Thứ Năm, 31 tháng 12, 2015

Retrospectiva 2015


Muitos fatos marcaram a ginástica artística positivamente em 2015. Dentre todos, e para nós, acredito que a inédita classificação olímpica da equipe masculina do Brasil seja o mais marcante de todos. Mas nem só de bons momentos viveu a ginástica esse ano: fatos ruins também pontuaram a trajetória do esporte nesse período.

Para o Gym Blog Brazil, esse foi um ano muito bom e temos muito a agradecer. Começamos o ano bem, cobrindo a Copa do Mundo de São Paulo. Depois fomos ao Brasileiro Infantil, ao Mundial de Glasgow e finalizamos o ano no Campeonato Brasileiro Adulto. O que aconteceu nesse último é uma página virada que, em breve, terá sua história finalizada.

Voltamos de Glasgow com a dúvida se essa cobertura foi a melhor que já fizemos. Isso porque lembramos do Evento Teste em 2012, onde a emoção foi pouca perto do que passamos na Escócia. Mas, falando em recursos e pessoal do blog, Glasgow foi o melhor que fizemos até hoje. Num total de 4 pessoas, tivemos fotos, vídeos, análises, comentários em tempo real e os "score alerts", que deixou a torcida ainda mais emocionante

A boa parte disso tudo foi voltarmos empolgados em querer investir mais, fazer mais, produzir mais, e a impulsão disso tudo é o amor à ginástica, em primeiro lugar, e o retorno de vocês que nos acompanham e estão do nosso lado sempre. Firmamos uma parceria com nós mesmo, 4 amigos que estão juntos e mais dispostos do que nunca a trabalhar expondo opiniões, noticias e ideias, assumindo tudo isso de forma justa e com caráter e dignidade.

Para 2016 temos o Evento Teste, a Copa do Mundo de São Paulo e, finalmente, as Olimpíadas. Além disso estamos com outros projetos e ideias, como estarmos presentes no máximo de Campeonatos Brasileiros possíveis. Como fãs e amantes do esporte, sabemos a importância de cada competição, e isso não exclui as categorias de base.

Espero que tenhamos vocês por perto em 2016, acompanhando tudo o que estivermos dispostos a fazer. Afinal, tudo contribui com a boa intenção de difundir o esporte no nosso pais através desse canal. Antigos leitores, novos leitores, críticos, amantes, "haters", ginastas e treinadores: todos vocês, da sua forma, contribuem para o crescimento da ginástica do Brasil. Continuem!

Fatos que marcaram 2015

Janeiro

- Depois de anos sem um ginásio completo para o treino das seleções, o Centro de Treinamento do Rio ficou pronto e finalmente inaugurado.

- Sérgio Sasaki passa por cirurgia para reparar o joelho lesionado na última Copa do Mundo de 2014.

- O ex-ginasta francês Thomas Bouhail, que por conta de uma cirurgia mal-sucedida na perna teve sua carreira como ginasta encerrada, assumiu um dos cargos de treinadores da seleção francesa.

- Os romenos Marian Dragulescu e Catalina Ponor anunciam volta aos treinos.

- Vladimir Vatkin abandona o Brasil e a seleção masculina de ginástica.

Fevereiro
- O americano Jonathan Horton compete mal na Winter Cup e fica fora da seleção americana.

- A campeã olímpica de solo Alexandra Raisman participa dos treinos no rancho da Karolyi e volta para a seleção americana.

- O japonês Kenzo Shirai impressiona o mundo com excelentes exercícios na barra fixa e paralela, se firmando ainda mais na equipe japonesa.

- Novo regulamento do campeonato brasileiro contou com bonificações para o aumento de dificuldades das séries.

Março

- Victor Rosa encerra a carreira de ginasta e inicia a de treinador.

- Simone Biles e Oleg Verniaiev vencem a American Cup.

- Lesionado, Larisa Iordache é cortada do Campeonato Europeu.

- Montreal é escolhida como sede do Mundial de 2017.

- A britânica Gabrielle Jupp se lesiona mais uma vez e fica fora de toda a temporada.

- Sandra Izbasa também anuncia volta aos treinos, fato não concretizado.

- O alemão Andreas Bretschneider sofre uma lesão no tendão de aquiles e fica como dúvida para o Mundial.

Abril

- Rebeca Andrade estreia na categoria adulta como uma medalha de bronze nas barras assimétricas na Copa do Mundo de Ljubljana.

- Falece a ex-ginasta russa Natalia Brovova.

- A suíça Giulia Steingruber sagra-se campeã européia. Oleg Verniaiev vence a competição masculina 15 anos depois do último título ucraniano.

- Doha é escolhida como sede do Mundial de 2018.

- Promessa juvenil se tornando senior esse ano, Milena Theodoro se lesiona seriamente e perde as chances de tentar uma vaga para o Mundial.

Maio

- Brasil recebe a Copa do Mundo de Ginástica Artística em São Paulo.

- Flávia Saraiva conquista 15.150 na final de trave e consegue a prata em sua primeira competição na categoria adulta.

- Equipe olímpica é reduzida de 5 para 4 ginastas a partir de 2020.

- Jade Barbosa se recupera de cirurgia e é completamente liberada para voltar aos treinos.

- O Brasil se revolta com a situação de racismo contra Ângelo Assumpção envolvendo ginastas da seleção.

- Flávia Saraiva conquista o ouro e Rebeca Andrade a prata no Fit Challenge 2015.

Junho

- Depois de quase 2 anos competindo NCAA, a americana Brenna Dowell resolveu voltar à ginástica de elite americana e foi bem sucedida: mais tarde, em outubro, conquistou vaga na equipe que competiu o Mundial de Glasgow.

- Rússia vence a competição por equipes masculina e feminina na estreia dos Jogos Europeus.

- Aliya Mustafina e Oleg Verniaiev conquistam o ouro no individual geral nos Jogos Europeus.

- Corte de gastos acaba com a ginástica do Grêmio Barueri, clube que hospedava Roger Medina e várias promessas juvenis que acompanhavam o treinador.

- John Orozco se lesiona e fica fora de toda a temporada.

- Rebeca Andrade, esperança do Brasil no Mundial, rompe os ligamentos do joelho e fica fora de toda a temporada. A falta da ginasta foi sentida mais tarde no Mundial.

Julho

- Oleg Stepko, ginasta ucraniano nacionalizado no Aerbaijão, recebe o referente a 1 milhão e 600 mil reais do governo do país pela conquista de medalhas nos Jogos Europeus.

- Ellie Black é campeão pan-americana e Flávia Saraiva termina com o bronze.

- Fora do pódio no Pan de 2011, seleção feminina do Brasil termina com o bronze enquanto a seleção masculina, campeã em 2011, termina com a prata.

- Seleção feminina do Japão impressiona o Mundo com sua brilhante participação no Campeonato Asiático.

Agosto

- Competição masculina do EYOF é pautada por notas de execuções altíssimas e excelente limpeza das séries.

- Ainda nos EYOF, equipe belga se destaca com duas promessas juvenis com idade para 2016: Nina Derwael e Axelle Klinckaert.

- Sam Mikulak e Simone Biles vencem o Campeonato Americano.

- Brittany Rogers anuncia o desejo de voltar a representar o Canadá em um Mundial, fato concretizado em Glasgow.

- Gabrielle Douglas é selecionada para os treinos da equipe americana visando o Mundial.

- Anunciado o retorno de Larisa Iordache.

Setembro

- Por conta de lesões, Alexandr Balandin e Aliya Mustafina são cortados do Mundial de Glasgow.

- Suttgart é confirmada como sede do Mundial de 2019.

- Thauany Lee conquista seu primeiro resultado internacional, um bronze nas assimétricas em Osijek.

- Em seu retorno às competições, Larisa Iordache vence Nacional Romeno.

- Outra ginasta importante para o Brasil se lesiona: dessa vez a seleção perde Julie Kim.

- Sérgio Sasaki passa por nova cirurgia, dessa vez no braço, e fica fora do Mundial Pré-Olímpico.

Outubro

- Notícias de que Oleg Ostapenko deixaria o Brasil começam a circular e deixam todos apreensivos.

- Enquanto Holanda tem classificação histórica no Mundial Pré-Olímpico, na ginástica feminina o Brasil termina em 9º por equipes e tem que competir o Evento Teste em Abril.

- Brasil conquista inédita classificação por equipes masculina para as Olimpíadas.

- Simone Biles e Kohei Uchimura conquistam mais um título mundial e se tornam lendas da ginástica.

- Campeã olímpica em 2012. Gabrielle Douglas conquista vice no Mundial.

- Japão conquista título Mundial por equipes masculina e China termina com o bronze.

- Dipa Karmakar, ginasta da Índia, conquista feito histórico se classifica para a final de salto no Mundial.

- Com duas medalhas no Mundial Pré-Olímpico, Manrique Larduet coloca Cuba de volta ao cenário da ginástica Mundial.

- Enquanto Zanetti não se classifica para a final de argolas, Arthur Nory entra para a final de barra fixa e termina em 4º lugar.

Novembro

- Lorrane dos Santos vence o Campeonato Brasileiro Adulto e conquista seu primeiro título.

- Daniele Hypólito é diagnosticada com uma bactéria nos rins e abandona o Campeonato Brasileiro de Ginástica.

- Gym Blog Brazil é expulso da área de imprensa do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, sediado no Minas Tênis Clube em Belo Horizonte.

- Confirmada a saída de Oleg Ostapenko do CEGIN.

Dezembro

- Melhor notícia: Roger Medina e está de volta e assume o CEGIN a partir do dia 4 de janeiro de 2016.

- Anna Pavlova se aposenta e mostra interesse em investir na carreira de treinadora.

- Oksana Chusovitina mostra muita força no fim do ano postando um vídeo onde executa um chusovitina (duplo esticado com pirueta).

- A ginasta belga Lisa Verschueren é diagnosticada com um problema cardíaco, passa por uma cirurgia e é forçada a abandonar o esporte.

Post de Cedrick Willian

Foto: Momento especial capturado por Ivan Ferreira entre Simones Biles e Gabrielle Douglas. campeã e vice-campeã mundial. 2 negras são as melhores ginastas do Mundo na atualidade! Melhor foto de 2015.

Thứ Năm, 24 tháng 12, 2015

O que a ginástica reserva para 2016? - Parte 1


Primeira parte da série "O que a ginástica reserva" de 2016. Seguiremos a regra de sempre: post sobre as oito melhores equipes de acordo com o ranking do último Mundial (se necessário mais um post de outros países relevantes) e os dois últimos posts sobre a seleção feminina e masculina do Brasil. Acompanhe!

ESTADOS UNIDOS

Lauren Hernandez

É dona da coreografia de solo mais ousada da atualidade, criada por ela mesma. A jovem atleta tem muita personalidade e execução correta em praticamente tudo o que faz. Despontou sua carreira na ginástica em 2013, quando sagrou-se vice campeã nacional juvenil no individual geral. Perdeu grandes chances em 2014, por conta de duas lesões que sofreu quase consecutivamente: a primeira foi uma fratura na mão e a segunda uma ruptura no tendão da patela, resultado em seis meses de recuperação. Chegou em 2015 com sede de vitória e com upgrades em quase todos os aparelhos. Suas principais melhoras vieram nas barras, onde a ginasta tem uma série de 6.1 de dificuldade com muito boa execução, apresentando um Downie (stalder pra tkachev carpado) e uma excelente sequência de Ricna (stalder pra tkachev afastado) ligado diretamente a um Pak (passagem pra barra baixa). No salto, a ginasta realiza consistentemente um belo yurchenko com dupla pirueta. Na trave, o destaque vai para a belíssima extensão nos saltos ginásticos e ótima postura nas acrobacias, o que lhe rende notas próxima dos 15 pontos, mesmo tendo apenas 5.700 de nota de dificuldade. Mas é no solo que a nova sênior mostra sua força. Seu cartão de entrada é um altíssimo duplo twist grupado ligado um salto stag. Mantém boa postura e dificuldade na segunda passada, mortal esticado + Tarasevich (dupla pirueta frontal) + mortal pra frente grupado, rendendo 0.2 de bonificação. Todo essa força nos quatro aparelhos (principalmente na execução) garantiu à Hernandez o titulo nacional juvenil no individual geral em 2015. Alinhando sua boa execução a alguns décimos a mais de dificuldade, suas chances de conquistar uma vaga na equipe olímpica são grandes.



Norah Flatley

Da mesma escola de Shawn Johnson, muita precisão parece ser a principal característica dessa promessa juvenil que se torna sênior em 2016. Flatley não tem um individual geral muito forte, mas melhorou muito suas séries em pouco tempo. Apresenta um yurchencko com dupla pirueta no salto, uma série de barras assimétricas limpa e com potencial de evolução, um bom solo e uma excelente trave. Talvez seja nesse último aparelho que apareça alguma oportunidade de entrar na equipe. Atualmente, a trave talvez seja o aparelho mais fraco da equipe americana e Flatley tem potencial não só para a ajudar a equipe como para garantir uma possível final olímpica nesse aparelho. A ginasta fez um bom trabalho em Jesolo esse ano e, dentre as que se tornam sênior no ano que vem, fica ao lado de Hernandez como uma das principais concorrentes a um lugar na equipe americana.



Gabrielle Douglas

Depois de um hiato de 3 anos, Gabrielle Douglas voltou às competições oficiais em grande estilo. Conseguiu vaga na equipe americana que disputou o Mundial de Glasgow e terminou com a prata no individual geral, atrás apenas de Simone Biles, e ainda foi finalista de barras assimétricas. É tida por muitos como a principal adversária de Biles no individual geral, podendo ameaçar o ouro olímpico da ginasta fenômeno. Reza a lenda que a campeã pré-olímpica nunca consegue ser campeã olímpica! Será que Douglas pode conquistar o ouro olímpico em 2016? Apesar de já ter voltado muito bem esse ano, Douglas tem potencial para evoluir e ainda pode mostrar upgrades em suas séries. Não recuperou seu amanar no salto e pode conseguir séries de solo e assimétricas mais difíceis das que apresentou no Mundial. A diferença entre Douglas e Biles foi pequena, algo muito expressivo para quem ficou parada tanto tempo. A ginasta está numa forma física muito boa, tem a 2ª melhor série de barras assimétricas da equipe e, com tanto potencial e resultado, é certo que veremos Douglas novamente na seleção americana em 2016.



Simone Biles

Essa dispensa comentários. Seus resultados falam por si só: 14 medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo 10 delas de ouro. A melhor ginasta do mundo na atualidade - e provavelmente a melhor da história, ao menos tccnicamente -, chega em 2016 como favorita ao ouro olímpico em pelo menos 4 das 6 finais em disputa na ginástica artística feminina. E mesmo conquistando tantos títulos, a ginasta norte-americana não se dá por satisfeita e tenta sempre se superar em relação à dificuldade de suas séries. O que ela apresenta atualmente em competição, apesar de surpreendentemente incrível, ainda não está no máximo de sua capacidade, o que leva a crer que essas não sejam as séries oficiais que ela apresentará nos Jogos do Rio no ano que vem. Ainda existem muitas cartas na manga, como um yurchenko com tripla pirueta (que poderá ser homologado por ela) e um cheng no salto (rondante, meia pirueta pra mesa, mortal esticado com pirueta e meia pra frente); um kip weiler com pirueta (espécie de oitava à parada pra frente com uma pirueta, ainda inédito em competições), uma passagem de Khorkina (oitava de costas com voo pra barra alta e meia pirueta) e uma saída de Fabrichnova nas barras (duplo com dupla grupado); na trave ela ainda treina um twist grupado, um mortal carpado para frente (que ela apresentou em competições nacionais em 2015) e uma complexa e inédita saída de duplo com dupla na posição grupada. No solo, ela ainda é capaz de realizar um Moors (duplo com dupla na posição esticada), um inédito duplo mortal com tripla pirueta (que provavelmente valeria I) e uma saída de duplo mortal esticado. Haja talento e fôlego!



Margareth Nichols

Provavelmente a maior revelação da ginástica artística feminina dos Estados Unidos em 2015. Chegou no Mundial de Glasgow com excelentes chances de garantir a segunda vaga da equipe para a final do individual geral. No entanto, sua oportunidade foi barrada pela forma como a equipe foi montada por Karolyi na fase classificatória da competição. Margareth não pode fazer barras assimétricas e a segunda vaga acabou ficando com Gabby Douglas, uma das 3 ginastas norte-americanas que no geral. Para se redimir da injustiça, Karolyi colocou Nichols nos quatro aparelhos durante a final por equipes e a atleta não desapontou em sua primeira participação em finais de Campeonatos Mundiais. Maggie está na categoria adulta desde 2014, mas devido a uma lesão no tornozelo perdeu sua primeira chance de fazer parte da equipe no Mundial de Nanning. Sua evolução desde então foi absurdamente incrível, sobretudo no salto e na trave, onde a atleta acrescentou ótimo upgrades, como um Amanar (yurchenko com dupla pirueta e meia) e um Grigoras (mortal grupado pra frente com meia pirueta). A ginasta também mostra bastante força no solo, com uma potente entrada de Silivas (duplo com dupla grupado), aparelho onde terminou com o bronze no Mundial esse ano. Suas chances de fazer parte da equipe são muito grandes, devido ao seu equilíbrio nos 4 aparelhos e consistência. Seu ponto fraco é a postura corporal nos elementos acrobáticos, principalmente na posição grupada.



Alexandra Raisman

Assim como Douglas, Raisman também esteve fora das competições oficiais desde 2012, quando fez parte da equipe olímpica campeã. Campeã olímpica também no solo, quase conseguiu uma vaga na final desse aparelho no Mundial, apresentando uma série com ótimas dificuldades e mostrando que os anos sem treino não fizeram nenhuma diferença em seu potencial acrobático. Voltou competindo em todos os aparelhos e com uma melhora considerável nas barras assimétricas, seu pior aparelho. Recuperou seu amanar no salto e fez o individual geral em Glasgow; entretanto, pela primeira vez errou. Marta Karolyi não se abalou e colocou Raisman para se apresentar na final por equipes, e dessa vez ela fez um excelente trabalho. Atualmente, é uma das melhores ginastas na trave, solo e salto, e não deixa outra opção para a equipe americana a não ser incluí-la nas Olimpíadas.



Texto de Cedrick Willian e Stephan Nogueira.

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Esse é o primeiro texto de 2015 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.

Thứ Sáu, 18 tháng 12, 2015

Roger Medina está de volta


Roger Medina, ex-técnico do Grêmio Barueri de São Paulo, está de volta. O treinador havia abandonado a ginástica esse ano por conta da falta de incentivo do clube em que trabalhava e a falta do país como um todo. Agora, ele é o recém contratado do clube CEGIN.

A notícia saiu na página Gymaníacos Fanáticos e foi confirmada pelo próprio Roger. Além da confirmação, Roger ainda disse que começa os trabalhos na segunda-feira do dia 04 de janeiro. O treinador entra para auxiliar o clube nesse momento delicado, quando o CEGIN perdeu as condições de continuar bancando o grande treinador Oleg Ostapenko.

O motivo de Roger ter abandonado a ginástica é completamente compreensível. Depois de tantos anos trabalhando e formando atletas de alto rendimento, passar por situações de abandono, como foi a dele, é completamente desestimulante e um péssimo exemplo para os treinadores que estão começando ou sonham em ter uma equipe um dia.

Esse novo contrato pode ser um recomeço para o treinador e para o clube, que já estiveram juntos durante a seleção permanente e 2 anos após o término dela. Tomara que essa nova parceria dê certo e que o trabalho deixado por Oleg continue a render bons frutos.

Post de Cedrick Willian

Foto: Divulgação

Thứ Tư, 16 tháng 12, 2015

A vida de Lisa Skinner depois da ginástica


A ex-ginasta australiana Lisa Skinner contou como anda sua vida depois de 3 Olimpíadas. Atualmente a ginasta é integrante do Cirque du Solei e foi a primeira ginasta australiana a conseguir uma final olímpica. Confira na íntegra a tradução da colaboradora Marina Aleixo do vídeo abaixo.



"Meu nome é Lisa Skinner e eu treinava aqui na AIS, no ginásio. Quando eu tinha 14 e 15 anos eu morei aqui - isso foi em 95 e 96. Então me mudei de volta para Brisbane mas sempre vinha aqui para acampamentos de treinamento, todos os anos antes de competições importantes.

Algumas de minhas melhores memórias da AIS provavelmente são dos alojamentos juvenis com as outras meninas, era um grupo de atletas e a gente sempre se ocupava com todo tipo de travessuras, tentando driblar os supervisores e coisas do tipo. Era bom e desafiador ao mesmo tempo. Especialmente quando você fica longe da sua família por tanto tempo, e você tem acompanhantes, e sala de estudos, é um mundo completamente diferente do que você está acostumada.

A minha carreira olímpica... Consegui competir em três jogos olímpicos: Atlanta, Sidney e Atenas. Eu tinha 15 anos em Atlanta e acho que foi a minha [olimpíada] favorita. Não havia muita pressão, eu era novinha e não tinha a expectativa de ganhar uma medalha ou qualquer coisa. Acho que você não entende a gravidade de uma coisa dessas quando você tem essa idade. Você sabe que está fazendo algo gigantesco mas a ficha não cai até um tempo depois.

Desde então eu entrei para o Cirque du Soleil e este é meu segundo show com eles. Eu fiz power track em 'Alegria' primeiro, e agora estou fazendo aerial hoop - ou cerceaux (lira) como eles costumam chamar - por aproximadamente 5 anos. Estou em uma modalidade aérea então sempre em um número como este há um fator de risco, porque estou sem cordas de segurança a uma altura de 7 ou 8 metros diversas vezes durante meu número. As minhas mãos são a minha própria segurança.

Um conselho que eu daria para qualquer ginasta jovem ou qualquer esportista é: treine duro, e você sempre se surpreenderá com o quão longe você irá, mas, ao mesmo tempo, você tem que gostar."

Série de solo de Lisa Skinner na final individual geral dos Jogos de Sidney em 2000. Nessa edição dos Jogos, Skinner conseguiu se classificar para a final nesse aparelho.



Post de Cedrick Willian

Foto: Thomas Schreyer

Thứ Ba, 15 tháng 12, 2015

Esporte imprevisível


Entra ciclo olímpico, sai ciclo olímpico, o código muda e os campeões e o destino da ginástica é sempre incerto. Ginastas mais artísticos, ginastas menos artísticos, ginastas musculosos, outros magros, todos conseguem de alguma forma acompanhar o que o código exige. Ou não.

Sempre alguma polêmica cerceia a ginástica em seus mundiais. Na opinião de muitos, alguns campeões mereciam ter ganho enquanto outros não. Em alguns momentos, por mais que tenha um código de pontuação bem definido, a ginástica ainda parece ser um pouco subjetiva; atualmente algumas mudanças foram feitas para tentar melhorar isso.

Em Glasgow, no último Mundial, os árbitros ficaram separados em cabines onde tivessem a comunicação entre eles um pouco limitada. Isso sem contar os árbitros de referência, que julgam as séries sem estarem na banca e que também foram adicionados a pouco tempo. Mas, mesmo assim, algumas notas ainda continuam questionáveis quando comparadas às outras.

Outros fatores que ainda geram discussão: gosto pessoal, escola de ginástica, linha corporal, favoritismo, etc. Sem esquecer, claro, do código de pontuação. Talvez esse último seja o mais importante. Saber jogar com o código de pontuação - e para quem acompanha a ginástica, saber entender o código de pontuação - é o que realmente deve ser levado em consideração na hora de prever um campeão.

A série abaixo, da coreana Mok Un-Ju, foi apresentada nos Jogos Olímpicos de 2000 e não entrou para a final do aparelho.



Acrobaticamente falando, uma ginasta que acerta uma série dessas no código atual está praticamente garantida na final. Num código que exigia menos, Mok fez mais e acabou perdendo. O código atual pede mais mas, mesmo assim, ginastas que fazem menos conseguiram um lugar ao sol, e isso graças ao bom entendimento do código.

A série abaixo é da ginasta Pauline Schaefer, medalha de bronze na trave em Glasgow.



Competindo com uma série muito mais simples que Mok em 2000 - mas que cumpriu com os requisitos de composição e teve uma montagem correta -, Schaefer foi medalhista em Glasgow. Arriscou jogar com o código e acabou dando certo.

Atualmente, vários ginastas arriscam séries simples (ação que vai um pouco contra o COP atual) e estão tendo bons resultados. Não só a equipe feminina da Alemanha como também as equipes da França e Holanda optaram por focar na execução dos elementos visando uma boa nota final no último Mundial. No caso da Alemanha, veio uma medalha na final por aparelhos e da Holanda também, que além da medalha (prata na final de trave com Sanne Wevers) conseguiu uma inédita classificação olímpica por equipes.

Se você perguntasse para alguém se a Holanda se classificaria para as Olimpíadas ou se sairia de Glasgow com uma medalha, provavelmente diriam que isso não aconteceria. Se perguntasse sobre uma medalha para a Alemanha, diriam que ela poderia vir nas barras assimétricas, mas não diriam que ela viria na trave. Isso é ginástica e, por mais que tenhamos palpites, histórico de acertos e nota de partida das séries, prever algo é muito difícil.

A foto que estampa esse post é da romena Larisa Iordache. Larisa foi candidata ao ouro na trave nos últimos 3 mundiais, já que tem uma das séries mais difíceis e completas da atualidade. Até hoje não conseguiu nenhuma medalha nesse aparelho, enquanto outras que nem foram mencionadas tiveram seus momentos de glória.

Um exemplo mais próximo do Brasil esse ano foi a nossa seleção masculina. Toda a torcida estava confiando no ouro de Arthur Zanetti nas argolas, que acabou nem entrando na final. Ao invés disso, tivemos Arthur Nory na final de barra fixa terminando num inédito 4º lugar! Na busca da análise de ginastas e séries que arriscam o máximo que podem em elementos difíceis ou optam pelo mais simples jogando com o código de pontuação, uma ideia deixa de ser subjetiva e se torna extremamente clara: de todos, a ginástica é o esporte mais difícil de se prever.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Năm, 3 tháng 12, 2015

VÍDEOS DE DESTAQUE - Kenzo e Uchimura


Os japoneses estão finalizando o ano muito bem! Depois do Campeonato Mundial, parece que o ritmo de Uchimura e Shirai não caiu nem um pouco. Uchimura acaba de pontuar 16.250 na barra fixa quanto Kenzo conseguiu um 16.700 no solo. Ambas as notas foram conquistadas no Universitário Japonês. Confira!

Uchimura na barra fixa



Kenzo no solo



Excelentes!

Post de Cedrick Willian

Thứ Ba, 1 tháng 12, 2015

Como fica o CEGIN sem Oleg?


Finalmente saiu uma notícia brasileira sobre o saída de Oleg Ostapenko do clube CEGIN. Em entrevista recente ao GBB, Lorrane dos Santos disse que não gostaria que o treinador fosse embora, já que se identifica muito com os treinamentos do ucraniano. Se a saída de Oleg realmente acontecer, como fica o CEGIN sem ele?

É certo que o nível técnico do clube e as séries das ginastas melhoraram consideravelmente após a volta do treinador ao Brasil no fim de 2011. Com parcerias de empresas feitas através de leis de incentivo ao esporte, o clube teve a possibilidade de contratar o grande treinador assim como sua esposa e outros nomes. Assim, a ginástica do CEGIN atualmente não se parece nem um pouco com a apresentada no ciclo 2008-2012.

Lorrane deu um salto gigantesco em suas séries e finalmente mostrou todo o potencial que tinha desde quando era uma promessa juvenil. Daniele Hypólito está com sua melhor ginástica desde que foi vice-campeã mundial de solo no Mundial de 2001 e 4ª colocada no individual geral. Lorena Antunes em nada se parece com a ginasta que deixou o Flamengo há quase 2 anos atrás. Tudo isso é fruto de um trabalho continuado do clube mas o dedo do Oleg não pode ser ignorado.

O medo toma conta da ginástica brasileira com a saída do treinador. Responsabilizado por muitos pelas lesões que aconteceram durante a seleção permanente, Oleg agora tem a admiração da grande maioria dos fãs de ginástica. E a preocupação de todos fica em cima do desenvolvimento das ginastas durante os treinamentos dessa reta final.

Iyrina Illiashenko é apontada como a substituta do treinador. Apesar de ser uma boa treinadora, não conseguiu desenvolver em altíssimo nível os ótimos potenciais que teve em mãos no ciclo de 2008 quando comandou o clube. Sabe-se que Bruna Leal, por exemplo, tinha excelentes elementos e acrobacias que nunca eram arriscados nas séries, essas que sempre contavam com notas de dificuldade baixas focando numa execução alta que poucas vezes acontecia.

Sem Oleg no comando, o clube deve tomar cuidado para não cair na mesmice de desenvolver a antiga fórmula de treinamento e séries que pontuaram as ginastas do último ciclo. Fora isso deve haver um cuidado do COB e da CBG com a situação do CEGIN, que hoje abriga atletas praticamente certas na equipe olímpica. O trabalho não pode parar, principalmente a evolução da equipe nessa reta final de preparação. A ginástica do Brasil precisa parar com essa situação caótica de dar 2 passos pra frente e 3 pra trás.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Carvalho / Gym Blog Brazil

Chủ Nhật, 29 tháng 11, 2015

O Evento Teste não vai ser fácil


Ao passo que a equipe feminina do Brasil terminou o Mundial de Glasgow em 9º lugar, agora terá que brigar pela vaga olímpica no Evento Teste em abril, no Rio de Janeiro. Soa estranho essa comparação, mas conquistar uma vaga no Evento Teste poderá ser mais difícil do que foi no Mundial Pré-Olímpico.

A equipe holandesa, que ficou em 8º lugar em Glasgow e abraçou a última vaga, fez o seu trabalho e não perdeu sua maior oportunidade de se classificar. É certo que se tivessem que competir no Evento Teste acabariam por não conseguir a vaga. Enfrentar um Brasil recuperado de lesões e uma Romênia com sangue no olho seria uma tarefa praticamente impossível para a Holanda.

Já havia um bom tempo que nos Campeonatos Mundiais não existia um número grande de equipes boas e homogêneas como vimos esse ano e como será no ano que vem. A ginástica está um pouco mais popularizada mundialmente falando e, consequentemente, bem melhor trabalhada no alto nível. Vários bons treinadores estão espalhados pelo mundo e isso fez com que países de menos tradição acabassem se destacando.

No Evento Teste, estarão na briga contra o Brasil: Romênia, Alemanha, França, Bélgica, Austrália, Suíça e Coréia do Sul. Dentre essas, as duas últimas estão praticamente fora das Olimpíadas. De acordo com o rendimento no Mundial, Australia poderia terminar em 6º deixando as 5 equipes restantes brigando praticamente de igual para igual.

O Brasil enfrentará uma Romênia "mordida" e cheia de vontade de impor respeito ao Mundo, competindo com suas maiores estrelas da atualidade, inclusive Catalina Ponor. A equipe alemã pode contar com duas novatas muito talentosas: Tabea Alt e Florine Harder. O mesmo acontece com a Bélgica, que há muito tempo não possuía duas juvenis tão promissoras: Axelle Klinckaert e Nina Derwael. França também tem uma promessa: Marine Boyer. Todas as 5 equipes concorrem diretamente pelas 4 vagas remanescentes e todas tem chances reais de conseguir.

A boa notícia é que o Brasil também tem suas estrelas. Rebeca tem grandes chances de estar recuperada e se apresentar pelo menos nas barras assimétricas. Milena Theodoro competiu bem o Brasileiro e está bem melhor da lesão que sofreu no joelho, podendo ser mais uma grande opção. Daniele e Jade continuam trabalhando em upgrades nas suas séries, assim como Lorrane, que falou em entrevista ao GBB que está trabalhando para aumentar suas notas de partida.

Está claro que não vai ser fácil pra ninguém conseguir a vaga olímpica pelo Evento Teste: quatro equipes terão que ficar de fora. A parte boa de tudo isso é que teremos um belíssimo espetáculo para apreciarmos aqui no Brasil antes das Olimpíadas. Grandes estrelas e grandes equipes farão do Evento Teste um sucesso! A torcida é para que, ao final desse espetáculo, o Brasil saia vitorioso e garantido nos Jogos do Rio.

Só para esclarecer: todo fim/começo de ano temos as tradicionais postagens "O que a ginástica reserva". Esse ano não será diferente! Iremos nos aprofundar mais nos nomes citados nesse texto com as postagens que começarão em breve. Aguarde!

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Tư, 25 tháng 11, 2015

Exclusiva GBB - Entrevista com Lorrane dos Santos


Depois da final individual geral em Glasgow, Lorrane dos Santos conversou com o Gym Blog Brazil e revelou muitas coisas legais e interessantes. Poucas semanas depois do Mundial, Lorrane conquistou o título de campeã brasileira e não teria um momento melhor para essa entrevista ser postada. Confira!

GBB - Lorrane, você estava acertando toda as suas séries no treino mas hoje acabou errando. É o seu primeiro Mundial, você acha que ficou nervosa?

Lorrane - Eu vim preparada pra dar o meu máximo no primeiro dia para classificar a equipe e infelizmente a gente não conseguiu. Não pensava na final individual geral, então hoje eu vim para me divertir e competir bem. Errei mesmo, acontece, mas o importante foi me divertir, gostei da minha participação. Levo tudo como experiência para o Evento Teste, acho que vou chegar menos nervosa e mais confiante.

GBB - Você está treinando algum exercício ou combinações diferentes, pensando até mesmo nas Olimpíadas?

Lorrane - Nossa, eu treino tantas coisas! Estava treinando até dupla e meia no salto nessa preparação para o Mundial. Tenho muitos elementos para colocar em todos os aparelhos.

GBB - Depois de tantas lesões e cirurgias, você voltou muito bem. Todo o potencial que você tinha como juvenil finalmente foi mostrado. Você acha que isso acaba colocando você como uma forte concorrente à equipe olímpica?

Lorrane - Isso conta muito, fiquei um ano passado quase todo parada. Perdi totalmente essa sensação de "como" competir, perdi o ritmo de competição. Voltei esse ano e em cada competição eu fui melhorando um pouquinho. Cheguei no Mundial bem, no dia que eu precisava fazer bem eu fui bem e considero que hoje também eu fui bem. Tenho que continuar nesse caminho e ir crescendo em cada competição, pra também estar bem preparada quando chegar as Olimpíadas.

GBB - De acordo com os seus treinos, você pode evoluir mais nas notas de partida das suas séries?

Lorrane - Tem, muito mais. E eu quero.

GBB - Na sua opinião pessoal, como você acha que tem que ser os treinos de vocês a partir de agora, nesse momento que vocês precisam fazer o Evento Teste para conseguir a vaga olímpica?

Lorrane - Pra mim, tem que voltar agora, descansar um pouco e, infelizmente, não vai dar pra parar o treinamento. Tem que continuar treinando e batalhando até a gente conseguir essa vaga - e vamos conseguir, se Deus quiser. Tem que melhorar bastante e colocar mais elementos difíceis nas séries, porque a cada dia que passa sinto a ginástica mais difícil.

GBB - Vocês estão tendo algum acompanhamento ou reforço psicológico? Por que vimos você treinando e você acertou uma série atrás da outra. Sabemos que a ginástica é feita também de erros, mas existe algum trabalho sendo feito no sentido que vocês fiquem mais confiantes?

Lorrane - Sim, temos tudo. Psicólogo, nutricionista, tudo que a gente precisa a gente tem sim. Acho que os erros foram mais uma questão do momento mesmo. Tem que estar muito focada, ainda mais numa competição dessas. Se você desconcentra um pouquinho já acaba! As pessoas reclamam quando a gente cai, mas acontece.

GBB - A torcida aqui foi muito parecida com a do Brasil. Na hora que as britânicas estavam na arena muito barulho era feito no ginásio. Tivemos a impressão que o fato atrapalhou algumas ginastas. Qual a sua opinião?

Lorrane - Na verdade o barulho não me atrapalha muito. Na trave, se eu tiver desconcentrada, atrapalha um pouco mas, por exemplo, no solo eu adoro! Dá muito força! Quero ver no Rio todo mundo torcendo pela gente assim.

GBB - Saiu uma notícia em um site internacional dizendo que o Oleg Ostapenko, a partir do ano que vem, irá para a Bielorússia e consequentemente não será mais treinador do CEGIN. Todos sabemos que ele é um grande treinador e, se ele realmente for sair, você vê isso como algo bom ou ruim para os seus treinamentos?

Lorrane - Na verdade eu não sei se está confirmado essa saída até porque ele mesmo não comentou nada com a gente. Só ficamos sabendo pela internet e acho que se ele fosse mesmo teria comentado alguma coisa comigo, ou ainda vai comentar. Se isso for verdade, vou ser bem sincera: vou sentir falta dele. Foi com ele que eu mais cresci na ginástica. Antes eu tinha ginástica, mas não como agora. Eu cresci bastante e espero que ele ficou, gosto dele muito, muito, muito! De todos os treinadores que eu tive, ele é o que eu mais me identifiquei.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Carvalho / Gym Blog Brazil

Thứ Hai, 23 tháng 11, 2015

CBG responde ao Gym Blog Brazil


Boa tarde pessoal!

Gostaria de notificar a todos os nossos seguidores, leitores e pessoas que torcem pelo Gym Blog Brazil que a Confederação de Brasileira de Ginástica entrou em contato com o blog para se posicionar sobre o grave episódio que aconteceu contra nós. Disseram que foram pegos de surpresa pela situação e vão começar a investigação dos fatos. Agradecemos o retorno e, por acreditarmos na seriedade da entidade, acordamos o compromisso de aguardar o retorno da mesma antes de seguir adiante com nossa ação judicial. Faço um apelo a todos os envolvidos e peço para auxiliarem na investigação se posicionando a favor da verdade.

Antes de continuarmos com os nossos trabalhos ginásticos, gostaria de pedir a todos os leitores que foram banidos e/ou tiveram seus comentários excluídos das redes sociais da CBG que nos enviasse seu nome completo (da forma como está na rede social) com o link do perfil e o que gostaria de ter dito. Isso pode ser feito de forma pública ou confidencial; por inbox ou através do email contato@gymblogbrazil.com.br. Sei que no calor do momento alguns podem ter escrito algo ofensivo em nossa defesa, mas essa é a nossa chance de agirmos educadamente e de forma correta. Faremos uma carta com o nome de todas essas pessoas que com certeza chegará a quem realmente interessa. Somos da paz e a favor da verdade e, nesse momento, estamos momentaneamente tranquilizados para prosseguir com nosso trabalho adiante.

Exemplo de comentário:

"Eu, Antônio de Almeida, fui banido e/ou tive meu(s) comentário(s) excluído no Facebook da CBG. Gostaria de dizer que ..."

No mais, agradeço mais uma vez ao pronunciamento da CBG e à ajuda de todos vocês.

Abraço

Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Sáu, 20 tháng 11, 2015

Na Arena Minas, GBB é expulso da área de imprensa do Brasileiro de Ginástica Artística


O Minas Tênis Clube ofereceu uma excelente estrutura. Tinha boa internet, área de imprensa e espaço para todos poderem trabalhar da forma correta. Pensamos que esse seria o melhor Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, mas, apesar dos esforços do Minas em fazer uma excelente competição, para nós, Gym Blog Brazil, a experiência nesse campeonato foi completamente humilhante e constrangedora.

Sim, você não leu errado: o Gym Blog Brazil foi expulso da área de imprensa da Arena Minas. Nossas credenciais foram retiradas durante a competição de ontem e não podemos mais continuar o bom trabalho que estava sendo feito no campeonato. Por quê? Por ordens da CBG. Essa foi a resposta. Sério mesmo?

Não dá pra entender como uma credencial é aprovada e, sem esclarecer motivo algum, ela é retirada e a mídia proibida de ficar na área de imprensa. Não podiam ter alertado sobre algo errado e dar algum aviso para que pudéssemos contornar uma possível situação? Não houve aviso prévio, resolveram simplesmente nos retirar e nos expulsar, sem explicações, gerando uma situação constrangedora para nós e para vocês, que estavam acompanhando o grande evento com a gente. Onde está a liberdade de imprensa?

Pais de atletas que nos acompanham, atletas, treinadores, associações, grupos de ginástica, jornalistas e amantes do esporte, pergunto a vocês: há algo errado no nosso trabalho? O que fizemos para isso ter acontecido? Como a CBG pode ter se sentido desrespeitada com o que fazemos?

Estivemos presente no Mundial de Tóquio em 2011 e não houve nenhum problema. No Evento Teste em 2012, fomos a única mídia brasileira a transmitir informações em tempo real da classificação olímpica. Em 2013 estivemos no Mundial da Antuérpia, em 2014 na Copa do Mundo de Anadia e,  este ano, estivemos em no Mundial Pré-Olímpico em Glasgow, inovando e fazendo tudo pelo bem da ginástica. Nunca, repito, NUNCA houve nenhum problema nos eventos oficiais da FIG, mas fomos excluídos do Campeonato Brasileiro sem motivo. Saber que o maior meio de comunicação da Ginástica Artística do Brasil (na opinião de muitos) é mais reconhecido e valorizado em outros países do que o nosso é frustrante.

Queria informar para a CBG e responsáveis que o que move esse blog é a paixão pela ginástica. Não temos nenhum retorno financeiro com o que fazemos com ele, pelo contrário, temos grandes gastos. Temos o sonho de ver a nossa ginástica crescer em todo os aspectos, inclusive na parte em que nos propomos. Nossas viagens são custeadas com o próprio bolso, inclusive essa para Belo Horizonte, que no fim das contas acabou sendo um dinheiro jogado fora. O sentimento hoje é de tristeza, muita tristeza.

Todo esse constrangimento remete a algo abusivo. Apesar de ter ido atrás dos motivos, ninguém informou o fato real de tal humilhação. Por isso esse post está sendo feito, para que possamos saber o que aconteceu e, quem sabe, conseguir cobrir um Campeonato Brasileiro com a mesma dignidade e respeito que cobrimos os Campeonato Mundiais. Peço que compartilhem.

Um abraço, estamos precisando.

Post de Cedrick Willian

Foto: essa foto é da caixa que continha as plaquinhas que levamos para Glasgow (GO GBB) e foi sucesso no Mundial.

Na Arena Minas, GBB é expulso da área de imprensa do Brasileiro de Ginástica Artística


O Minas Tênis Clube ofereceu uma excelente estrutura. Tinha boa internet, área de imprensa e espaço para todos poderem trabalhar da forma correta. Pensamos que esse seria o melhor Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, mas, apesar dos esforços do Minas em fazer uma excelente competição, para nós, Gym Blog Brazil, a experiência nesse campeonato foi completamente humilhante e constrangedora.

Sim, você não leu errado: o Gym Blog Brazil foi expulso da área de imprensa da Arena Minas. Nossas credenciais foram retiradas durante a competição de ontem e não podemos mais continuar o bom trabalho que estava sendo feito no campeonato. Por quê? Por ordens da CBG. Essa foi a resposta. Sério mesmo?

Não dá pra entender como uma credencial é aprovada e, sem esclarecer motivo algum, ela é retirada e a mídia proibida de ficar na área de imprensa. Não podiam ter alertado sobre algo errado e dar algum aviso para que pudéssemos contornar uma possível situação? Não houve aviso prévio, resolveram simplesmente nos retirar e nos expulsar, sem explicações, gerando uma situação constrangedora para nós e para vocês, que estavam acompanhando o grande evento com a gente. Onde está a liberdade de imprensa?

Pais de atletas que nos acompanham, atletas, treinadores, associações, grupos de ginástica, jornalistas e amantes do esporte, pergunto a vocês: há algo errado no nosso trabalho? O que fizemos para isso ter acontecido? Como a CBG pode ter se sentido desrespeitada com o que fazemos?

Estivemos presente no Mundial de Tóquio em 2011 e não houve nenhum problema. No Evento Teste em 2012, fomos a única mídia brasileira a transmitir informações em tempo real da classificação olímpica. Em 2013 estivemos no Mundial da Antuérpia, em 2014 na Copa do Mundo de Anadia e,  este ano, estivemos em no Mundial Pré-Olímpico em Glasgow, inovando e fazendo tudo pelo bem da ginástica. Nunca, repito, NUNCA houve nenhum problema nos eventos oficiais da FIG, mas fomos excluídos do Campeonato Brasileiro sem motivo. Saber que o maior meio de comunicação da Ginástica Artística do Brasil (na opinião de muitos) é mais reconhecido e valorizado em outros países do que o nosso é frustrante.

Queria informar para a CBG e responsáveis que o que move esse blog é a paixão pela ginástica. Não temos nenhum retorno financeiro com o que fazemos com ele, pelo contrário, temos grandes gastos. Temos o sonho de ver a nossa ginástica crescer em todo os aspectos, inclusive na parte em que nos propomos. Nossas viagens são custeadas com o próprio bolso, inclusive essa para Belo Horizonte, que no fim das contas acabou sendo um dinheiro jogado fora. O sentimento hoje é de tristeza, muita tristeza.

Todo esse constrangimento remete a algo abusivo. Apesar de ter ido atrás dos motivos, ninguém informou o fato real de tal humilhação. Por isso esse post está sendo feito, para que possamos saber o que aconteceu e, quem sabe, conseguir cobrir um Campeonato Brasileiro com a mesma dignidade e respeito que cobrimos os Campeonato Mundiais. Peço que compartilhem.

Um abraço, estamos precisando.

Post de Cedrick Willian

Foto: essa foto é da caixa que continha as plaquinhas que levamos para Glasgow (GO GBB) e foi sucesso no Mundial.

Thứ Tư, 18 tháng 11, 2015

Campeonato Brasileiro Adulto de Ginástica Artística 2015


O Gym Blog Brazil estará em Belo Horizonte, presente no Campeonato Brasileiro Adulto de Ginástica Artística. O evento não tem transmissão ao vivo em nenhum canal aberto ou fechado e tentaremos fazer o melhor que pudermos. A intenção é fazer alguns Periscopes, vídeos, fotos e agilizar os resultados o mais rápido possível. O que chegar até vocês, tenham certeza: foi o melhor que pudemos fazer.

Acompanhe o Gym Blog Brazil no Twitter, Facebook e por aqui também. Além das informações sobre o campeonato, também tentaremos trazer materiais exclusivos para vocês, ok? Fiquem de olho nas nossas atualizações e confira abaixo as informações sobre o campeonato.

Local

Belo Horizonte / MG

Data

18 a 22/11

Programação

18/11

10 às 12h - Treino de pódio masculino
16 às 18:30 - Treino de pódio feminino

19/11

09:30 às 15:30 - Classificatórias e individual geral masculino (intervalo das 12 às 13h)
17:50 às 19:55 - Classificatórias e individual geral feminino

20/11

Treinos livres

21/11

10 às13h - Final por equipes masculina
16 às 17:20 - Final por equipes feminina

22/11

10 às 12:20 - Finais por aparelhos

Lista de participantes

FEMININO


Osasco

Maria Luiza Arantes
Raquel Silva
Luana Antunes
Gleice Lino
Nayara Ribeiro

SESPORTE - Ceará

Victória dos Santos Rabelo

Fluminense

Luísa Kirchmayer

Pinheiros

Giulia Jarmy
Erika Gomes
Rebecca Mariah
Jackelyne Soares
Isabel de Almeida
Helena Perazzo

CEGIN
Carolyne Pedro
Daniele Hypólito
Mariana Oliveira
Fabiane Brito
Lorrane Oliveira
Lorena da Rocha
Ana Julia Reis

Yashi

Giovanna Bork
Lais Pierini

Flamengo

Jade Barbosa
Letícia da Costa
Maria Cecília de Oliveira
Milena Theodoro
Isabelle Retamiro

Santo André

Letícia Gonçalves

GNU

Vitória Migliorin
Carolina Bittencourt
Emily Andrade
Juliana Santos
Thayse da Silva

MASCULINO

Minas Tênis

Bernardo Actos
André Fellipe da Silva
Lucas Coelho
Leonardo de Souza
Fellipe Arakawa

Pinheiros

Arthur Nory
Francisco Barreto
Glauco Garrido
Felipe Polato
Ângelo Assumpção
Péricles Silva
Renato Oliveira
Guilherme Oliveira
Bruno Adami

Brasil Futebol Clube

Marcus Paulo Oliveira
Rodrigo Sampaio

SESI - SP

Vitor Giannico
Gabriel Pacheco
Lucas Eduardo de Melo
Eduardo Guimarães
João Vitor Lovato

SERC

Gabriel Faria
Arthur Zanetti
Lucas Bittencourt
Henrique Medina
Hudson Miguel

São Bernardo

Diego Hypólito
Caio Costa
Frederico Giuliani de Oliveira
Gabriel Suski

AABB - SP

Yannick Hamada

GNU

Lucas Cardoso
Luis Guilherme Cavalleri

Fotos, vídeos, resultados e informações

Além do que conseguirmos produzir, todo material que for encontrado será divulgado em nossa página do Facebook.

Post de Cedrick Willian

Thứ Sáu, 6 tháng 11, 2015

Exclusiva GBB - Entrevista com Flávia Saraiva


Depois da competição individual geral no Mundial de Glasgow, Flávia Saraiva teve uma conversa rápida, porém interessante, com o Gym Blog Brazil. Confira!

GBB – Nós acompanhamos o treinamento de vocês aqui em Glasgow quase todos os dias e vimos que tanto você quanto a Lorrane estavam acertando tudo, o que você acha que aconteceu nessa final? Foi o nervosismo do primeiro mundial, da primeira final?

Flávia - Não, eu acho que hoje não era o meu dia mesmo, isso acontece na vida de um atleta e agora é continuar treinando pra que na Olimpíada eu possa ir bem. Estou muito feliz pela experiência que tive aqui.

GBB - Você acha que o barulho da torcida durante a apresentação das britânicas atrapalhou?

Flávia – Não, quando eu estou competindo eu me concentro só no aparelho e no que eu tenho que fazer.

GBB – Flávia, no solo a gente viu que no aquecimento você fez flic sem mãos + dupla e meia, e nos treinamentos vimos você realizando com perfeição o flic sem mãos + tripla. Na hora da sua apresentação você executou apenas a dupla, foi uma decisão antes de fazer a prova?

Flávia – Não é que foi uma decisão antes, foi na hora, eu senti que falhou e aí não fiz, mas eu ia fazer a tripla. Estou tantando melhorar para nas Olimpíadas tentar entrar numa final e ter uma prova competitiva pra brigar por uma medalha.

GBB – Quais serão as novas passadas dessa série?

Flávia – Estou treinando, flic sem mãos + tripla de segunda passada e o tsukahara na terceira, hoje foi um teste, eu preciso ganhar confiança e melhorar. A gente treina outras acrobacias também mas ainda não sabe se vai colocar.

GBB – É uma série muito forte! Parabéns pela competição!

Flávia – Obrigada!

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Tư, 4 tháng 11, 2015

O fenômeno Biles


Simplesmente incrível o nível de aproveitamento da ginasta americana Simone Biles. Depois de seu terceiro mundial, a talentosa ginasta conquistou 14 medalhas, entre elas 10 de ouros. Ultrapassou a marca de ouros mundiais que a russa Svetlana Khorkina teve durante toda sua carreira em apenas 3 anos. Impressionante! De todas as finais que Biles disputou em Mundiais, apenas não conquistou medalha na final de barras assimétricas em 2013, quanto terminou em 4º lugar no único aparelho onde ainda não tem uma medalha mundial. Qual a razão de tanto sucesso?

Biles apenas teve seu potencial explorado por um país que sabe lidar muito bem com a ginástica. E, como todos sabem, um potencial que ainda não chegou no limite. Vemos a ginasta executando acrobacias "sobrando", mostrando que ainda pode conseguir evoluir suas séries. Realmente precisa? No salto e nas barras assimétricas pode ser que sim, mas no solo e trave as séries que possui parecem ser suficientes para títulos Mundiais durante todo o próximo ciclo olímpico.

Mas não são só séries bem montadas e grandes acrobacias que constroem esses resultados excelentes. Além de Biles ser de um país onde ginástica artística é "business" (e isso com certeza ajuda muito em questões importantíssimas fora do ginásio), ela também possui um psicológico fortemente incrível. A única medalha que não conquistou, mencionada no início do texto, não veio porque falhou, porque teve uma queda ou um erro grande que afetasse seu resultado. Ela acertou a série e as outras que também acertaram foram melhores que ela. Os únicos erros que teve durante esse tempo aconteceram na final do individual geral na semana passada, quando tocou a mão na trave no mortal para frente e acabou pisando fora do tablado em uma das linhas acrobáticas. Erros mínimos para séries tão boas que no fim das contas acabaram sendo compensados.

Ela parece entrar sempre para acertar. Não tem um mínimo olhar de insegurança e isso é realmente impressionante. Quando faz suas séries ninguém pensa: "nossa, será que vai acertar?" A surpresa acontece se algo der errado, como foi quando tocou as mãos na trave. Continuou sua série, acertou todo o resto e, na final desse aparelho, sagrou-se campeã como se a queda sofrida 3 dias antes nunca tivesse acontecido.

Biles vai lá e acerta. No fim das contas é isso o que ela faz. Porque potencial para ganhar muitas outras tem. Entretanto, só ela parece não querer perder suas oportunidades de fazer história. Ginástica é feita de erros e acertos; para Biles, até o momento é só acertos. A ginasta fenômeno também é humana, mas parece ignorar os possíveis erros a que ela e todas as outras estão sujeitas a cometer. Prefere acertar e conquistar mais um ouro do que entregar seu título para ginastas como Sanne Wevers e Pauline Schaefer.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Chủ Nhật, 1 tháng 11, 2015

Muito obrigado!


Terminado o Mundial e todo esse trabalho em Glasgow, não posso deixar de agradecer e pontuar algumas coisas importantes. Tudo foi muito bom e para que isso aconteça novamente o reconhecimento não pode ser deixado de lado.

Lucas Rodrigues, amigo e parceiro, amante da ginástica e uma enciclopédia ambulante. Sabe nome e nota dos ginastas indianos que competiram no Mundial de Lausanne em 1997. Exagero à parte, sua companhia é sempre muito divertida e seus conhecimentos só acrescentam. Diego Aguiar (the ginger one), agradeço por sua precisão e organização com as informações de todas as notas nesse Mundial. O mais empolgado de todos, se pudesse teria colocado uma barraca dentro do training hall, filmado e postado tudo para vocês! Ivan Ferreira, agradeço por suas belíssimas fotos e todas as ideias criativas que não tive tempo de pensar. É sempre bom ter uma pessoa proativa por perto. "Mitou" com a foto do abraço entre Biles e Douglas!

Agradeço à Ekipe Luck's, apoiadora do blog desde o começo, na pessoa do Paulo Luck. Obrigado pelo apoio impulsionado pela mesma paixão que temos pela ginástica. Caio Florindo, web designer, por sempre entender minhas ideias sobre o layout do GBB, que inclusive está para mudar! Recomendo ambos os profissionais sem medo de errar!

Agradeço aos treinadores e atletas da seleção brasileira de ginástica artística, por toda atenção e paciência dispensada ao blog em nossas entrevistas e conversas. Quero que entendam que estamos aqui apenas para acrescentar o belo trabalho que vocês já fazem!

FIG, Federação Britânica e organização do Mundial, nas pessoas de Meike Behrensen e Vera Atkinson: foi tudo incrível. Sem palavras para descrever. Qualquer Federação que for sede de um Mundial terá que trabalhar muito para superar esse grande evento em Glasgow. Vocês criaram um modelo a seguir com padrão de qualidade altíssimo e a ginástica merece isso! Parabéns!

Aos leitores do blog, atletas, pais de atletas e fãs de ginástica que nos acompanham: muito obrigado! Todo o carinho demonstrado com tantas mensagens positivas só nos fizeram bem. Além de torcerem pelos ginastas, sentimos uma torcida também a nosso favor, que trabalhamos ao máximo para mantê-los informados. Considero que o nosso trabalho foi muito bom, melhor do que planejamos, e que pode ser ainda melhor. É hora de refletir, melhorar os acertos, acertar os erros e nos impulsionar com as críticas.

Próxima parada: Evento Teste, abril de 2016. Nos vemos lá! Um grande abraço.

Post de Cedrick Willian

Ginástica se despede de Glasgow


Terminou hoje o Mundial Pré-Olímpico com o último dia de finais por aparelhos. Biles conquistou mais duas medalhas de ouro, Uchimura também, e os últimos classificados diretamente para os Jogos Olímpicos foram conhecidos. Como um dia histórico não podia faltar, Manrique Larduet conquistou mais uma medalha, dessa vez na barra fixa, a primeira medalha de Cuba nesse aparelho. Histórico, muito bem organizado e cheio de emoções, o Mundial Pré-Olímpico terminou. E a ginástica se despede de Glasgow com saudades!

Salto masculino

Kenzo Shirai tentou um yurchenko com tripla pirueta, mas chegou faltando e tendo seu salto considerado dupla e meia (D 5.6). Por isso teve que mudar seu segundo salto para apenas um tsukahara com dupla pirueta, senão teria um desconto por ter dois saltos com o mesmo segundo voo. Acabou com notas bem abaixo do esperado. 14.500 + 14.533, média de 14.566.

Donnell Whittenburg fez um bom dragulesco como primeiro salto. Poderia ter menos descontos na chegada: aterrissou com o tronco baixo e deu um salto para frente. No segundo salto, apresentou um ótimo tsukahara com duplo mortal com pirueta. Excelente nota nos dois saltos: 15.100 + 15.600, média de 15.350.

Denis Ablyazin também tentou o mesmo tsukahara de Donnell, mas sem sucesso. Arrisco dizer que faltou rotação e não altura, sendo isso o que ocasionou a queda. O segundo salto foi um yurchenko com meia volta seguido de dupla pirueta e meia de frente praticamente cravado. Salto muio difícil e bem feito. 14.300 + 15.400, média de 14.850.

Marian Dragulescu retornou às finais muito bem e acertou seu dragulescu brilhantemente, tendo apenas um passo na chegada. Seu segundo salto foi o mesmo yurchenko de Ablyazin, só que chegando com sobra. Dragulescu está muito em forma, tem muito altura e espaço para upgrades! 15.300 + 15.500, média de 15.400 e passou Whittenburg.

Oleg Verniaiev conseguiu executar um dragulescu melhor que o romeno e ameaçou, por um momento, a conquista do ouro. Um tsukahara com tripla com um salto largo foi responsável por um desconto maior e deixou o ucraniano em terceiro. 15.466 + 15.100, média 15.283.

Ri Se Gwang fez o salto que leva seu nome, um dragulescu carpado. Chegada baixa, pernas dobradas no segundo mortal (que deveria ser carpado e aparenta grupado) e um passo largo para frente por falta de rotação, foram erros consideráveis e que poderiam ter ocasionado uma nota mais baixa do que a que recebeu. Fez o segundo salto que também leva seu nome com muitos passos nas chegadas. 15.600 + 15.300,  média de 15.450 e passou dragulescu.

Igor Radivilov acertou seus dois saltos, um dragulescu e um tsukahara com duplo carpado. Os dois saltos são muito difíceis de aterrissar e, por conta dos problemas que teve justamente na chegada, acabou fora do pódio. 15.200 + 14.966, média 15.083.

Kim Hansol chegou direto no apoio das mãos e braços e quase zerou seu primeiro salto, uma reversão com dupla pirueta e meia. Ficou uma dúvida se conseguiria saltar o tsukahara com tripla logo em seguida, que ele acabou conseguindo, também com alguns problemas. 14.000 + 15.000, média de 14.500.

Os medalhistas foram:

1 - Ri Se Gwang (PKR) - 15.450 - classificado para os Jogos do Rio
2 - Marian Dragulescu (ROM) - 15.400 - classificado para os Jogos do Rio
3 - Donnell Whittenburg (USA) - 15.350


Trave

A holandesa Eythora Thorsdottir era cotada como um nome para estar nessa final. Tem as linhas bonitas e uma série muito original. Acabou falhando no onodi e perdendo suas chances de medalha, que não eram inexistentes. 12.733.

Sanne Wevers é a segunda holandesa nessa final. Na verdade, a Holanda nunca esteve em tantas finais como aconteceu nesse Mundial. Isso por conta da competição perfeita que fizeram nas classificatórias. Acertou grande parte da sua série hoje e não caiu, mas teve problemas na reversão sem mãos e numa das ligações de giros. Conseguiu 14.333, nota boa mas abaixo da classificatória.

Wang Yan começou a série caindo já no seu primeiro elemento, um dificílimo grígoras. Teve mais desequilíbrios e erros até o fim da série e perdeu a chance de sagrar-se campeã mundial. Deu trabalho para as juízas e a nota de 13.633 demorou a sair.

Viktoria Komova, apesar de não ter caído, se desequilibrou muito durante a série. Quase caiu no twist, perdeu ligações, deu passo na saída... Uma pena não ter acertado. Pode ser que teria tido uma ótima e, talvez, conseguir uma medalha. 13.933.

Pauline Schaefer desequilibrou já no começo, em sua cortada em arco. Na sequência acrobática, quase caiu. Se recuperou e cravou o restante da série, incluindo sua saída de ponta pé esticado sendo a segunda ginasta a executar essa saída nessa final. Talvez seja por isso que no próximo código essa saída tenha chances de ser rebaixada para valor C. 14.133

Ellie Black subiu na trave com muitas chances de ser medalhista, ainda mais depois de tantos erros das adversárias. Mas, assim como no mundial passado, caiu no flic com pirueta. Teve ainda outros desequilíbrios e ficou fora do pódio com 13.466. Ficou claramente decepcionada com o erro.

Simone Biles, atual campeã mundial nesse aparelho, subiu na trave e mostrou para quê veio. Série praticamente toda cravada, muito concentrada e segura. Impressionante, simplesmente isso. A vontade é que todas as ginastas que competiram nesse final tivessem tido a mesma performance. Merecidos 15.358.

Seda Tutkhalyan caiu já no começo da série, a única que tinha chances de talvez ultrapassar Biles e tirar dois ponta pés esticados do pódio. Como na final por equipes, caiu no mortal esticado e acertou o resto da série. Insuficiente para entrar no pódio, conseguiu 13.500.

As medalhistas da pior final desse mundial foram:

1 - Simone Biles (USA) - 15.358
2 - Sanne Wevers (NED) - 14.333
3 - Pauline Schaefer (GER) - 14.133 - classificada para os Jogos do Rio.


Paralela

Depois da final de trave cheia de quedas, Oleg Stepko a final de paralela de forma brilhante. Ele tem uma linha muito bonita, ponta de pé e corpo todo esticado. Alguns probleminhas nos trocos e na oitava à parada em um barrote só, além de um passinho na saída. Poderia ainda estar competindo pela Ucrânia, mas a situação do esporte no Azerbaijão, financeiramente falando, é muito melhor. Nota 15.966.

Hao You, classificado com 15.700, também passou muito bem. Com postura muito boa, digna de chinês, fez ótimos duplos mortais ao apoio braquial, incluindo um duplo grupado com meia volta. Apesar de ter deixado a perna cair no tippelt, cravou a dificílima saída de duplo grupado para frente com meia volta e passou Stepko: 16.216.

Danell Leyva acertou a série com leves problemas. Um pouco de desequilíbrio na oitava à parada com pirueta, altura baixa nos mortais e um passinho na saída. Apesar da série difícil, sua execução e nota D passam um pouco distantes de Stepko e Hao. 15.666.

Oleg Verniaiev subiu no aparelho com uma missão difícil: bater 16.216 pontos. Conseguiu a maior nota nas classificatórias, 16.133, e na final fez tudo o que pode. Foi impecável em tudo, mas não cravou a saída. Somou 16.033, passou Stepko e ficou atrás de Hao.

Manrique Larduet passa sua melhor série de paralelas nesse Mundial. Largadas muito altas, saída cravada e precisou de um pouquinho mais de precisão nos trocos para conseguir um lugar no pódio. Ficou atrás de Stepko com 15.733.

Nile Wilson, apesar da boa série, não tinha condições de concorrer a uma medalha depois de todos antes dele terem acertado. Série limpa, bem feita, muito boa para uma final por equipes, mas fraca para essa final. 15.233.

Deng Shudi, como seu compatriota Hao, também tem bons duplos mortais durante a série, incluindo um duplo carpado de costas saindo e voltando para a posição braquial. Alguns trocos não chegaram à parada e não conseguiu cravar a saída. Empatou com Stepko com 15.933.

Yusuke Tanaka foi o último a competir. Tinha scores muito altos a vencer e não foi intimidado por isso. Sua série teve leves problemas nos trocos e uma saída pregada no chão. Tudo o que ele precisava fazer ele fez, tendo a melhor nota de execução da final. Com a nota D mais baixa que os adversários, conseguiu 15.600.

Os medalhistas dessa final foram:

1 - Hao You (CHN) - 16.216
2 - Oleg Verniaiev (UKR) - 16.033 - classificado para os Jogos do Rio
3 - Oleg Stepko (AZE) - 15.966 - classificado para os Jogos do Rio
3 - Deng Shudi (CHN) - 15.966


Solo feminino

Sae Miyakawa tem ótimas acrobacias na sua série e saltos de dança muito fracos. Não dá pra entender como uma menina tão potente conta com 2 saltos de dança de valor B e um de valor C na série. Apesar de ter acertado tudo, algo que normalmente não faz, a série não passou nenhuma emoção e a coreografia foi bem sem graça, mas suficiente para conseguir um 14.933.

Simone Biles passou muito forte como sempre. Acrobaticamente e artisticamente melhor que Miyakawa, foi muito aplaudida pelo público. Bi-campeã mundial, merece cada décimo pontuado para a conquista do tri:  15.800!

Lieke Wevers acertou muito bem sua série que foca na parte de dança e artística. Tem apenas duas acrobacias e, ao mesmo tempo, menos descontos em aterrissagens. Estratégia difícil a que ela se propõe e hoje executa muito bem. Nota 14.100.

Maggie Nichols talvez tenha uma das séries mais bonitas dessa final. Cravou todas as acrobacias, exceto o duplo carpado, e teve todos os elementos de dança considerados. Muito precisa, tem poucos descontos de execução e consegue um 15.000.

Ksenia Afanasyeva fez sua melhor série nesse Mundial e tem uma série muito mais completa do que Miyakawa. Aumentou a dificuldade da série com ligações de giros e com mais um salto de dança de valor D, que adicionados à belíssima série, resultaram em um 15.100 para a ginasta.

Fragapane foi ovacionada para o público da arena, que foi entretida pela apresentação cheia de pequenos erros. Um passo largo no duplo twist, outro pulo na tripla pirueta e uma saída do tablado no duplo esticado. 14.466.

Ellie Downie cravou toda a série. Chegou em toda as acrobacias com muita precisão. Sua série tem algumas bonificações nas diagonais e é uma série bem montada. Assim como Nile Wilson na paralela, essa é uma ótima série para uma final por equipes e insuficiente para uma campeã mundial. 14.733.

Shang Chungsong, que entrou como reserva devido a lesão da suíça Giulia Steingruber, é mais uma ginasta a acertar a série. Agora sim uma final digna de Mundial! Chunsong tem um solo muito difícil e, em sua nota D, perdeu apenas um dos giros. Melhorou muito nesse aparelho, onde vem tentando vaga numa final desde 2013, e consegue a quarta colocação com 14.933.

As medalhistas foram:

1 - Simone Biles (USA) - 15.800
2 - Ksenia Afanasyeva (RUS) - 15.100
3 - Maggie Nichols (USA) - 15.000
Barra fixa

Andreas Bretschneider abriu a série de barra fixa com um elemento que leva seu nome: um kovacs grupado com dupla pirueta. A arena inteira ovacionou e ele continuou com mais duas largadas muito difíceis. Quase teve uma quebra de embalo durante a série e um erro grande na saída, uma pena para uma série tão difícil. 14.966.

Chris Brooks, reserva dos Estados Unidos, acabou entrando para a equipe e conquistando uma vaga nessa final. Infelizmente acabou caindo no tkatchev com meia volta. Continuou a série muito bem, executando tudo com uma certa facilidade. Terminou com 13.800.

Danell Leyva teve largadas muito boas conseguindo retomar a barra com o pé acima da barra. Teve poucos erros nos trocos e, além de tudo que fez durante a série, conseguiu cravar sua saída de duplo esticado com dupla pirueta! 15.700.

Uchimura passou uma série muito difícil e, digamos, artística. Considero a postura que ele possui nesse aparelho uma das coisas mais bonitas de se ver na ginástica masculina atual. As combinações também são muito interessantes e pontuam 15.833 para ele.

Arthur Nory teve 100% de aproveitamento nesse aparelho. Acertar a série nessa final foi mais uma prova de que em qualquer situação ele tem condições de acertar. Nory foi muito limpo como sempre e conseguiu uma média boa para a dificuldade que a série dele tem: 15.166.

Manrique Larduet teve sua última chance de conseguir uma medalha nessa final e se classificar diretamente para as Olimpíadas. Sua série foi excelente e leve, parecendo que todos os difíceis exercícios são fáceis. Conseguiu merecidos 15.600 e, fazendo história, conquistou a primeira medalha de Cuba nesse aparelho.

O suíço Hegi Oliver teve uma queda no ginger com pirueta, exercício muito arriscado mas necessário para uma tentativa de medalha. Ainda teve problemas na saída e terminou com 13.500 ao lado de Fabian Hambuechen; Hambuechen também errou muito: quebrou o embalo da série várias vezes, pegou as largadas muito baixo e ainda caiu na saída. Realmente triste para esse ginasta que já foi campeão mundial nesse aparelho e poderia já ter garantido sua vaga nos Jogos Olímpicos.

Os medalhistas foram:

1 - Kohei Uchimura (JPN) - 15.833
2 - Danell Leyva (USA) - 15.700
3 - Manrique Larduet (CUB) - 15.600 - classificado para os Jogos do Rio

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Carvalho / Gym Blog Brazil

Thứ Bảy, 31 tháng 10, 2015

8 campeões no primeiro dia de finais por aparelhos em Glasgow


Confira os resultados e análise do primeiro dia de finais por aparelhos do Mundial de Glasgow.

Solo masculino

Manrique Larduet começou com uma falha grande na aterrissagem do duplo twist esticado. Está com uma série muito difícil, com vários duplos mortais e um bom nível para conquistar uma medalha, mas os erros acabaram por deixá-lo de fora. 14.800.

Kim Hansol cravou muito bem as primeiras sequências de piruetas, mas acabou falhando e quase teve uma queda na sequência de dupla e meia + dupla de frente. Muito interessante ver um coreano nessa final, dando mais moral para a Coreia do Sul, que ficou fora da final por equipes no ano passado mas conseguiu se classificar esse ano e estará nas Olimpíadas. 14.933.

O espanhol Zapata esteve bem nas classificatórias e completou sua série tmabém muito bem aqui nessa final com apenas um probleminha na sequência de pirueta e meia + duplo carpado. Finalizou a série com um duplo esticado cravado e conseguiu 15.200.

Daniel Purvis começou a série balançando a arena empolgada. Impressionante como os fãs britânicos são agitados. Torcida muito parecida com a do Brasil! O ginasta teve um probleminha na aterrissagem da sua primeira acrobacia, um duplo com dupla, mas não teve problemas em cravar quase todo o restante da série. Nota acima de 15 mas não o suficiente para passar Zapata: 15.100.

Shudi tem uma série bem difícil e com sequência em todas as diagonais. Consegue muita limpeza e velocidade nas russas! Não teve boas chegadas nas acrobacias: o tronco sempre esteve baixo e acabou dando passos pequenas em todas as chegadas. Também não conseguiu ultrapassar Zapata e ficou com 15.166.

É a vez de Kenzo Shirai, o melhor atleta de solo da atualidade. São muitas sequências e todas muito difíceis. Impressionante Shirai abrir o solo com uma tripla e meia + dupla de frente e fechar com uma quádrupla cravada! Muito difícil alguém conseguir ultrapassar os 16.233 que ele consegue agora.

Outro britânico e na final e o ginásio quase quebra no meio. Whitlock. Conseguiu 15.700 na final por equipes e pode sair com uma medalha dessa final. Cravou todas as suas passadas, fez uma sequência de flairs extremamente limpa e teve um tronco baixo e passo grande na saída de tripla. Nota 15.566 que deve segurá-lo com a prata.

Thomas Gonzalez, depois de lidar com algumas lesões no ano passado, volta às finais de solo. Teve problemas já na primeira sequência, chegando com o tronco baixo e quase caindo. Sepulveda tenta ser mais artístico que os outros e isso é um diferencial da sua série que é bem agradável de assistir. Mais um erro na saída de tripla e ficou fora do pódio com 14.733.

Os medalhistas de solo são:

1 - Kenzo Shirai (JPN) - 16.233
2 - Max Whitlock (GBR) - 15.566
3 - Rayderley Zapata (ESP) - 15.200


Salto feminino

Alexa Moreno abre a final de salto com um rudi que teve boa postura, mas uma falha grande na chegada. Tronco baixo, passo largo e acabou saindo do corredor central. Seu segundo salto é um tsukahara com dupla pirueta que tem o mesmo problema. 14.666 + 14.466, média de 14.566.

Ellie Downie salta um ótimo yurchenko com dupla. Boa altura, pernas coladas e salto grande no fim. Sobra força nesse salto que tem espaço para um amanar! Seu segundo salto é um lopez com as mesmas qualidades e falhas do primeiro. 14.966 + 14.833, média 14.899.

Hong Un Jong quase crava seu amanar. O salto tem uma ótima postura no ar, pernas muito esticadas e apenas um passinho pequeno no fim. Ótimo cheng como segundo salto, também apenas com um passo pequeno no fim. 15.666 + 15.600, média de 15.633.

Giulia Steingruber sobra no seu rudi. A ginasta pára a rotação dos giros muito antes de tocar o solo mostrando potencial para homologar uma possível dupla. Depois fez um yurchenko com pirueta e meia e teve uma queda. Pareceu se perder nos giros e chegou girando. Sofreu uma lesão e saiu da arena com ajuda de seu técnico. Deve estar fora da final de solo. 15.500 + 13.633, média 14.566.

Maria Paseka fez um excelente cheng com uma falha de postura no primeiro voo meio que característico das russas. Todas elas afastam bastante as pernas no yurchenko. Apesar disso, Paseka consegue boas notas em sua melhor fase nesse aparelho. Ela nunca esteve tão bem! 15.666 + 15.700, média de 15.666.

Wang Yan, talvez por ser muito pequena, não consegue boa altura no segundo voo de seus saltos. Aterrisa bem em seu tsukahara com dupla mas falha muito no rudi. Tem que carpar o corpo para chegar em pé e ainda assim chega com o tronco muito baixo, tendo que dar um passo largo para frente. 15.066 + 14.100, média 14.583.

O que dizer de Simone Biles? Muita altura no amanar! Ela tem tempo para esperar o salto subir e depois começar a rotação das piruetas. Sobra espaço para homologar uma tripla com certeza! Um lopez muito perfeito mas sem dificuldade para ameaçar o ouro de Paseka. 15.900 + 15.183, média de 15.541.

Dipa Karmakar fazendo história e conquistando uma vaga para a Índia nessa final já é muito importante. Fez o melhor produnova dos últimos tempos. Chegou baixo mas cravado, o que gerou uma nota de execução baixa mas uma nota final ainda alta. Teve muitos problemas em seu tsukahara com dupla, chegou baixo, deu passos largos e chegou a sair fora do colchão. 15.300 + 14.066, média 14.683.

As medalhistas de salto são:

1 - Maria Paseka (RUS) - 15.666
2 - Hong Un Jong (PRK) - 15.633 - classificada para os Jogos do Rio
3 - Simone Biles (USA) - 15.541


Cavalo com alças

Harutyun Merdinyan, da Armênia, conseguiu uma ótima nota na classificatória e se classificou em segundo. Fez sua série muito bem, que teve o ponto alto quando foi à parada com trocos e voltou para uma sequências de flairs. Alguns probleminhas nas russas nas laterais, quando o corpo passou um pouco abaixo do cavalo. Em busca da vaga olímpica, conquistou 15.500.

Oleg Verniaiev abriu a série com excelentes lançamentos à parda e muito controle nos giros. A russa em uma alça foi impecável mas teve falha na postura de pernas durante o transporte de russas. Quase errou a saída de troco na parada mas mesmo assim acertou toda a série. Nota: 15.266

Alex Naddour acabou sendo selecionado para a equipe americana pelo cavalo com alças. que é o piro aparelho dos EUA. Como Verniaiev, também começou a série com lançamentos à parada, mas não foram tão bons quanto o ucraniano. Ótimo spindel e excelente precisão na saída, mas tocou o corpo do cavalo em um momento durante a prova. Conseguiu 15.200.

Kazuma  Kaya é apontado como melhor "all-arounder" do Japão depois do Uchimura. Se depender do cavalo com alças, pode até passar o campeão, já que tem uma série mais difícil. Fez paradas e trocos durante a série, voltando para os giros muito bem. Ótima postura e saída numa ótima final onde todos, até o momento, acertaram: 15.500.

Louis Smith começa levantando a torcida. Retornou à equipe Mundial esse ano e faz sua melhor série nessa final. Tem uma série enorme, muito difícil e toda cravada. Vários momentos em uma alça só, vários subidas e descidas e todos os movimentos executados com leveza e perfeição. Apenas Whitlock pode tirar o ouro de Smith, que conseguiu 16.033.

Vid Higvegi, da Hungria, é o representante húngaro nessa final. Apesar da falta de Krisztian Berki, o ginasta não decepcionou e foi o 6º ginasta a cravar sua série nessa ótima final. Muita postura e uma saída com dois giros na parada foram responsáveis por um 15.366.

Robert Seligman, estava indo bem, com uma boa velocidade, mas acabou caindo e perdendo suas chances de medalha. Tem a postura boa, o quadril muito aberto, que deixa os giros ainda mais bonitos. Boa saída de tripla russa. Uma pena ser o único ginasta a errar nessa final. 14.433 com queda.

Max Whitlock chega com a pressão de ganhar de Smith em seu melhor aparelho. Tem muito ritmo na série e nas passagem de paradas de mãos. Apenas um errinho no spindel na lateral do cavalo não foram suficientes para tirarem o ouro de Max: 16.133! Não só foi o melhor como venceu Smith por um décimo! Ouro e prata pra Grã-Bretanha!

Os medalhistas foram:

1 - Max Whitlock (GBR) - 16.133
2 - Louis Smith (GBR) - 16.033
3 - Harutyn Merdinyan (ARM) - 15.500 - classificado para os Jogos do Rio
3 - Kazuma Kaya (JPN) - 15.500

Barras assimétricas

Shang Chunsong não perdeu nenhum lançamento à parada, todos foram muito bons, mas alguns trocos dessa séries terminaram bem fora da angulação correta. Teve uma saída um pouco baixa e bem próxima do aparelho, sendo esses os descontos mais aparentes da série. Com 14.900 pode ter perdido uma chance de sua primeira medalha individual em um Mundial.

Sophie Scheder é muito talentosa e esforçada. Acompanhamos os treinos dela aqui no Mundial e estava cravando todas suas rotinas, algo que não se repetiu hoje. Teve uma saída alta e distante da paralela, mas acabou chegando com o tronco baixo e não conseguiu se segurar. Quase caiu e conquistou 14.600. Curiosidade: acertou pela 2ª vez o exercício que pretendia homologar nesse Mundial, um stalder carpado que vai direto para um tkachev carpado.

Fan Yilin, por pouquinha angulação, perdeu todos os lançamentos à parada mas foi muito bem nos trocos. Tem uma sequência de chow + ginger, ótimo embalo e saída de duplo esticado cravada. Conseguiu 15.366!

Komova, muito limpa, arrisca uma sequência de giro de sola com pirueta + tkachev carpado, e aumenta a dificuldade de sua série para essa final. Teve apenas os erros de sempre, dobrando um pouco as pernas nos giros, erro que acaba cometendo pela sua estatura. Com ótimo voo nas largadas e na saída, acertou toda a série sem erros grandes, empatando com Yilin e deixando pouco espaço para as próximas concorrentes superarem ambas.

Gabrielle Douglas fez tudo o que pode na série de hoje. Tavelz essa tenha sido sua melhor série nesse Mundial. Não perdeu nenhum lançamento à parada e fez os trocos da melhor forma possível, mas sua série não tinha dificuldade suficiente para vencer hoje, conquistando 15.133 numa série de 6.4 de dificuldade.

Madison Kocian começou a série perdendo uma ligação, mas acabou completando o restante muito bem. Kocian tem uma linha muito bonita, a melhor que os Estados Unidos possui hoje, e sua nota final acabou gerando um terceiro empate: 15.366 ao lado de Komova e Yilin.

Daria Spiridonova teve problemas nos lançamentos à paradas e num meio troco no fim da série que os russos insistem em colocar em quase todas as séries. Não cravou a saída mas acertou toda a rotina, que tem uma dificuldade altíssima. Quarto empate do dia: 15.366 para Spiridonova!

Ruby Harrold fez a melhor série que podia e não adiantou os britânicos desejarem um quinto empate nessa final porque ela não tem séries para isso. Acabou em 7º lugar com 14.766.

Quais as chances disso acontecer? O improvável acontece em Glasgow! Mais um dia histórico, onde em apenas um aparelho tivemos 4 campeãs!

As medalhistas foram:

1 - Fan Yilin (CHN) - 15.366
1 - Viktoria Komova (RUS) - 15.366
1 - Daria Spiridonova (RUS) - 15.366
1 - Madison Kocian (USA) - 15.366

Argolas

Lambertus Van Gelder fixou bastante alguns movimentos enquanto segurou pouco alguns outros. Alguns balanços de cabo durante as paradas no fim da série. Teve um bom momento no cristo invertido, que foi zerado, e na saída cravada que costuma errar. Fez uma série bem melhor que na classificatória e conquistou 15.500. Duvidosa essa banca de argolas desde o começo do Mundial.

Tirando um pequeno saltinho na saída, Samir ait Said foi muito bem. Uma das melhores séries de sua carreira. Posições muito bem marcadas e pouquíssimo balanço de cabos. 15.633 para o francês.

Hao You fez uma série monstruosa. Depois de tudo que faz durante a série ainda termina de duplo esticado com dupla pirueta. Toda a linha chinesa numa série tão difícil não podia render algo diferente do que uma nota final de 15.733.

Eleftherios Petrounias, classificado em primeiro lugar, não foi tão bem hoje. Cravou a saída, manteve bem as posições mas teve muito balanço de cabos no começo da série. Apesar disso, somou 15.800 e conquistou a primeira colocação.

Donnell Whittenburg passou longe de uma medalha nessa final. Não que não ele não seja um bom atleta nesse aparelho, mas muitos exercícios hoje tiveram uma execução muito fraca. Uma das pranchas teve a angulação de pernas bem abaixo e pensamos no que Zanetti está fazendo fora dessa final. 15.300 para Donnell.

Outro chinês passa bem, mas com pontuação suficiente apenas para o bronze. Aparentemente não deveria ter passado Samir, mas poucos décimos acabaram separando os dois ginastas. 15.700 para Yang Liu.

Brandon Wynn, medalhista mundial nesse aparelho, foi o penúltimo ginasta a passar e acertar a série nessa boa final. Ele tem uma saída muito bonita e cravada, consegue abrir o duplo esticado com pirueta antes de chegar no solo. Nota justa e insuficiente pra medalha, 15.600.

Davtyan Vahagan passa uma série regular. No fim, teve um erro de angulação numa parada de mãos que não conseguiu chegar. Acabou indo para a saída com um pouco de mais de pressa e não cravou. 15.333.

Os medalhistas nessa final foram:

1 - Eleftherios Petrounias (GRE) - 15.800 - classificado para os Jogos do Rio
2 - Hao You(CHN) - 15.733
3 - Yang Liu (CHN) - 15.700

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil

Thứ Sáu, 30 tháng 10, 2015

Arthur Nory e Lucas Bittencourt fecham o individual geral em 12º e 20º


Arthur Nory e Lucas Bittencourt finalizaram a participação no individual geral em Glasgow em 12º e 20º respectivamente. Os dois resultados são os melhores das carreiras dos ginastas. Nory já esteve presente numa final individual geral em 2013 e Lucas participa pela primeira vez.

Nory fez uma nota um pouquinho inferior do que a conquistada na classificatória talvez pelo salto mal aterrissado. Isso não tira o mérito de 3 dias competição seguidas e praticamente sem falhas. Precisa de muito esforço físico e psicológico para que isso aconteça.

Lucas acabou falhando na paralela e no solo ao passo que aumentou um pouco a nota nos outros aparelhos. A paralela costuma ser um aparelho com grandes notas para o ginasta, que poderia ter tido uma ótima colocação já em sua primeira final. Independente das falhas, Lucas fez um excelente trabalho em Glasgow e pode sair daqui aliviado pela importante ajuda que deu para a equipe.

Ambos os ginastas estão com postura e linha corporal muito bonitas. A apresentação das séries tem poucos descontos posturais. Quando acertam as séries, as notas de execução são sempre muito boas. Lucas e Nory ainda são novos e não estão no auge do vigor físico de um grande ginasta. Existe ainda muito tempo para treinamento e espaço para upgrades.

Aumentando a nota de dificuldade, tanto Nory como Lucas não só continuam como aumentam as chances de fazerem finais tão boas como essas. Seguros, confiantes e representando o Brasil com muita dignidade, um lugar no top 10 para eles não aconteceu agora, mas pode sempre ser esperado.

Post de Cedrick Willian

Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil