Thứ Tư, 10 tháng 8, 2016

Verniaiev quase interrompe sete anos de reinado


Ponto a ponto, aparelho por aparelho, rotação à rotação, a disputa pelo ouro e prata foram acirradas na final olímpica do individual geral masculino. Depois de anos, o japonês Kohei Uchimura continua com seu reinado: Oleg Verniaiev, apesar de impecável, não conseguiu interromper o as vitórias de Uchimura, que se tornou bicampeão olímpico.

Durante todo o ciclo, Verniaiev veio trabalhando em suas séries com acréscimo no grau de dificuldade e melhorias na execução. Conseguiu ótimas evoluções, principalmente no cavalo com alças e argolas. A barra fixa e solo ainda continuam sendo seus pontos fracos, mas hoje foi o seu dia: no solo conseguiu passar dos 15 pontos e na barra fixa, onde tinha conseguido 15,133 nas classificatórias, acabou conseguindo apenas 14,800 na final.

O valor dessa conquista é muito maior do que uma medalha ou um título olímpico. Essa prata vai para a Ucrânia e para todos os ginastas que lutam para manter a tradicional ginástica do país. Verniaiev, mesmo com tantas dificuldades e péssimas condições de treinamento, continuou acreditando e apostando no seu futuro e no futuro da ginástica ucraniana. Apesar de ter recebido convites, não abandonou sua bandeira para defender outros países como alguns outros ginastas fizeram. Que todo o esforço, talento e dedicação desse ginasta espetacular traga retornos e investimentos para a Ucrânia.

Pensando na importância dessa prata - que tem valor de ouro - para a ginástica mundial, hoje foi o dia de Verniaiev. Entretanto, Kohei Uchimura não perde o seu mérito: cravou todas as suas séries e, como sempre, não errou nada. Impecável, mais uma vez subiu ao pódio na conquista do ouro e continua sendo inspiração para vários atletas.

Favoritos foram sendo excluídos da conquista ao possível ouro à medida que foram cometendo seus erros. Sam Mikulak (USA) com notas baixas nas argolas, cavalo com alças e salto acabou saindo fora do pódio logo nas três primeiras rotações. Com uma queda no salto na segunda rotação, o cubano Manrique Larduet acabou desistindo da final e provavelmente se poupando para as finais por aparelhos.

Enquanto isso, a briga pelo bronze foi muito concorrida. Ao término da terceira rotação, as notas do 12° ao 4° colocado estavam na casa dos 44 pontos. Qualquer um podia errar ou acertar e isso, nesse momento, interferia diretamente na conquista de um pódio. Max Whitlock (GBR) parecia muito calmo enquanto o chinês Lin Chaopaon corria atrás dele bem de perto.

Mas Max levou a melhor: acertou sua série de barra fixa - um de seus pontos fracos - e finalizou a competição com uma excelente série de solo. No fim, ainda sentiu de perto a ameça de perder o bronze para o russo David Belyavskiy, que precisava de 15,276 para ultrapassá-lo com sua série de bara fixa, mas conseguiu apenas 15,133. Essa é a primeira medalha olímpica da Grã-Bretanha numa final individual geral!

Sérgio Sasaki terminou em 9°, passando essa a ser a melhor marca do Brasil nessa final. Com um total de 89,198 pontos, melhorou a classificação conseguida nos Jogos de Londres, e poderia estar aqui correndo atrás de um bronze não fosse a difícil lesão que teve no fim de 2014. Arthur Nory, em sua primeira final olímpica, consegue 87,331 e termina em 17°. Nory ainda tem uma final de solo para competir enquanto Sasaki encerra sua participação nos Jogos do Rio.

Resultados completos aqui.

Post de Cedrick Willian

Foto: Divulgação Rio 2016

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