Toda a seleção feminina conversou com o GBB depois da competição classificatória. Contaram suas dificuldades e como foi estar aqui e competir com tanta pressão.
GBB - Letícia, pra você como foi competir em sua primeira classificatória olímpica?
Letícia - Foi ótimo tentar passar tudo de bom, tentar acertar, fazer o melhor pela equipe, tudo por causa da classificação em defesa do nosso país
GBB - Por que você não se apresentou nos outros aparelhos?
Letícia - Eu estava treinando normal e de última hora fiquei com uma dor no punho absurda e ninguém sabia o porquê. Fiz um exame e foi diagnosticado uma inflamação em um osso do punho e eu não conseguia apoiar de nenhum jeito. Tive que tomar remédio e injeções pra poder fazer pelo menos o solo. Acabei não conseguindo fazer do jeito que eu gostaria mas estou feliz em ter tentado fazer o meu melhor.
GBB - Você tem noção que você poderia ter ajudado com suas série de paralela e seu salto, né?
Leticia - Sim, eu sei. Fiquei muito abalada com tudo, porque faltando uma semana antes da gente viajar para a Alemanha isso tudo aconteceu muito rápido. Quando eu vi, já estava tando medicamentos para parar com a dor no punho, uma coisa em cima da outra, mas fazer o quê, né?
GBB - Thauany, por que você acabou não apresentando o yurchenko com dupla pirueta? Ainda não estava pronto?
Thauany - Não... No treino estava normal, mas aí foi ficando ruim. Não tava bom e não deu pra fazer, o Alexander ficou com medo de me colocar para fazer na Alemanha, eu estava chegando meio incompleta e ele disse que não queria me perder. Mas ele não me culpou por nada, só achou melhor tirar. Foi mais seguro pra equipe evitar perder mais uma.
GBB - E a sequência de layouts na trave?
Thauany - A Iryna tirou aqui na hora! Eu estava pronta para fazer e ela tirou aqui na hora de competir. Fiquei bastante nervosa, aí ela mandou eu tirar, e não adiantou nada porque eu acabei fazendo besteira do mesmo jeito! (risos)
GBB - Daniele, qual a sua avaliação?
Daniele - Nossa, não vou conseguir falar (emocionada),,,, Estou muito feliz... A gente sabe que teve algumas falhas que a gente não teve me outros campeonatos, mas aqui é um Mundial! A gente sabe o quanto ia ser difícil essa competição, tinha muita pressão que a gente estava colocando em nós mesmos de tentar fazer o nosso melhor, de mostrar nossa ginástica... Estou emocionada! O espírito de equipe estava muito forte. A equipe estava muito unida, porque a gente sabia que precisava muito uma da outra pra que o resultado desse certo. Foi muito difícil terminar na trave, aquela enrolação nas notas, seguramos o máximo pra cravar as cinco provas e tentar encostar nas primeiras. Terminamos em quarto. Do mesmo jeito que tivemos falhas, as outras equipes também tiveram. E equipes fortes! Prova disso é a Romênia. Compensamos a falta da Rebeca com a volta da Jade.
GBB - Em 2011 você comentou que sentiu as notas do Brasil um pouco injustas para as séries que vocês fizeram. Como é o sentimento aqui hoje?
Daniele - Aqui eu não senti. Os árbitros estão separados em cabines, não tem como se comunicar, pra mim foi tranquilo.
GBB - Todos estão muito felizes com a melhora da equipe. Você, comparada com o começo do ano, está muito melhor agora.
Daniele - Quando errei a primeira oitava à parada na paralela eu pensei: "Não vou cair daqui de jeito nenhum!". Repeti a oitava e não quis nem saber, uma queda seria muito pior.
GBB - Jade, foi difícil competir no primeiro dia?
Jade - Eu gostei de competir no primeiro dia, ficaria com mais ansiedade se fosse no segundo.
A Romênia competiu antes da gente e eu não quis nem saber, falei para nem me falarem o resultado. Fizemos o máximo que pudemos hoje mas que infelizmente não foi exatamente o que a gente podia, mas foi bem feito. Fechar a trave toda cravada foi muito bom, deu tudo certo.
Thauany - Na ginástica tudo pode acontecer, né?
GBB - Sim, por isso você não pode se culpar por ter colocado a mão na trave.
Jade - Tiveram quatro outras depois de você que fizeram bem, equipe é isso. Um acerto encaixando no erro da outra.
GBB - E você, Flávia, estava insegura na trave?
Flávia - Não sei o que aconteceu... Eu estava segura, ia fazer, não entendi porque na hora parei. Só não foi, não sei porque.
Post de Cedrick Willian
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