Finalizando a sequência de três vitórias em campeonatos mundiais, Simone Biles fecha o ciclo olímpico como campeã olímpica. Esse é o segundo ouro de Simone nos Jogos Olímpicos do Rio dentre os cinco que a ginasta tem a possibilidade de conquistar. Biles ainda tem chances de ser campeã olímpica de salto, trave e solo.
Na final de hoje e começando no salto, Biles não fez o seu melhor amanar, mas o suficiente para se colocar na primeira colocação. Nas assimétricas, fez uma série limpa dentro de suas possibilidades nesse aparelho, seu ponto fraco. Depois dessa rotação, chegou a ficar em segundo lugar e atrás de Aliya Mustafina, que foi brilhante nas assimétricas. Cravou sua difícil série de trave com alguns pequenos desequilíbrios e fechou com o solo extremamente difícil e contagiante de sempre.
Simone Biles se tornou uma lenda da ginástica mundial e, se desejar, pode bater as próprias marcas durante o próximo ciclo olímpico. Ser campeã mundial mais uma vez e até campeã olímpica. Suas séries estão praticamente prontas para o novo código e continuar vencendo não será uma tarefa difícil. A ginasta venceu todas as competições que participou durante todo o ciclo olímpico e tem condições de finalizar o próximo repetindo o feito.
Alexandra Raisman buscou a medalha que faltou nos Jogos de Londres, quando terminou em 4° lugar atrás de Viktoria Komova (prata) e Aliya Mustafina (bronze). Não teve um bom dia nas barras assimétricas, mas sua trave brilhante e seu solo extremamente potente acabou por colocá-la em 2° lugar com a prata. A ginasta se emocionou bastante ao término da sua rotina de solo, Assim com Simone, também pode continuar na ginástica e integrando a seleção americana.
Aliya Mustafina, que supostamente não tinha chances nessa final, foi a responsável pela conquista do bronze. Com um erro na trave - a ginasta não ligou a reversão com o flic, sua sequência acrobática -, teve uma nota baixa nesse aparelho, mas que foi compensado pela ótima nota nas assimétricas. Impressionante a volta por cima que Aliya deu nesse ciclo, fora de várias competições por conta de lesão e novamente chega nos Jogos Olímpicos para suas conquistas. Ainda tem grandes chances nas barras assimétricas, chances de ouro. Essa é a segunda medalha de Aliya nessa competição: ela já conquistou a prata por equipes. Muito respeito e admiração!
A chinesa Shang Chungsong novamente "bate na trave" e finaliza sua competição em 4° lugar, talvez com uma nota um pouco baixa para a série de trave que apresentou. Excelente resultado para Ellie Black, canadense atual campeã pan-americana, que terminou na 5ª colocação. Outro ótimo resultado é o da venezuelana Jessica Lopez: treinada pelo brasileiro Nilson Savage, a ginasta terminou em 7° e também está classificada para a final de barras assimétricas.
Rebeca Andrade finaliza em 11° e não consegue melhorar a melhor marca que o Brasil tem nessa final, que é um 10° lugar de Jade Barbosa em Pequim. A ginasta cometeu um erro nas barras assimétricas mas não teve quedas, motivo de se orgulhar em sua primeira participação e um campeonato desse porte. Por conta da lesão que sofreu no ano passado, Rebeca não participou dos Jogos Pan-Americanos nem do Campeonato Mundial.
Jade Barbosa teve uma chegada ruim em seu duplo esticado no solo durante a segunda rotação. Com dores, resolveu abandonar a final. Resta torcer pela próxima e última final feminina, a de Flávia Saraiva na trave.
Resultados completos aqui.
Post de Cedrick Willian
Foto: Divulgação Rio 2016
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