A equipe feminina do Brasil acaba de finalizar sua participação na final por equipes dos Jogos Pan-Americanos. Competindo com séries novas, mas com erros, terminaram com o bronze com 165.400, 1.100 atrás do Canadá, que ficou com a prata. A equipe dos Estados Unidos foi a campeã dessa final somando um total de 173.800.
A equipe começou no solo, onde Daniele Hypólito se superou com uma série que pode ser a melhor em muitos anos. Flávia Saraiva também foi muito bem. Entretanto, duas quedas foram responsáveis pela contagem de uma nota baixa para equipe: uma queda de Letícia Costa e outra de Lorrane dos Santos. Ambas poderiam ter pontuado muito bem nesse aparelho. Logo após, passaram bem no salto, saltos de dificuldade baixa porém limpos. Lorrane estreou seu yurchenko com dupla pirueta muito bem e Letícia Costa, sem um motivo aparente, saltou apenas um yurchenko com pirueta. Nas assimétricas, novamente Leticia e Lorrane tiveram dois erros grandes, enquanto Flávia e Daniele executaram suas séries da melhor forma possível. Finalizaram na trave, com outra queda de Lorrane e com erros grandes de Daniele, Flávia e Julie.
Levando em consideração tantos erros, a equipe poderia vencer o Canadá com uma certa vantagem. Foi um dia atípico pro Brasil no solo e até mesmo na trave, sendo que os erros nas assimétricas já são quase previsíveis de acontecer. Um dia atípico para o Brasil nas assimétricas, tendão de Aquiles da seleção, seria um em que todas as ginastas cravassem suas séries sem nenhum erro. Apesar desses erros terem acontecido, a equipe que competiu hoje foi melhor e mais bem preparada do que a que esteve em Guadalajara em 2011.
A competição continua com participação brasileira durante os próximos 3 dias, nas finais por aparelhos e individual geral. Apenas nas barras assimétricas não houve uma ginasta brasileira classificada. Confira:
Flávia Saraiva - Individual geral, trave e solo
Daniele Hypólito - Individual geral, salto e solo
Julie Kim - Trave
Flávia se classificou em primeiro lugar para a final de trave e tem muitas chances de ser ouro nesse aparelho. No individual geral a situação é mais complicada, visto que entre as primeiras colocadas nessa fase classificatória ela é a única que não apresenta um yurchenko com dupla pirueta, salto que ela já executa em treinos mas nunca foi apresentado em competições. Tanto ela como Daniele podem conseguir bons resultados no solo, mas precisam, no mínimo, repetirem a atuação de hoje nesse aparelho. Julie Kim tem um ótimo ritmo na trave e teria passado dos 14 pontos não fosse um desequilíbrio grande, dando as chances de também melhorar sua posição na final.
Os Estados Unidos, mesmo com uma equipe B, conseguiu ótimas pontuações, melhores até mesmo que outros países que competiram com seus times principais no Mundial do ano passado. Com a nota que conseguiu hoje só não venceria sua equipe A, que no Mundial passado conseguiu 179.280. A China, segunda colocada, finalizou com 172.587. Isso mostra como o país evoluiu desde que sediou as Olimpíadas de 1996, se mostrando como grande potência ano após ano.
A equipe do Canadá fez sua parte e com um time renovado conseguiu a prata em casa. A situação melhora ainda mais no ano que vem, quando juvenis muito boas sobem para a categoria adulta. Se não conseguirem classificar uma equipe completa para as Olimpíadas no Mundial desse ano, com certeza a tarefa será fácil no Evento Teste do ano que vem.
Confira os resultados completos e as ginastas classificadas para as finais clicando aqui.
Amanhã acontecem as finais do individual geral masculino e feminino. Além de Daniele e Flávia, Caio Souza e Lucas Bittencourt também entram em ação amanhã. Caio pode surpreender e sair dessa final com uma medalha, algo completamente possível com as séries que possui.
Post de Cedrick Willian
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