Terminado o EYOF, ficou ainda uma boa impressão da competição, principalmente na ginástica masculina com relação a limpeza das séries apresentadas. Uma boa base na ginástica é feita com um bom trabalho de postura nos exercícios, e isso os ginastas juvenis europeus demostraram muito bem.
A média da nota de execução dos medalhistas em todos os aparelhos foi em torno de 8.900 pontos. A experiência do público leigo com uma série limpa e muito bem executada pode ser melhor do que com uma série de exercícios difíceis e mal executados. O público gosta de assistir uma série sem quedas, sem desequilíbrios e "muito certinha", principalmente aquele que não tem grande relacionamento com o esporte.
Esse tipo de série foi o que mais se viu nas finais masculinas do EYOF. Os ginastas capricharam na execução de suas séries, mostrando uma base bem feita e muita ginástica de qualidade. A partir desse pensamento, pode-se evoluir na dificuldade dos exercícios sem abandonar a boa postura.
Confira a média das notas de execução dos 3 medalhistas do EYOF nas finais de cada aparelho.
Solo - média de 8.816
Cavalo com alças - média de 8.866
Argolas - média de 9.066
Salto - média de 8.983
Paralelas - média de 8.950
Barra fixa - média de 8.833
A média total foi de 8.919 e todos os campeões tiveram notas de execução acima dos 9 pontos, exceto o britânico Giarnni Regini-Moran no solo (8.900) e o suíço Moreno Kratter na barra fixa (8.550).
No Brasil, o ginasta Bernardo Miranda, do Minas Tênis Clube, tem uma ótima postura desde muito pequeno. Bernardo ainda está na categoria juvenil e vem trabalhando suas séries focado na boa execução que sempre teve. No Brasileiro Juvenil de 2014, categoria sub 15, foi campeão individual geral e em todos aparelhos. No último Troféu Brasil e atualmente com 16 anos, foi medalha de bronze na paralela competindo entre os adultos. Conseguiu nota E de 9.050 sendo o ginasta mais limpo da final.
Série de Bernardo Miranda na paralela em 2011, ano em que completava 12 anos. O ginasta pode competir na categoria adulta a partir de 2018.
E que a ginástica masculina continue por esse caminho, impressionando com a limpeza das séries, alinhando dificuldade e boa execução.
Post de Cedrick Willian
Foto: Cheng Min
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