As seleções brasileiras de ginástica terão um fim de mês tumultuado: as seleções masculina e feminina farão estágios de treinamento e competições para ajustes e últimos testes antes dos Jogos Olímpicos. Sem dúvidas essa será a melhor participação do Brasil em uma edição dos Jogos. A preocupação e o cuidado que estão tendo com as séries e equipe - isso talvez porque somos sede dos Jogos - nunca foi tão boa.
Pela seleção feminina, as ginastas Lorrane dos Santos, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa estarão representando o Brasil na etapa de Anadia da Copa do Mundo de Ginástica. Rebeca e Flávia irão competir no solo e trave; Jade compete no salto e paralela; Lorrane compete apenas na paralela.
Após a competição, as ginastas se juntam a Daniele Hypólito, Carolyne Pedro, Milena Theodoro e Julie Kim e continuam em estágio de treinamento até o dia 06 de julho, quando embarcam todas para a Holanda para participarem de uma competição amistosa. O retorno ao Brasil está marcado para o dia 10 de julho.
Pela seleção masculina, Arthur Nory e Sérgio Sasaki representam o Brasil em Anadia. Sasaki compete em todos os aparelhos e Arthur também em todos exceto nas argolas. Como no feminino, após a competição eles partem em um estágio de treinamento, dessa vez na Suíça, com Francisco Barreto, Caio Souza e Lucas Bittencourt. Essa seria uma equipe sem especialistas.
Treinos intensos e necessários nessa última fase de preparação: faltam menos de 50 dias para os Jogos Olímpicos e seria muito bom para a ginástica se o Brasil tivesse um bom resultado em casa. É notório o investimento feito em todos os esportes e mais notório ainda seria um resultado significativo desses investimentos.
A ginástica artística é um esporte com muitas finais e, consequentemente, muitas possibilidades de medalhas. O Japão, por exemplo, é um país em que a maioria de suas medalhas olímpicas provém da ginástica artística. Se os investidores se atentarem para isso, poderiam entender que, com mais ajuda ao esporte as chances não estariam apenas na final de argolas do Arthur Zanetti como nas outras 13 finais só da ginástica artística.
Só que no Brasil o resultado tem que vir primeiro. Sempre. Então, já que, historicamente, o investimento é anterior aos resultados, o que nos resta é torcer para que nossas seleções façam o melhor possível. Não dá para evitar o medo de, passado os Jogos Olímpicos, todo o belo trabalho feito durante esse ciclo ser descontinuado.
Post de Cedrick Willian
Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil
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