barbosa em 2008 na China. Cravando a série, tem chances de conseguir uma vaga na final de solo, segunda brasileira a conseguir o feito. A ginasta ainda pode homologar o duplo mortal com uma pirueta e meia, exercício inédito em competições oficiais da FIG e que ela já apresentou em uma competição internacional.

Flávia Saraiva

Não seria impossível para Flávia também terminar entre as 10 primeiras no individual geral. Apenas sua série de barras assimétricas apresenta nota entre 13 e 14 pontos, podendo compensar a nota "baixa" com ótimas séries de solo e trave. Um resultado mais importante do que esse seria uma medalha na trave, algo completamente possível de acontecer. Alexandre Cuia, treinador de Flávia, já disse em entrevistas que pretende tentar uma final de solo, e para isso alguns upgrades deveriam ser feitos na série. Sabe-se que o duplo mortal esticado está pronto para competir e ela ainda treina a sequência de flic sem mãos + tripla pirueta.

Jade Barbosa

Ainda não se sabe se Jade fará ou não todos os aparelhos nos Jogos, ficando a dúvida apenas no solo. Apesar de não ser seu principal aparelho, tem uma quantidade boa de acrobacias e sequências que poderiam ser utilizadas. Fazendo o individual geral, Jade pode conseguir uma das duas vagas brasileiras na final? Talvez. Muito firme na trave, no Mundial de Glasgow foi a segunda reserva da final e melhor brasileira nesse aparelho.

Daniele Hypólito

A Daniele versão 2016 é a mais parecida com a Daniele versão 2001. Desde o ciclo 2000-2004 a ginasta não esteve tão em forma. Suas séries voltaram a ser competitivas e ajudam muito a equipe. Para competir no Rio teve que se reinventar e conseguir o que era preciso para, com 31 anos, superar as "new seniors" e se manter na equipe principal. Atualmente, sua maior nota de partida é na trave de equilíbrio, aparelho difícil para uma precisão concisa independente de quem está competindo. Cravando a série de sua vida, pode conquistar uma nota em torno de 14,400 que, dependendo do desempenho das favoritas, pode colocá-la na final ao lado de Flávia Saraiva.

Equipe

O Brasil tem tudo para fazer uma boa competição na final. Com a Rússia desfalcada e cheia de lesões, vários países estão de olho no bronze. Sonhar com o bronze é algo muito grande, mas terminar entre as 5 melhores equipes é possível. Atualmente, nenhuma outra equipe apresenta a firmeza da equipe americana, que está com o ouro praticamente garantido. Depois os Estados Unidos, a vantagem está a favor da China, que pode contar com alguns erros e ainda ficar com a prata. Rússia, Grã-Bretanha, Itália, Brasil, Canadá e Japão estão numa competição mais ou menos assim: quem errar menos tem o melhor resultado. É na torcida pelos acertos do Brasil e no histórico de inconsistência russa e britânica que um ótimo resultado pode acontecer.

RESULTADOS A SEREM BATIDOS

A melhor apresentação da seleção feminina do Brasil nos Jogos Olímpicos foi em 2008, quando conquistou 4 finais, sendo duas ginastas no individual geral. Confira!

8º lugar na final por equipes
7º lugar na final de salto com Jade Barbosa
6º lugar na final de solo com Daiane dos Santos
10º e 22º lugares na final individual geral com Jade Barbosa e Ana Cláudia Silva.





Faltam 12 dias para as classificatórias femininas dos Jogos do Rio!

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Chủ Nhật, 24 tháng 7, 2016

Quais as chances da seleção masculina do Brasil no Rio?


O  Brasil chega aos Jogos do Rio pela primeira vez com uma equipe completa. Com uma curva crescente nas participações e resultados em competições internacionais desde o começo dos anos 2000, esse é o ápice do Brasil no momento.

Cheia de ótimos talentos, a escolha da equipe titular foi uma tarefa complicada. Priorizou-se as maiores chances de medalhas, já que a equipe, apesar de muito boa, ainda não figura entre as favoritas aos três primeiros lugares. Confira agora quais as chances do Brasil nos Jogos do Rio. Entre as chances reais e hipóteses de medalhas, uma coisa é certa: essa já é a melhor participação do Brasil numa edição dos Jogos Olímpicos.

CHANCES REAIS

Arthur Zanetti

Falando sobre medalhas, Zanetti continua sendo a maior chance da ginástica, incluindo a feminina. Acertando bem sua série de argolas, tanto na classificatória como na final, é praticamente certo que finalize a competição no pódio olímpico.



Sérgio Sasaki

Sasaki é o segundo ginasta com maiores chances de medalha nos Jogos. Conseguiu evoluir muito no salto, mesmo depois de muito tempo parado por conta da lesão. Atualmente apresenta um tsukahara com duplo mortal carpado e uma reversão com duplo mortal carpado com meia volta. Em um amistoso contra a Suíça recentemente, acertou os dois saltos de forma brilhante e teve a melhor nota. Com os saltos apresentados, Sasaki pode ser finalista e medalhista nesse aparelho.



Ainda tem boas séries na paralela e na barra fixa, com notas que pode colocá-lo entre os 15 melhores no ranking desses aparelhos. Suas notas contribuem para um ótimo individual geral: Sasaki voltou muito bem e, com certeza, será finalista individual geral nos Jogos Olímpicos.

Arthur Nory

Nory foi o melhor ginasta em ação no último Mundial, muito consistente e pontuando bem para a equipe na classificatória e final por equipes. Além disso, se classificou para a final de barra fixa, onde terminou em 4º, e para a final do individual geral, onde terminou em 12º, seus melhores resultados em Mundiais até hoje.

Os resultados pesaram muito na escolha de Nory para a equipe olímpica, além, é claro, das avaliações feitas no CT. O ginasta chega aos Jogos do Rio como um ótimo contribuinte para equipe e com chances de ser, novamente, finalista individual geral, fazendo dessa final um resultado excelente para sua primeira participação olímpica.



Francisco Barreto

Francisco lutou até o fim e merecidamente conseguiu a vaga olímpica. Mostrou bons upgrades nos seus melhores aparelhos e, durante o ciclo, conseguiu apresentar notas competitivas, tanto nas avaliações internas como em campeonatos internacionais.

No ano passado, sua classificação para a final de barra fixa no Mundial não veio por conta de duas quedas. A série tinha um valor de dificuldade muito bom e a execução dele é sempre boa. Nos Jogos do Rio, com os erros fixados, tem chances reais de finalizar sua participação entre os 15 melhores nesse aparelho, além de ajudar bem a equipe na paralela e no cavalo com alças.



Diego Hypólito

A participação mais comentada nessa edição dos Jogos Olímpicos. Mesmo depois de duas participações e duas quedas olímpicas, Diego ainda pode conseguir um bom resultado? As chances reais de Diego no Rio é de finalizar entre os 15 primeiros colocados. Apesar de não ser mais um grande favorito aos pódios internacionais, ainda contribui bem para a equipe no solo e salto. Provavelmente será a maior nota do Brasil no solo e ajudará a equipe no salto.



O QUE PODE ACONTECER

Antes de ler essa parte do texto, é importante ressaltar que todas as ideias aqui relacionadas aos nossos ginastas se tratam apenas de hipóteses. Excluindo Simone Biles e Kohei Uchimura, a ginástica é igualitária e feita de erros e acertos para o restante dos competidores!

Arthur Zanetti

Numa competição acirrada contra o grego Eleftherios Petrounias, Zanetti pode tirar a melhor e conseguir o ouro olímpico, se tornando bicampeão olímpico e conseguindo mais um feito inédito para o Brasil. Desde 1972, quando o japonês Akinori Nakayama foi campeão olímpico de argolas pela segunda vez, o fato não acontece. Zanetti seria o terceiro ginasta na história a conseguir o feito.

Sérgio Sasaki

Sasaki pode terminar novamente entre os 10 primeiros ginastas no individual geral repetindo o ranking conquistado em Londres. A colocação pode, inclusive, melhorar, mas tudo vai depender de sua consistência na competição. É difícil voltar de uma lesão séria como a dele acertando todas as séries, todos os dias, de uma competição tão importante como essa, mas as chances existem. Ainda pode beliscar uma final de paralela e barra fixa. Um pouco de otimismo aqui, por que não?

Arthur Nory

Além da final individual geral, existe a possibilidade de uma nova final de barra fixa. O ginasta está trabalhando em uma série mais difícil e sua apresentação é uma das mais limpas do mundo. O ponto forte da série de Nory é que seus exercícios são mais seguros e bem menos arriscados do que dos outros "tops" nesse aparelho, que podem errar e nem entrar para a final.

Francisco Barreto

Com as melhores apresentações de sua vida - bom ritmo, fluência nas séries, zero desequilíbrios e saída cravada -, Francisco pode conseguir finais de barra fixa e paralela. O ginasta já mostrou que pode ser impecável: confira o vídeo abaixo onde ele apresenta 8,900 de execução em sua série de paralela na Copa do Mundo de São Paulo no ano passado. Aumentando a nota D e guardando essa execução, a nota final é de finalista.



Diego Hypólito

A segunda final de solo de Diego Hypólito pode acontecer em sua terceira participação olímpica. Claro que Diego tem mais chances de conquistar uma final do que conquistar uma medalha, mas estar entre os finalistas o coloca como um concorrente ao pódio. Precisa, como nunca, exorcizar os demônios da queda e fazer a melhore série da vida. Fizemos uma análise da escolha e participação de Diego no Rio algumas semanas atrás, confira clicando aqui.

Equipe

A equipe tem chances de classificar para a final por equipes, figurando um resultado incrível e inédito. Talvez essa seja a competição mais difícil do Brasil nos Jogos, principalmente porque, declarado pela comissão técnica, essa não é a prioridade da delegação da ginástica nos Jogos Olímpicos.

Por isso, os atletas especialistas deverão competir apenas nos aparelhos onde são melhores. Isso coloca a equipe, nas classificatórias, competindo com apenas 3 ginastas em todos os aparelhos, ou seja: ninguém pode errar.

A equipe ficaria assim: Sasaki e Nory competindo em todos os aparelhos; Diego sendo o terceiro ginasta no solo e salto; Francisco sendo o terceiro ginasta no cavalo com alças, barras paralelas e barra fixa; Zanetti sendo o terceiro ginasta nas argolas. Se todos acertarem tudo, teremos 3 ótimas notas em todos os aparelhos e a figuração da equipe será repetida na final.

Se Francisco resolver competir no individual geral, a equipe teria um quarto ginasta no solo, salto e argolas, deixando os riscos de erros para o cavalo com alças, paralela e barra fixa. Mesmo sem um terceiro all arounder, a equipe continua muito boa, mas a necessidade de acertar é 100%.

Quais as chances da seleção masculina do Brasil no Rio? Deixe sua opinião nos comentários!

Post de Cedrick Willian

Foto: Divulgação

Thứ Năm, 21 tháng 7, 2016

Vanessa Ferrari renasce pouco antes dos Jogos começarem



Depois de sofrer com lesões e se apresentar com performances bem fracas durante esse ano, Vanessa Ferrari surpreendeu. A equipe italiana em nada se parecia com a equipe do ano passado, principalmente por conta do baixo rendimento de Vanessa mas, inesperadamente e bem próximo dos Jogos Olímpicos, a ginasta praticamente renasceu e vai direcionar a equipe por um bom caminho no Rio de Janeiro.

No começo do mês, no Nacional Italiano, Vanessa apresentou performances incomparáveis com as que vinha conseguindo desde o Mundial de Glasgow. Algumas até melhores do que as que conseguia antes da lesão, como é o caso do yurchenko com dupla pirueta no salto. Recuperada e com suas séries mais difíceis, novamente se coloca entre as melhores do mundo.

No solo, voltou com o duplo com dupla grupado e com o duplo esticado. Na trave, está com elementos de dança de alto valor, além da sequência de flic + flic + pirueta grupada; no geral, toda a série nesse aparelho está bem montada. Nas assimétricas, seu pior aparelho, parece ter apresentado uma melhora na postura dos trocos e giros. Ao que tudo indica, será a melhor italiana no individual geral.

Além de liderar a equipe, Vanessa vai ao Rio também com chances de finais por aparelhos: já foi finalista mundial de trave e finalista mundial e olímpica de solo. Com séries cravadas, é provável que consiga vaga em alguma final além de conduzir a equipe a um bom resultado. Quem não contava mais com uma boa disputa da Itália nos Jogos, pode começar a repensar suas ideias: Vanessa Ferrari voltou com tudo!

Confira as performances executadas pela ginasta no começo do mês.

Salto



Assimétricas



Trave



Solo



Post de Cedrick Willian

Foto: Divulgação

Thứ Tư, 20 tháng 7, 2016

Mantendo a esperança em Rebeca Andrade


Depois da lesão séria que teve no joelho no ano passado, ficou uma grande dúvida se Rebeca Andrade voltaria, pelo menos, ao nível técnico que tinha antes. O treinamento e as séries estavam em um nível crescente e muito alto, que colocava a ginasta como peça principal no Mundial de Glasgow, tanto para a conquista da vaga olímpica como para possíveis medalhas individuais.

Entretanto, como a recuperação era lenta e difícil, o Mundial estava perdido, mas outra dúvida consumia a todos: será que vai dar tempo de Rebeca se recuperar antes dos Jogos? Ela vai poder ajudar a equipe? Claro que, sem a lesão, ela estaria em um nível muito melhor do que se encontra agora, mas é impossível negar que é uma grande surpresa ela voltar com tudo que está apresentando hoje, praticamente o mesmo nível técnico de julho do ano passado.

A ginasta já voltou a saltar o amanar, algo surpreendente por si só. Nem Aliya Mustafina conseguiu voltar com esse salto depois de se lesionar como Rebeca, e a nossa ginasta já está saltando com uma certa facilidade. Na trave, perdeu um pouco da dificuldade que tinha, mas com uma série inteligente e muito firme consegue tirar notas acima de 14 pontos. Nas assimétricas, melhorou o nível de dificuldade: está ligando o pak com o van leween como se fizesse há anos. A dúvida de todos ainda era o solo, onde a ginasta poderia ter uma chegada perigosa por falta de resistência e fôlego.

E é nesse último aparelho que Rebeca pode voltar a ter uma série competitiva antes dos Jogos começarem. No treino de anteontem, no CEGIN em Curitiba, a ginasta apresentou uma série de solo com dois tsukaharas grupados: um na primeira e outro na terceira passada. As outras diagonais foram de dupla e meia de costas + pirueta de frente e duplo carpado na última. Treinando na chegada macia, fez o tsukahara com meia volta, indicando que o exercício pode entrar na série e ainda levar seu nome se executado corretamente nos Jogos.

Ainda nesse treino, foi a única ginasta a não cair na trave de equilíbrio, apresentando todas as sequências com segurança e um duplo carpado de saída muito alto. Também foi bem firme no salto e nas assimétricas, mostrando que pode sim continuar lutando por uma ótima posição no individual geral olímpico, além, é claro, de ajudar a equipe a conseguir uma colocação histórica.

Treino das outras ginastas

Daniele Hypólito se mostrou muito consistente na trave e caiu apenas uma vez na entrada de dois layouts. Ligou a sequência de mortal esticado ligado a um wolf jump e treinou uma sequência de duas estrelas sem mãos. No solo, treinou o duplo esticado, as duas sequências de piruetas e o duplo carpado vindo do flic sem mãos, mostrando que essas podem ser as acrobacias de sua série.

Flávia Saraiva demorou um pouquinho a pegar ritmo na trave e depois acertou a série inteira. No solo, está com a mesma série de Anadia, mas fez vários duplos esticados depois da série. Jade Barbosa apresentou o duplo esticado na primeira passada da série de solo, flic sem mãos + tsukahara na segunda passada, pirueta e meia+ pirueta na terceira e terminou de duplo carpado. Fez séries de trave consistentes e ligou o mortal para frente com wolf jump e o giro de pernas C com o giro simples, duas ligações de um décimo. Nas assimétricas, está com a série bem firme e apenas com o tkatchev um pouco baixo.

Lorrane dos Santos fez um treino normal, com todas as coisas que já vinha apresentando e uma melhora nos lançamentos à parada nas assimétricas. Julie Kim treinou trave, paralela e algumas acrobacias no fosso. Milena Theodoro fez uma série interessante nas assimétricas, com ligação de maloney + pak e giro de solo + van leween, além de um jaeger.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Ba, 19 tháng 7, 2016

Vasiliki Millousi muda sua série de trave e aumenta as chances de um bom resultado


Todos conhecem a ginasta grega Vasiliki Millousi por seu estilo e originalidade nas séries, principalmente na trave, onde tem boas dificuldades e bons resultados. Apesar de estar com frequência nas finais desse aparelho, principalmente em Copas do Mundo de Ginástica, Millousi sempre acaba falhando em algum elemento e ficando fora do pódio.

O momento da série onde a ginasta tem falhas mais comuns costuma ser na saída. Aparentemente não consegue ter fôlego para segurar a rotina até o fim. Quase sempre você a assiste fazendo uma série cravada e no final... uma queda! Talvez por tentar uma saída mais difícil (a última foi de duplo carpado, valor E) para pontuar mais, só que o efeito acaba sendo contrário.

Dessa vez, para os Jogos do Rio, Millousi aparentemente trocou sua saída: no Instagram a ginasta postou a saída de pontapé à lua esticado, de valor D. Simples, porém funcional: cumpre com o requisito máximo da série (0,5 para saídas de valor D ou mais) e tem apenas um décimo a menos que o duplo carpado problemático. As chances de ter uma queda com a nova saída são infinitamente menores, então a substituição não reduz um décimo na nota D e sim aumenta um ponto na nota final.

Com uma série toda cravada e com a beleza autêntica que possui, é provável que a mudança traga resultados ainda melhores para Millousi. Seu resultado mais importante, fora as várias medalhas em Copas do Mundo, é o ouro na trave no Evento Teste de Londres em 2012.

Millousi teve sua estreia nos Jogos Olímpicos em 2000, Austrália, no mesmo ano de Daniele Hypólito. Entretanto, não participou das edições de 2004 e 2008, retornando em 2012. Daqui a poucas semanas estará nos Jogos do Rio, sua terceira participação nos Jogos, e tentando acertar sua série completa mais uma vez. Será que agora vai?

Vídeo com a saída.



Vídeo do começo da série.



Post de Cedrick Willian

Foto: Getty Images

Thứ Bảy, 16 tháng 7, 2016

Sobre a acusação de abuso sexual contra técnico da seleção


Caiu na mão da imprensa a notícia de que Fernando de Carvalho Lopes, treinador da seleção masculina e do Clube MESC, está sendo acusado de abuso sexual. Um procedimento está instalado no Ministério Público do Estado de São Paulo contra o treinador em segredo de Justiça. A acusação foi feita por pais de um ginasta menor de idade que até recentemente treinava com Fernando.

O treinador está afastado do clube que treina, da Confederação Brasileira de Ginástica e dos treinos da seleção. É bem provável que ele não esteja em ação nos Jogos Olímpicos que começa em menos de um mês; mais precisamente, a ginástica artística masculina começa sua participação com o treinamento de pódio no dia 04 de agosto.

O Gym Blog Brazil recebeu algumas mensagens, até de contatos fora do país, questionando sobre o caso e resolvemos nos posicionar a respeito.

1) O que sabemos sobre o caso é exatamente o que foi lançado na imprensa. O caso corre em sigilo, então as informações são restritas.

2) Uma acusação é diferente de uma condenação: tome cuidado ao conversar ou divulgar o ocorrido.

3) Até que a acusação seja confirmada através de provas, Fernando, apesar de estar sob investigação, continua inocente.

4) A postura da Confederação Brasileira de Ginástica foi correta e protege a todos, inclusive o treinador que poderia ter sua imagem relacionada de forma negativa num evento esportivo tão grande.

O mais estranho de tudo foi o caso estourar no período final que antecede os Jogos Olímpicos. Se a acusação não for comprovada, ou pior, se for falsa, o treinador terá sido severamente prejudicado, tanto pessoalmente como profissionalmente. Por outro lado, um caso comprovado de abuso sexual de menores é algo muito grave e de uma monstruosidade sem tamanho.

Não queremos tomar partido de nenhum lado nem nos apegar numa investigação que ainda não foi finalizada. Prezamos pelo bem da ginástica do Brasil desde sempre e esperamos que o caso se resolva com rapidez. Se no final houver algum culpado, seja de uma falsa acusação ou de um abuso sexual, que este seja realmente punido.

Post de Cedrick Willian

Foto: Divulgação

Thứ Sáu, 15 tháng 7, 2016

Lesões pré-olímpicas e suas perdas


Como sempre, o ano olímpico é um ano recheado de lesões. As mais infelizes são aquelas que acontecem de última hora, exatamente nos meses que antecedem aos Jogos. Algo normal de acontecer mas muito triste para os ginastas que, além de terem participado da conquista da vaga olímpica do país, também batalharam para a conquista de sua vaga na equipe.

Até o momento, nesse mês que antecede os Jogos, duas baixas olímpicas muito importantes já aconteceram: a primeira foi da ginasta belga Axelle Klinckaert, juvenil promissora que chegou à categoria adulta esse ano e foi mais do que importante no Evento Teste, quando suas notas contaram muito para a equipe que conquistou o direto de levar uma equipe completa para os Jogos Olímpicos depois de muitos anos. Axelle estava trabalhando em upgrades e poderia fazer de sua participação nos Jogos uma das mais importantes da história de seu país. Será substituída por Runne Hermans.

A segunda acaba de acontecer: o americano John Orozco acaba de ser cortado dos Jogos por conta de uma lesão no joelho - rompeu o ligamento cruzado anterior. No ano passado o ginasta já havia superado a morte da mãe e uma lesão no tendão de aquiles. Conseguiu se recuperar e voltar a tempo de disputar muito bem os campeonatos avaliativos, conquistando uma vaga na equipe olímpica. O ginasta Danell Leyva será o substituto de Orozco, fazendo dos Jogos do Rio sua segunda participação olímpica.

Espera-se que mais nenhuma lesão aconteça. Não é apenas uma questão de sonhos serem acabados de forma inesperada, mas uma perda para o esporte como um todo. A competição mais importante do mundo acontece depois de uma fina peneirada feita em todos os países até se chegar a conclusão de uma equipe com 5 ginastas. Toda essa seleção faz do esporte mais bonito ainda mais belo! Pensando assim, todos perdem: o ginasta, o sonho de competir nos Jogos Olímpicos; o país, suas chances de um bom resultado; os espectadores, as chances de assistir mais uma excelente apresentação.

Post de Cedrick Willian

Foto: Getty Images

Thứ Tư, 13 tháng 7, 2016

Dividindo opiniões, Diego vai competir no Rio



Foram anunciados pela Confederação Brasileira de Ginástica os nomes dos ginastas que vão compor a seleção olímpica nos Jogos do Rio. Enquanto era do senso comum que as ginastas selecionadas para a equipe feminina realmente deveriam ser as indicadas, a equipe masculina ainda dividia opiniões. A questão era simples: Diego Hypólito ainda tem chances de medalha? Sua série ainda é competitiva? Mas outra questão maior pairava entre os fãs de ginástica: colocar Diego na equipe prejudica as chances da equipe se classificar para a final? Agora a questão ficou complicada. Vamos por partes!

A divisão de opiniões sobre a participação de Diego era maior por conta da equipe, mesmo a comissão técnica deixando bem claro que o foco do Brasil no Rio é conquistar o maior número de medalhas. Entenda: com Diego nos Jogos, as chances do Brasil se classificar para a final por equipes realmente diminuem; sem Diego, que possui um histórico de duas quedas olímpicas, uma equipe que se classificasse para a final renderia mais 18 apresentações para o Brasil além das 24 apresentações nas classificatórias. O medo é que, com Diego, o Brasil perca suas 18 possíveis apresentações e ele nem se classifique para a final. O risco de perder apresentações do Brasil realmente é menor, mas as chances de medalhas aumentam ou diminuem?

A seleção masculina que o Brasil possui hoje é a melhor de todos os tempos, mas as chances de medalha numa final por equipes são muito pequenas, e ainda menores que as chances de Diego Hypólito conquistar uma medalha numa final de solo. Cortar Diego dos Jogos Olímpicos justificando que ele não possui chances de medalhas é algo injusto, porque, mesmo depois de tantos anos e depois de duas quedas olímpicas (é bom frisar isso novamente), Diego não é mais um favorito à medalha, mas continua entre os melhores do mundo. Se Diego estiver na final, tudo pode acontecer.

Muitos acreditam e citam alguns ginastas melhores e com mais chances de medalhas que Diego, com potencial de nota acima de 15,600: os japoneses Kenzo Shirai – claro –, Kohei Uchimura e até Ryohei Kato; o russo Dennis Ablyazin; o britânico Max Whitlock e algum outro britânico; os americanos; algum chinês que poderia surpreender. Mas vamos aos resultados das competições: no último Campeonato Mundial, Max Whitlock conquistou a prata com 15,566 e o espanhol Rayderley Zapata conquistou o bronze com 15,200; no mesmo Mundial, Diego conseguiu 15,250 na final por equipes, nota que teria dado o bronze para ele na final. No Campeonato Europeu, Dennis Ablyazin nem se classificou para a final, que teve como campeão outro russo nunca citado, Nikita Nagornyy, que conquistou o ouro com 15,566. No Campeonato Americano, Jake Dalton foi ouro com inflados 15,525 e 15,825, maior nota de solo da competição.

Desde o princípio, a comissão técnica masculina já tinha deixado bem claro que a escolha da equipe seria em torno das maiores chances de medalhas e uma medalha por equipes é, de longe, mais difícil que uma medalha para Diego no solo. Não é surpresa alguma que Diego esteja entre os selecionados. Em 2014 e 2015, quando foi cortado da seleção que competiria o Mundial, alegaram que o foco era a equipe; portanto, a decisão de cortar Diego foi correta. Para uma final por equipes temos notas que cobrem os melhores aparelhos de Diego enquanto o contrário não acontece. Mas, como o foco é medalhas, mesmo que Diego ainda não seja o favorito como sempre foi durante muitos anos, ainda há uma chance que ele consiga. Pequena? Sim, mas existe.

Mesmo com Diego na equipe ainda é possível que o Brasil se classifique para a final. Seria lindo e emocionante ver uma equipe completa numa final olímpica, tanto quanto seria ver Diego se classificando e, quem sabe, medalhando na final de solo. Fica uma torcida bem grande para que Diego saia satisfeito dessa competição e exorcize de vez esse fantasma da queda. E, se uma medalha vier, que seja motivo de muita comemoração! No Brasil, como tudo é inverso, mais medalhas significa mais investimento e apoio. E assim, quem sabe, o esporte continue evoluindo e não caia no esquecimento depois dos Jogos terminarem.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Ba, 5 tháng 7, 2016

Ponor ou Iordache?


Talvez essa seja uma das questões mais comentadas desde o Evento Teste no Rio de Janeiro. Com ótimas performances nessa competição, Catalina Ponor lutou até o fim por uma classificação olímpica para a equipe romena, enquanto Larisa Iordache lidava com mais uma lesão, novamente muito próxima aos Jogos Olímpicos. Dentro desse cenário, qual ginasta escolher?

Larisa Iordache segurou as pontas para a Romênia durante todo o ciclo, sendo a única e maior chance de medalha do país em todos os Mundiais do ciclo exceto pelo Mundial de 2015, quando Marian Dragulescu retomou os treinos e competições e acabou conquistando uma medalha no salto. Entretanto, no Mundial de Glasgow Larisa não era apenas uma chance de medalha: era uma chance de manter a dignidade da equipe romena e terminar entre as 8 melhores equipes do mundo.

Iordache deu conta do recado até o ano passado, quando ficou impossível organizar todas as coisas sozinha. Ela não podia errar e era praticamente obrigada a acertar todas as suas séries. Se não fosse assim, o resultado por equipes não viria e, no fim das contas, realmente não veio. Em Glasgow, a pior classificação da Romênia aconteceu: um 16º lugar por equipes.

Catalina Ponor, que ainda estava no processo de volta às competições, assim como Larisa se viu obrigada a ajudar a equipe e vestiu o collant de volta. Subiu aos tablados convicta de que seria uma grande ajuda, só que a situação não melhorou: ao invés de ajudar Larisa na difícil tarefa da classificação olímpica, Ponor acabou ocupando o lugar de Larisa, que agora estava lesionada. A situação enfrentada por Iordache em Glasgow foi a mesma enfrentada por Ponor no Rio de Janeiro. Acabaram não dividindo as responsabilidades: o peso apenas passou de uma para a outra.

Sem dúvidas Larisa é uma ginasta de grande valor e admirada no mundo inteiro. Adquiriu esse respeito por sua linda ginástica e também por lutar com todas as forças para manter o país no topo. A admiração que temos por Larisa também temos por Ponor, multi-medalhista olímpica e uma adição de elegância e beleza imensuráveis à ginástica mundial. O que ninguém queria, nesse momento, era ter que escolher uma das duas. Não dá pra sair dessa escolha sem ficar com o coração partido.

No último Nacional Romeno e com notas bastante infladas (digo isso por que não dá para levar em consideração as notas dessa competição), as duas ginastas competiram bem. Analisando as séries que cada uma apresentou, Catalina Ponor parece melhor preparada do que Larisa Iordache.

Depois da lesão, as chances de Iordache conseguir uma medalha diminuíram drasticamente. Isso por que a ginasta tem no individual geral sua melhor competição em finais, e seu solo e trave, que costumam colocá-la nas finais por aparelhos, não chegarão em nível competitivo dentro de um mês. Enquanto isso, as séries de Ponor precisam apenas de acertos finais.

Com muito respeito pelo que Iordache fez durante todo o ciclo olímpico, Catalina deve assumir a única vaga olímpica da seleção feminina romena. E está treinando muito para isso: voltou aos treinos de barras assimétricas para tentar uma final individual geral! Mas, como todos sabem, é no solo e trave que as chances realmente existem, apesar de que a série de trave precisa ser melhorada dentro de um pensamento de composição mais inteligente.

Como a luta de ambas foi para manter os resultados da Romênia, é justo que Ponor vá. Uma deve ser reserva da outra, mas, nesse momento, Ponor é quem está mais apta a bons resultados e possui chances de medalha. É péssima a obrigação da escolha, mas pensando de fato no bem da nação, na sobrevivência de uma escola de ginástica extremamente tradicional e bela, com o coração na mão torcemos por grandes resultados de Catalina Ponor. E que ela consiga desempenhar sua ginástica de forma impecável, e seja inspirada pela atuação de Iordache nos últimos três anos.





Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil