Equipe séria, baixo carisma e faltando encanto. Pouquíssimos sorrisos; alguns bem forçados e discretos. Você pensaria isso de qualquer equipe menos da China, certo? Pois foi essa impressão que as ginastas deixaram hoje. Um país tradicional por sua arte acabou não trazendo encanto aos Jogos Olímpicos, algo que sempre aconteceu.
Desde 2008 a China gradativamente vem perdendo sua artisticidade. As séries de solo e trave não apresentam mais aquela antiga fluência. Não dá para entender o que aconteceu ou está acontecendo. A equipe, que sempre foi referência nesse quesito, pode estar perdendo pontos preciosos em suas séries, já que o código de pontuação nunca teve tantos descontos para a parte artística.
Num passado não muito distante, confira duas séries de trave e solo muito bonitas e bem montadas.
Sun Xiao Jao na final de trave do Mundial de 2001.
Agora, confira a série de solo de Yang Yun nos Jogos de Sidney.
Em comparação, uma série ao mesmo tempo espetacular e artisticamente pobre da ginasta Shang Chungsong.
Atualmente, Wang Yan, que tem o solo mais forte da China, não consegue passar tanta emoção com sua série, apesar de ser uma boa coreografia.
Se assistir a China executar sua ginástica precisa e extremamente técnica já é impressionante, imagina tudo isso misturado à antiga artisticidade? Um bom caminho seria voltar a trabalhar com Adriana Pop, uma das melhores coreógrafas do mundo e responsável por séries chinesas memoráveis.
Ver a China competir hoje deu saudades de Yang Yun, Sun Xiaojao, Pang Panpan, Cheng Fei e Jiang Yuyuan. Tomara que essas antigas ginastas se tornem inspiração para a atual equipe, e que elas voltem mais artistas no próximo ciclo olímpico.
Para finalizar: Pang Panpan levantou o público brasileiro em 2005, na Copa do Mundo de São Paulo. Isso não aconteceu hoje: Houry Gebeshian, da "desconhecida" ginástica armênia, foi muito mais aplaudida.
Post de Cedrick Willian
Foto: Divulgação
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