Sem dúvidas o primeiro dia de finais por aparelhos dos Jogos Pan-Americanos foi emocionante. Para os brasileiros, ver a bandeira do Brasil hasteada no centro de outras duas foi o momento mais emocionante, mas esse momento representava algo além da conquista do ouro.
Para Zanetti, esse momento foi mais importante porque concretizou a conquista de um título que ainda não tinha: o de campeão pan-americano. Em 2011, apesar de ter sido campeão mundial pouco antes do Pan de Guadalajara, acabou perdendo a final para o americano Brando Wynn e ficou com a prata. Dessa vez foi um americano que ficou em segundo, Donnell Whittenburg, e o ouro ficou, merecidamente, com Zanetti,
Mas não foi só o brasileiro que fez história. Outros ginastas tiveram seus momentos de glória e marcaram seus nomes na história da ginástica e esporte de seus respetivos países. A conquista foi além de um pódio e uma medalha.
Yamilet Pena, da Republica Dominicana, mais uma vez partiu para o tudo ou nada. Na final de salto, arriscou o seu salto produnova, uma reversão com duplo mortal para frente, tendo nota de execução 7 e nota final 14. A média dos saltos foi suficiente para uma prata e essa foi a primeira medalha de seu país na história dos Jogos Pan-Americano. Marcou seu nome nos Jogos, marcou seu nome na história do país, virou uma heroína. As coisas podem ficar bem diferentes pra ela agora. Quem acompanha a ginástica mais de perto tem noção das dificuldades da ginasta, que é de origem humilde.
Nessa mesma final, a cubana estreante na categoria adulta Marcia Videaux foi ouro e ressaltou, em entrevista televisiva, a importância da medalha para esse momento em que o país retorna ao cenário da ginástica internacional. No passado Cuba esteve entre os maiores medalhistas dos Jogos e da ginástica. Em alguns edições venceu até os Estados Unidos. Além do ouro de Videaux o país também conquistou o bronze nas argolas com o ginasta Manrique Larduet,
Finalizando o dia histórico, o ginasta da guatematelco Jorge Hugo Lopez levou o ouro no solo. Com a série mais limpa da final, deixou os americanos Donnell Whittenburg com a prata e Sam Mikulak com o bronze. Nem as melhores previsões do mundo colocariam o ginasta como campeão e ele foi lá e fez. Questionado sobre suas pretensões olímpicas, Jorge disse que seu foco está nas Olimpíadas de 2020, já que começou tarde na ginástica, dando a entender que reconhece suas debilidades ao mesmo tempo em que é muito centrado, excelentes características para um ginasta.
Os outros campeões nesse primeiro dia de finais foram: no cavalo com alças, o americano Marvin Kimble e o colombiano Josimar Calvo; nas barras assimétricas, Rachel Gowey. Foi um dia de muitas conquistas para os ginastas latino-americanos. Além dos já citados, a venezuelana Jessica Lopez se destacou com a prata nas assimétricas e o mexicano Daniel Corral levou o bronze no cavalo com alças.
Confira os resultados: masculino: solo, cavalo com alças e argolas / feminino: salto e barras assimétricas
Destacando a participação brasileira, outros ginastas estiveram competindo nas finais, fizeram boas séries mas terminaram sem medalhas. Daniele Hypólito ficou em 4º no salto, Francisco Barreto e Lucas Bittencourt ficaram em 6º e 8º no cavalo com alças e Arthur Nory ficou em 5º no solo. As finais continuam amanhã às 14:30, com a participação de Flávia Saraiva, Julie Kim, Caio Souza, Lucas Bittencourt, Francisco Barreto, Arthur Nory e Daniele Hypólito, finalizando a competição do Brasil.
Post de Cedrick Willian
Foto: Associated Press
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