Thứ Tư, 13 tháng 7, 2016

Dividindo opiniões, Diego vai competir no Rio



Foram anunciados pela Confederação Brasileira de Ginástica os nomes dos ginastas que vão compor a seleção olímpica nos Jogos do Rio. Enquanto era do senso comum que as ginastas selecionadas para a equipe feminina realmente deveriam ser as indicadas, a equipe masculina ainda dividia opiniões. A questão era simples: Diego Hypólito ainda tem chances de medalha? Sua série ainda é competitiva? Mas outra questão maior pairava entre os fãs de ginástica: colocar Diego na equipe prejudica as chances da equipe se classificar para a final? Agora a questão ficou complicada. Vamos por partes!

A divisão de opiniões sobre a participação de Diego era maior por conta da equipe, mesmo a comissão técnica deixando bem claro que o foco do Brasil no Rio é conquistar o maior número de medalhas. Entenda: com Diego nos Jogos, as chances do Brasil se classificar para a final por equipes realmente diminuem; sem Diego, que possui um histórico de duas quedas olímpicas, uma equipe que se classificasse para a final renderia mais 18 apresentações para o Brasil além das 24 apresentações nas classificatórias. O medo é que, com Diego, o Brasil perca suas 18 possíveis apresentações e ele nem se classifique para a final. O risco de perder apresentações do Brasil realmente é menor, mas as chances de medalhas aumentam ou diminuem?

A seleção masculina que o Brasil possui hoje é a melhor de todos os tempos, mas as chances de medalha numa final por equipes são muito pequenas, e ainda menores que as chances de Diego Hypólito conquistar uma medalha numa final de solo. Cortar Diego dos Jogos Olímpicos justificando que ele não possui chances de medalhas é algo injusto, porque, mesmo depois de tantos anos e depois de duas quedas olímpicas (é bom frisar isso novamente), Diego não é mais um favorito à medalha, mas continua entre os melhores do mundo. Se Diego estiver na final, tudo pode acontecer.

Muitos acreditam e citam alguns ginastas melhores e com mais chances de medalhas que Diego, com potencial de nota acima de 15,600: os japoneses Kenzo Shirai – claro –, Kohei Uchimura e até Ryohei Kato; o russo Dennis Ablyazin; o britânico Max Whitlock e algum outro britânico; os americanos; algum chinês que poderia surpreender. Mas vamos aos resultados das competições: no último Campeonato Mundial, Max Whitlock conquistou a prata com 15,566 e o espanhol Rayderley Zapata conquistou o bronze com 15,200; no mesmo Mundial, Diego conseguiu 15,250 na final por equipes, nota que teria dado o bronze para ele na final. No Campeonato Europeu, Dennis Ablyazin nem se classificou para a final, que teve como campeão outro russo nunca citado, Nikita Nagornyy, que conquistou o ouro com 15,566. No Campeonato Americano, Jake Dalton foi ouro com inflados 15,525 e 15,825, maior nota de solo da competição.

Desde o princípio, a comissão técnica masculina já tinha deixado bem claro que a escolha da equipe seria em torno das maiores chances de medalhas e uma medalha por equipes é, de longe, mais difícil que uma medalha para Diego no solo. Não é surpresa alguma que Diego esteja entre os selecionados. Em 2014 e 2015, quando foi cortado da seleção que competiria o Mundial, alegaram que o foco era a equipe; portanto, a decisão de cortar Diego foi correta. Para uma final por equipes temos notas que cobrem os melhores aparelhos de Diego enquanto o contrário não acontece. Mas, como o foco é medalhas, mesmo que Diego ainda não seja o favorito como sempre foi durante muitos anos, ainda há uma chance que ele consiga. Pequena? Sim, mas existe.

Mesmo com Diego na equipe ainda é possível que o Brasil se classifique para a final. Seria lindo e emocionante ver uma equipe completa numa final olímpica, tanto quanto seria ver Diego se classificando e, quem sabe, medalhando na final de solo. Fica uma torcida bem grande para que Diego saia satisfeito dessa competição e exorcize de vez esse fantasma da queda. E, se uma medalha vier, que seja motivo de muita comemoração! No Brasil, como tudo é inverso, mais medalhas significa mais investimento e apoio. E assim, quem sabe, o esporte continue evoluindo e não caia no esquecimento depois dos Jogos terminarem.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

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