Numa competição emocionante, o Brasil terminou os Jogos Olímpicos em 6° lugar, a melhor classificação já conseguida. Para quem estava com medo de que a equipe nem se classificasse com a entrada de Diego Hypólito, a equipe não só se classificou para a final como precisou de seu solo para garantir a posição conquistada.
Ponto a ponto e competindo ao lado da Grã-Bretanha, o Brasil fez seu papel em acertar o máximo de séries possível, Enquanto as grandes potências erraram (China, Estados Unidos e Japão), a equipe brasileira foi acertando tudo o que podia, mostrando uma experiência tamanha que pareciam ter um currículo olímpico vasto.
Começaram nas argolas, com notas melhores de Francisco e Sasaki. No salto, praticamente repetiram os bons acertos que haviam já conseguido. Na paralela, pequenos errinhos deixaram a média um pouco inferior, mas nada que prejudicasse tanto a equipe. Francisco acertou novamente a série de barra fixa, gerando mais confiança ainda para o ginasta que está nessa final, assim como Nory, que melhorou o desempenho, e Sasaki.
O melhor aparelho do Brasil, e onde a equipe conseguiu melhor pontuação nas classificatórias, foi o solo. Poderiam abrir uma certa vantagem caso a competição continuasse se desenrolando com as quedas das potências, mas foi nesse momento que os brasileiros tiveram erros: com duas quedas de Sérgio Sasaki e uma sequência finalizada com os dois pés fora do limite durante a série de Arthur Nory, a média da equipe acabou ficando um pouco baixa. Agora, a presença de Diego na equipe foi de grande ajuda, já que foi o único ginasta a passar dos 15 pontos.
Recuperados, repetiram os acertos no cavalo com alças, mantendo a regularidade da fase classificatória. No final, totalizaram 263,728 pontos, terminando à frente da Alemanha (261,275) e Ucrânia (202,078). Dentre todos os países competindo, o Brasil, fora Grã-Bretanha que caiu uma vez e Rússia que não teve quedas, foi o país com menos erros graves, contabilizando duas quedas durante toda a competição.
Pensando em uma equipe para o futuro, o Brasil está com um bom trabalho na barra fixa, paralela, salto e solo. Pode fazer melhorias nas argolas e mais ainda no cavalo com alças. Comparado a outros países, a equipe ainda precisa do Zanetti com um especialista que joga a nota das argolas para cima, enquanto no cavalo com alças não podem errar de forma alguma.
Para o próximo ciclo olímpico a situação fica um pouco mais complicada, já que apenas quatro ginastas vão compor a equipe de seus países nos Jogos Olímpicos, sendo que cada país ainda tem o direito de classificar dois especialistas separadamente. Se definir cinco atletas para competir no Rio já foi difícil, imagina escolher quatro! Entretanto, classificar ginastas especialistas sem precisar necessariamente usar a equipe pode ser a resolução de muitos problemas.
A direção da equipe masculina brasileira deve sentir muito orgulho do trabalho apresentado até aqui. Em sua primeira participação olímpica, a equipe não poderia ter mais sucesso: terminou em 6° lugar na final e tem todos os ginastas classificados para finais individuais. O trabalho precisa continuar. Mantendo a evolução e qualidade, uma medalha por equipes pode vir em 2020. Parabéns!
Post de Cedrick Willian
Foto: Divulgação Rio 2016
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